domingo, 26 de maio de 2013
É o grau de adaptação que determina nossa sobrevivência
Parece-me que ser derrotado pela guerra; perder tudo e
recomeçar é mais fácil que ser derrotado em meio ao dia-a-dia normal da luta em
tempos de paz. Peço perdão se estou cometendo uma injustiça, mas entendo que,
quando todos nada têm, a solidariedade se faz mais presente entre aqueles que
estão no mesmo barco; quando ao contrário não, porque o grupo todo está totalmente
alheio a um caso em particular por estarem a cuidar de seus afazeres, de seus
quereres adquiridos como urgentes.
É
claro que o clima triste do pós guerra ou de incontáveis perdas em tempos de cataclismos
espetaculares é incomparável e não se iguala a nada, porém quando se perde só,
nem para o clima exclusivo da derrota se consegue encontrar alguém para
partilhá-lo; se está praticamente só com uma ou duas, boas amizades
verdadeiramente sinceras, quando muito.
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Ainda assim...
...contribua com o seu máximo... embora existam casos
em que nunca é preciso tanto, ou mesmo que, com um mínimo, já é possível fazer a
diferença.
Extraí
essa do que ouvi esta semana:
Onde você não é bem vindo,
mesmo que o seu pior seja melhor que o melhor executado por aquele que é
querido no grupo, ainda assim encontrarão mais defeitos no seu.
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domingo, 19 de maio de 2013
Milênios depois
Somente
pude mostrar o que poderia ser entendido por eles. Eu não poderia dizer nada
sobre o impossível possível ao Pai. Sobre o espetacular. Não poderia abrir de
forma clara sobre o que os esperava se tivessem me entendido. Talvez se o
fizesse: se assim agisse passasse apenas por louco e talvez não tivesse sido
morto, mas entendo que teria sido covarde. Ainda Continuo entendendo que valeu
a pena dizer o que foi dito; o que Me foi permitido. Para alguns serviu.
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Errando com as sobras
Quem assistiu ao Programa Livre da TV Cultura da última
segunda-feira (13/05), onde o bastante lúcido Mario Vargas Llosa deu uma grande
demonstração - se comparado ao que o comum considera opinião inteligente – com
palavras e conhecimento de o quanto a nossa civilização está próxima, a
continuar neste processo de mero coadjuvante autômato, de finalizar a
construção da derrocada total de toda uma espécie.
Por certo que não nos auto extinguiremos, mas jamais
voltaremos a ser como éramos: pessoas com sentimento e senso crítico. E ainda
menos, seres detentores de sensibilidade. Para alguns, assim como para nós que
construímos esta opinião, isto é um fim; um termo, e dos mais deprimentes.
A
cada dia mais, compactuo com o escritor, caminhamos para o ser fantoche; o ser
autômato; a pessoa comandada; programada para pensar o que pode, ou o que é
melhor ser pensado; acrescento: sem discernimento algum fora do comando
regular; padrão. Alheios, teremos nossos pensamentos direcionados por um
sistema mecânico pré determinado. Não conseguiremos transformar as máquinas em
pessoas, e sim, definitivamente nos transformaremos em robôs frios e
insensíveis, e, como já afirmam acertadamente alguns cientistas: aos poucos haverá
uma mescla e logo teremos espécimes de difícil avaliação sobre se se iniciou
como humano ou inicialmente, foi montado.
O
orwellismo assustou por sua narrativa denunciar um sistema imposto; opressor e
de castração total. O que deveria assustar agora é justamente o oposto. Não
existirá castração, não existirá opressão, o que regula agora é uma espécie de
fartura ilusória, uma sensação de que tudo está muito bem, uma espécie de
comunidade feliz, comunidade do bem, onde, se todos assumirem este estado de
bem estar, não é preciso se preocupar com nada, é o paraíso. Tudo ficará bem, e
isto acontecerá logo, assim que todo o comando souber como conter a violência
com medidas duras, assim que muito dinheiro for investido na paz de seus
cidadãos, isto nos dará uma sensação de tranquilidade, porém não mais haverá o
exercício do pensamento, esta será uma perda irreparável, pois tudo virá
mastigado, enlatado, ainda mais descartável; pronto. Não precisaremos mais nos
incomodar com coisa alguma.
E
a exemplo de hoje, deveremos entender os maiores absurdos para ancestrais que
de alguma sorte pudessem assistir em que nos transformamos, como ações
absolutamente normais. A cada dia mais teremos enraizado em nosso pensamento a
consciência de que é assim que é – não há necessidade de luta, não há
necessidade de discórdia ou revolução, tudo está rodando direitinho como determina
os criadores do sistema mecânico perfeito. Ao menos uma opção do que foi
escrito terá dado certo: finalmente poderemos nos entender como iguais.
Que as palavras de analistas como as ditadas pelo senhor
Llosa assustam e pouco serão ou são levadas a sério, é previsível, porque a
própria história demonstra que todo aquele que tentou enfrentar, apenas com
argumentos contraditório as regras do establishment, não teve sucesso algum. E
quando muito, ou muitíssimo mais tarde foram analisar os compêndios abandonados
e apenas arquivados como histórico: entendeu-se, - sem que houvesse mais tempo
para a mudança – que aquelas eram palavras a serem creditadas, aquelas foram
ideias bastante pertinentes ao momento obscuro que culminou com a vida absurda
que se vivia (vive) então.
Por sua vez, ao ouvirmos a narração afirmativa do escritor,
embora sucinta e resumida, não podemos deixar de concatenar seu pensar acertado
com o nosso analisar mais profundo, e então, tentamos casá-las, também, a nossa
maneira. E entendemos que é apenas desta forma que será possível aceitar como
viável o continuar deste nosso plano momento.
Não
é possível encontrar literaturas de fácil entendimento ou claras, devido à
dificuldade do assunto para corroborar nosso pensamento. Por este fazer
referência às dobraduras do universo, Multiverso ou sobre o paralelismo que se
dá com uma constância ainda incompreensível para muitos dos maiores cientistas
e pesquisadores da área.
Isto
se dá, para estes estudiosos, principalmente devido à falta de ferramentas que possibilitem,
que consigam encontrar fugas, ou formas de sobrepor, suplantar a referência
comum a eles, ou seja, nossas referências são inócuas frente ao universo
abissal que se desdobra incompreensível e invisível fora de nosso parco domínio
mental. E isto se torna ainda mais incrível ou fantástico de se expor quando
nossas referências precisam ser tolhidas ainda mais pelos incompreensíveis
limites da ciência que exige a prova de tudo. Existem milhares de centenas de
exemplos de sucesso que alavancaram a abertura da mente comum e
consequentemente o desenvolvimento por ter se lançado no fantástico sem os benditos
colchões salva vidas, mas trava-desenvolvimento chamado regras pré
estabelecidas que tratavam do: somente é passível de crédito se pode ser
provado.
De
posse disso tudo é fácil entender, depois de prestar atenção em algumas palavras
do senhor Llosa que nosso universo atual caminha a passos largos para o que
podemos denominar uma espécie de bagaço de cana, onde mesmo que ainda se
constitua uma matéria prima rica em propriedades, não passam de restos
limitados; e não é mais possível uma reversão do processo para que então se
obtenha materiais nobres. A única solução possível é se arranjar com o que
sobrou, porém a gana de alguns manufaturadores continua em alta, e mais uma vez
o que precisa ser feito, a única opção é continuar sobrevivendo; adaptando-se
de posse de uma mentalidade imutável no que se refere ao conjunto produção e
consumo sem nunca levar em consideração que continuamos errando em uma rota de
retorno impossível.
P.S.
Assim como o bagaço da cana, o Planeta Terra continua sendo utilizado de várias
formas inapropriadas, sem a preocupação com o futuro, porém este não é o ponto
principal, afinal isto é matéria, e para suplantar isto temos as maiores
universidades e a cada dia mais nos superamos como seres inteligentíssimos tecnologicamente
falando; é certo que tiramos leite de pedra, significando que de uma forma ou
de outra, sobreviveremos, porém, e com a corroboração do senhor Llosa, não se pode
dizer o mesmo com relação ao desenvolvimento do humano como humano, como ser
pensante, como pessoas preocupadas em evoluir mentalmente no que diz respeito a
valores, por exemplo. Assim, a julgar pelo andar da carruagem, quando nos
dermos conta disto, já não será mais possível que se obtenha um ganho em massa
nesta questão.
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sábado, 11 de maio de 2013
Milagres ainda imperceptíveis
Nosso
discernimento precário advém de nossa mente subdesenvolvida.
Esta
condição que ainda por muito tempo terá de ser aceita como natural faz com que
sejamos privados em maior ou menor grau, de perceber alguns, uma série e todos,
- em indivíduos menos sensíveis - os milagres à que a humanidade é exposta
diariamente, mesmo que possa ainda parecer condição natural ao plano.
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Cotação em baixa...
... há muito
O custo para fazer
dinheiro é muito superior ao valor do dinheiro.
-0-
Da conta que não fazemos
É
devido ao preço alto a pagar para fazer dinheiro que algumas pessoas ainda não
o conseguiram – não se trata apenas de incapacidade. Este preço, que poucos ou
ninguém se dá conta de que deve ser pago, supera em muito a disposição em
obtê-lo; destes que: sossegados assistem as agruras, incertezas e preocupações
de conhecidos que desconhecem este entendimento, muito embora é certo também
que a maioria dos primeiros que mesmo
não entendendo o porque de suas falta de ânimo em lutar para obter o que não
raro chamam de vil metal, também não imaginam que não o fazem porque mesmo desentendendo
a ideia aqui posta optaram pela deserção à submissão aos desejos e paixões que
somente se concretiza àqueles que também ignoram o que normalmente é compreendido
como preguiça, ou mesmo julgado como indolência, ao se entregar ao mundo
econômico que compra ilusões.
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domingo, 5 de maio de 2013
De influências e personalidades
Quanto menos preparado; mais influenciáveis somos, o problema
é que não se está pronto nunca, e então como definir à quais opiniões optar?
As
influências ruins somente atingem o fraco de personalidade, por outro lado a boa,
geralmente, é justamente esse que não comove.
...como diz o Mestre: “Tudo à seu tempo”
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