domingo, 31 de julho de 2011
Da falta de opção que leva a auto condenação
Penso que todo aquele que decifra Nietzsche não pode de forma alguma concordar com a vida até então praticada, e muito menos, uma vez obrigado a manter o caminho da continuação social, prostrar-se diante daqueles tidos como iguais de forma igualmente velada, só poderá ser um, social, e outro, totalmente alheio ao obvio estabelecido, onde, mesmo que censure o que vai contra o pregado pelo gênio, mantém-se firme por saber ser esta a única sorte que lhe cabe ao não ser abençoado pela solidão a qual obrigatoriamente se auto condenou o rude misantropo.
027.d cqe
sábado, 23 de julho de 2011
O ocaso dos ídolos
Existe um tempo até onde é possível seguir pessoas, padrões ou lendas, não necessariamente nesta ordem, depois é imperioso que se assuma uma estática que possa um dia ser reconhecida como inteligente; existe talvez a possibilidade de ser seguido, porém quem conhece, fugirá também a isso, sabendo ser essa a única opção acertada.
025.d cqe
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Elipse de idéias
Do jogo de palavras aparentemente desconexas que invariavelmente escondem – por pura falta de compreensão - um pensar abissal extenuamente cinzelado.
A não ser que conheçamos em profundidade o autor de qualquer obra que seja, é imensamente difícil interpretá-lo; compreendê-lo. Mesmo quando o fazemos esforçando-nos realmente para que este contato se dê – seu escrito não consegue muito, além de carregar a energia, à vontade, o querer de alguém que se lançou no absurdo mundo do pensar solitário.
Esta incompreensão, este estagnar indecifrável é potencialmente atingido quando não se é dado ao jogo de palavras; independentemente de seu querer, é culturalmente impossível compreender ipsis litteris uma idéia alheia, repito, a menos que estas, há tempos palmilhem junto no mesmo pensar – afins em suas especulações. Portanto entendo que ainda superior a elipse da escrita existe uma elipse no pensar, uma elipse na explanação das idéias de alguns autores que, por mais que convivamos ou estudemos sua singular forma rebuscada de expor tais construções, muito do que está subentendido assim permanecerá, talvez até, para sempre.
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O resultado:
Da incompreensão se dá o apedrejamento, o esquecimento e a condenação ao “limbo dos quintessenciados”, e não raro é decretado o ocaso do louco antes mesmo que mentes que lhe fazem parelha, apenas em tempo, possam entender o que realmente está se passando.
023.d cqe
sábado, 9 de julho de 2011
Arcaico, porém...
“Alguns procuram bem-estar ou a felicidade no poder; outros, na ciência; outros ainda, na luxúria. Os que estão realmente próximos da felicidade compreendem que ela não pode estar naquilo que só alguns e não todos podem possuir. Compreendem que a verdadeira felicidade do homem é aquela que todas as pessoas podem possuir ao mesmo tempo, sem distinções e sem inveja. É aquela que ninguém pode perder se assim não o quiser.”
Pascal
Com um sopro do “Bhonachinho”.
“Vamos prorrogar a existência do sentimento”
022d cqe
“Talvez”
Entre o “quase”; o “talvez”; o “provável”; do cientista, existe um abismo possivelmente maior a toda à descoberta da ciência até hoje.
O pretenso, sem conhecimento de causa, sem as pesquisas, verdadeira e definitivamente finalizadas, quando vertido à luz por pessoas tidas como especialistas, mesmo renomadas, é ainda mais perigoso.
Fossilização da ética
Ajuste nas regras.
É bastante difícil tabular ações corretas em um mundo onde ao menor sinal de ganho a ética é a primeira a ser totalmente negligenciada.
021.d cqe
domingo, 3 de julho de 2011
Mística Quântica
Existimos.
Aqui é apenas isso, ou pouco mais do que isso:
ilusões dentro da ilusão de multiplicar zeros antes da vírgula,
dando prioridade a quimeras,
esquecendo-se que a matemática é infinita.
Precisamos entender que,
por mais que façamos,
aqui estamos multiplicando zeros
se comparado a disciplina do existir.
019.d cqe
Inventando novas desculpas II
Da série:
Novas desculpas para resignar-se na pobreza
Momento certo para se estar pobre
Este é um ótimo momento da existência para ser pobre, fiz uma excelente escolha.
Passamos por um longo feriado de falta de classe, de arte, de valores estéticos, de desvalorização da cultura, e mais, do equívoco com relação aos valores e a moral.
Ser rico hoje é um desperdício, não há como investir bem suas posses, nada como aproveitar uma vida de castigos sem perder nada de bom, por não haver nada de bom a perder.
017.d cqe
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