domingo, 30 de janeiro de 2011
Essência; é mais provável na privação
Gostaria de alcançar ao menos meus próximos,
- é extremamente difícil modificar conceitos -
todos privados do que tanto procuram.
Soubessem quanto mais é possível evoluir em suas condições.
Na sobra relaxamos para a essência.
Na falta se é obrigado a procurá-la, se não o faz,
fá-lo-ia ainda menos, se abastado fosse.
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sábado, 22 de janeiro de 2011
Felicidade que suscita desrespeito
Quando uma emoção maior nos ataca, acabamos por ficar cegos para outras situações.
Isto é fácil de ser verificado, por exemplo, na alegria momentânea, passageira, fugaz, nada irresoluta; ao contrário da felicidade, de mais fácil controle - o que se deve a validade desta.
Quando alegre é preciso, como uma arfada de ar a quem está a se afogar, que ela seja aproveitada ao máximo, já a felicidade vem associada à conquista, ao perene; aliada do equilíbrio, do comedido, justamente por isso; pode ser saboreada.
Em estado de graça o felizardo está aberto a todos, e procura expandir-se, arrebanhando como se fosse contagiar o meio, buscando e demonstrando o quanto é prazeroso que todos também, sejam inoculados por seu vírus do bem. Que participem unidos na mesma energia, na mesma aura de contentamento.
Porém, ao encontrar alguém que é de natureza contrita, taciturna ou está a se revolver com suas pendências expiatórias, ou por não ser dado a semelhantes percepções, e, portanto, por isso mesmo, este, mais circunspecto, acaba evitando ou não percebendo o alegre comparsa que geralmente, nestes casos, é pego desprevenido; todo o inconsciente planejamento desta feita é corrompido.
Isto nem sempre é entendido pelo agora, transitório semeador, em sua árdua luta de tentar expandir tão volátil estado, então desta sua cegueira momentânea, acaba por julgá-lo um “estraga prazeres” boçal ou algo do gênero, e não raro; o que temos deste encontro é dois opostos, o sisudo acaba ainda mais fechado ou irritado com a alegria do outro, afinal é um momento em que ambos não estão vivenciando o exercício do pensar.
Sem perceber então, - por ser esta observação bastante sutil - nosso aéreo personagem não se atina que está diante de uma espécie de antídoto contra a satisfação.
O apagar-se da alegria, fugidia por si só, se dá justamente de pequenas interferências como esta, aqui anotada, onde, desatenta, a pessoa a ela condicionada, acaba se deixando enrolar pelo corriqueiro diário, e ao final de algumas horas, após ser apresentado a muitas situações semelhantes perfeitamente descartáveis; vão minando aos poucos e dando cabo a este estado fugaz que então será finalmente sufocado por um estado sério, solene, triste, mais condizente com o meio, que, ao contrário, não tem nada de efêmero.
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domingo, 16 de janeiro de 2011
Das diferenças que fazem a diferença
“E esperança é linda,
poeticamente falando,
porém ela jamais poderá sobrepor-se
a confiança”
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sábado, 15 de janeiro de 2011
Lustrando o Coturno
Um prefeito de uma das cidades serranas do Rio de Janeiro, também atingida pelo imenso deslizamento de terra ainda hoje reclamou o posicionamento das tropas do exército para auxiliar nos trabalhos de resgate e outras necessidades mais urgentes nas áreas atingidas.
Será possível que este pessoal todo está aguardando seus comandantes retornarem de suas merecidas férias, ou estão a lustrar coturnos enquanto os burocratas se decidem!
Em algumas situações a Natureza da um leve sopro, porém a inação do homem potencializa o dano.
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domingo, 9 de janeiro de 2011
Raul Seixas, o Ser
Não é Raul Seixas o Senhor, não é Raul Seixas Sir, é Ser, de ente, entidade.
Ente tem a ver com existir, com ser. É justamente neste ponto, a partir da idéia de existir, que parte a idéia da criação deste marcador.
Chamar a atenção, ou melhor, mudar o foco do louco Raulzito para o ser a entidade que trabalhava; que agia, nos bastidores, nas coxias; porém somente é possível que o visualizemos, quando retiramos os véus propositadamente inseridos para que o ser real não fosse revelado.
Raul Seixas, o louco, era o homem transado de rato para assim poder copular com as ratazanas que corroem incessantemente as gorduras, as sobras, ou mesmo, quando esfomeadas, acabam fartando-se de matéria nobre, que poderia ter um destino também nobre.
Através da fachada de louco ele pôde então orbitar de maneira menos traumática os três mundos. O mundo Arte, onde ele, ao seu modo criava, distorcia, invertia, traduzia o seu pensar para que então suas idéias fossem transformadas e desta forma então, aceitas pelo mundo sério, controlador e acima de tudo censor, para finalmente poder ser assimilada pelo mundo a que era destinada; o povo.
Agora, aqui, a minha homenagem tem a ver com um quarto mundo, o mundo sério do Raul Seixas ser; comprometido.
Na definição “ser”, na filosofia aristotélica, é aplicada a lógica da construção, da formação, onde um apanhado de matéria pode formar ou se transformar em objetos dispares, ou seja, dependendo do manuseio ou da adição de um número maior ou menor de determinados elementos, combinação ou adição de outros, teremos logicamente objetos únicos, distintos. Disto temos que a matéria separada é matéria, e pode continuar sendo matéria, porém transformada é qualificada e classificada em gêneros diversos. Por exemplo, a farinha, o sal, o açúcar e o fermento separados ainda não constituem o pão.
O ser humano, a construção do ser humano parte do mesmo princípio, muito mais complexo, mas é a mesma coisa.
Aqui entra a minha idéia com relação a modificar nosso pensar com relação ao Raul.
Como não se corromper e mesmo assim fazem com que seu pensar atinja o objetivo principal.
Ao perceber que existia uma única forma de comunicar ao mundo suas idéias, sobreviver fazendo, não apenas o que gostava, mas entendendo que tudo aquilo não poderia ficar guardado apenas para o seu grupo restrito, optou (fez um acordo com ele mesmo) em mostrar-se com uma caricatura alucinada, extrovertida, entendendo que somente assim conseguiria mostrar ao mundo suas idéias revolucionárias, e aqueles incomodados, mesmo contrários, acabariam aceitando seus desaforos, mesmo porque possuíam instrumentos para, de uma hora para outra intervir. Por sua vez sabia que o povo, embora o amasse, a qualquer momento poderia ser lembrado – caso houvesse qualquer avanço sobre a linha divisória - de que seu ídolo panfletário era quase um louco completo.
Ele, até o final, foi o termômetro dele mesmo, sabia que se extrapolasse teria que parar; se mudasse o repertório, a forma de comunicar, se tentasse desvestir a máscara de louco ele estaria fora. Aí temos a maior prova de sua inteligência e de como foi duríssimo manter-se firme em seu propósito, arrisco um palpite de que, continuar a caminhada mantendo-se dentro de um propósito que não lhe abriam portas sérias para contextualizar suas idéias, fazendo com que finalmente estas, fossem analisadas de outro prisma, – o verdadeiro - e assistindo que o povo, objetivo principal de seu pensar continuava apenas rindo de sua arte de seu espectro, sem olhar para a prancheta onde a letra fora depositada, tornou-se seu pior tormento. Não havia conseguido.
Digo que eu vi. Digo que eu vejo.
A idéia então desta homenagem é resgatar este Raul Seixas Ser.
Este ser que, feito do mesmo material que nós, pensou o que ninguém pensou, por outro lado, de uma maneira das mais inteligentes que já vi, passou para o povo este pensar. É verdade que superestimou este povo, imaginou que o povo poderia de forma mágica modificar-se apenas ouvindo a música. Sofreu esta derrota e acredito que descobriu isto muito antes de sua morte, porém não abandonou sua feição burlesca, pois àquela altura, o povo já amava o Raul Seixas caricato.
-0-
Abaixo uma idéia deste trabalho.
Resgatar trechos, citações; das mais contundentes, das mais significativas e, descontruindo-os das músicas, comentando ou não, levantar questão, com a idéia única de que a síntese, o sentido real seja destacado.
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Como eu ia saber?
Trechos da Música
“Como eu ia saber?”
de Raul Seixas
Enquanto eu crescia
Meus cabelos cresciam comigo
E eu me sentia cada vez mais forte
Eu já podia segurar minha guitarra
E tinha certeza de que podia cantar
Mas, hey! como eu ia saber
Que o vento soprava com a chuva?
Hey! como eu ia enxergar
O que eles iam fazer de mim?
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“Como eu ia saber?”
de Raul Seixas
Enquanto eu crescia
Meus cabelos cresciam comigo
E eu me sentia cada vez mais forte
Eu já podia segurar minha guitarra
E tinha certeza de que podia cantar
Mas, hey! como eu ia saber
Que o vento soprava com a chuva?
Hey! como eu ia enxergar
O que eles iam fazer de mim?
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sábado, 8 de janeiro de 2011
Estatística
Na TV, o especialista em meteorologia afirma com convicção acadêmica, baseada em estatísticas, que é apenas um mito, o perigo apontado pelos antigos de que um raio venha atingir a pessoa se estiver segurando uma tesoura ou uma colher dentro de casa durante uma tempestade de raios.
Abro questão então com minha Eterna Bem Amada.
Será correta sua base?
Posso confiar nela e continuar fazendo minhas refeições durante as freqüentes tempestades tropicais de verão?
A estatística mostra que isto não mais acontece, porém isto pode se dar justamente, pelo fato de as pessoas estarem avisadas de que é perigoso segurar talheres durante as tempestades de raios.
Não reside exatamente aí, o fato de não existirem mais pessoas atingidas com raios durante o momento em que seguraram os talheres, por um lado, corroborando assim com as estatísticas, porém, por sua vez, não deveríamos nos atentar para a existência da possibilidade de que elas assim o procedem, - largando suas tesouras - justamente por respeito ao conselho dos antepassados, por puro receio, medo, julgando que os velhos ao nos prevenirem sabiam de inúmeros amigos seus que foram vitimados por este mal horrível de outrora fazendo assim com que as estatísticas em verdade sejam mentirosas ou não propriamente verdadeiras?
Afinal o que as empresas de cunho “escrutinista” não revelam, é se existe uma estatística ou não, questionando as pessoas que se salvaram da tempestade de raios; se elas estavam ou não segurando algum talher durante a tempestade.
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Covardia
“A ignorância salva
- acode o homem -
em todas
as suas
imperfeições;
com exceção
na covardia”
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Covardia II
é o ato
mais inqualificável
praticado pelo homem,
de tal forma,
que nem mesmo
quando praticada
contra um covarde
é justificável”
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domingo, 2 de janeiro de 2011
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