“Deixe, abra um caderno, ponha diante dele uma folha em branco e espere.”
A poesia nunca, jamais esteve presa, ela apenas precisava da chave.
A chave que não liberta.
Privada não estava; sim estava... ausente.
Ausente para aqueles que não a entendiam.
Nem toda a chave liberta.
Quem entende-se preso; o está.
Quem entende-se livre; mesmo em masmorras ri da triste sina do carcereiro carrasco.
A prisão do liberto.
Silêncio, lágrimas e gritos.
A liberdade faz parte da poesia.
Sinos dobrarão e a harmonia perfeita atravessará não apenas surdas distâncias.
Ondas propagarão tempos e planos.
Até que se entenda o não-tempo.
Até que não mais precisemos entender.
Até que apenas sintamos.
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