segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Castas
Aquele que não se submete por vergonha, orgulho ou entender-se superior a trabalhos e causas que lhe são motivos de piada, ou dignos apenas aos menores, menos devemos entender que seja por isso que por incompetência ou receio de não realizar um trabalho melhor, porém incapazes que são de darem como certa essa máxima, seguirão ignorando a si mesmos e desdenhando, humilhando, desmoralizando ou mesmo escrachando todos os demais a eles muito necessários.
Embora não entendamos ser apenas parte da cultura este proceder, ou seja, existe muito nesta ação, somado à falta de instrução, a preguiça, a conivência, a tranquilidade em manter um estado de comodidade que nem sempre estão somente ligadas as classes muitíssimo acima dos executores, vemos este processo repetir-se por entre uma infinidade de classes sociais e países; é o fantástico poder atuando e delegando espaço e benesses aos verdadeiros merecedores, - é assim que os próprios o entendem - devemos compreender então que por trás desse comportamento existe muito do que chamamos escassez de instrução destes beneficiados que acabam nem mesmo sendo condenados, mesmo por alguma covardia ou falta de reconhecimento aos serviços prestados, afinal já foi dito que o ignorar torna o condenado menos culpado, porém, é preciso que questionemos: seria possível precisar o grau de ocorrência desta cultura!
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Estilo nenhum
Os grandes artistas, aqueles verdadeiramente dedicados tem estilo único por não haver tempo para observarem a arte alheia; outros estilos. Então, se por um lado, desta feita, não são corrompidos por agentes externos, por outro, pouco tem tempo para dedicarem-se a outro assunto que não a busca de aperfeiçoar ainda mais seu trabalho singular.
A partir de sua descoberta, quando estes exclusivos vem a público, geralmente após sua morte ou já em idade muito avançada, serão eles agora motivos de estudo, e então seu estilo nenhum será rotulado por aqueles todos que tem tempo para a partir de então, copiá-lo.
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sábado, 14 de abril de 2012
Está escrito
Está escrito que estamos aqui para sofrer, mas ai daquele que faz sofrer; alguém me perguntou qual minha opinião sobre esta colocação visto que já a usei com epígrafe em algumas situações em meu rabiscar insistente.
Disse-lhe então, que a mensagem é clara, e é o que é, simples assim, infelizmente temos, no mínimo, preguiça de pensar o assunto, porém o principal é que nosso questionar, nosso passar por cima procurando respostas é na verdade uma fuga do óbvio, ou seja, buscamos sempre encontrar uma resposta ou alguém que dê-nos uma que venha de encontro a nossa forma de vida, a fim de que não a mudemos, e, enquanto não encontramos, ficamos a deriva, fazendo-nos de desentendidos ou esperando que a verdade não seja exatamente aquela que está ali explicitada.
Por este motivo então é que não pasma a conivência de tantos com esse não concordar, com o fingir desentendimento com este decreto milenar, portador de uma verdade bastante provável e aceita com normalidade por todos aqueles que trabalham com termos como respeito, Leis Sagradas, ética, consciência, razão, então para o grupo que difere de um pensar reto, julga estas palavras de acordo, é claro, com suas ainda tortas observações, com o seu agir ainda desconexo, não contextualizado, ou com aquele entendimento consciente apenas aos pulhas, - vide os serviços públicos, por exemplo - que mesmo que não entendam nada de ética, entendem que é assim que tudo funciona, que se ele não agir assim estará sendo visto como fraco, como otário, estes, porém, fugiram de um compreender sensato e concordam com o raciocínio dos “vencedores”, eles não concordam com a ideia de existir um querer honesto entre as pessoas, estes somam-se ao grupo daqueles que defendem que todos pertencem a uma linhagem única, a linhagem do interesse, a linhagem da esperteza, e de posse desse analisar massificado, retrogrado e cômodo, embora totalmente necessário em algumas formações de aglomerados que buscam aumentar sua participação no jogo, para estes portanto, não lhes sobra tempo para uma análise mais demorada sobre a afirmação acima, e a entendem apenas como retórica, ou uma licença poética já fora do tom, fora de época e dita apenas por aqueles que, no frigir dos ovos, pensam exatamente igual a eles, onde tudo o que fazem está sempre direcionado a firmar-se no grupo.
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Inteligência gera mais inteligência
Alguém já escreveu que, àquele que já possui lhe será dado ainda mais; e a despeito de todas as dúvidas, de todas as polêmicas, isto é mecânica pura e, portanto, matemática básica.
A energia quando bem utilizada gera ainda mais energia; e assim é com o dinheiro, por exemplo, e também com a inteligência.
Parece ser até obra de ingratidão do universo com o homem sofrido, ou o homem que é castigado devido à falta de inteligência, pois ele nada pode fazer se não possui esta ferramenta, já o ser inteligente não raro vale-se até da inteligência alheia como instrumento para tornar seu existir ainda mais cômodo.
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O mais difícil é que é mais fácil escrever isto que entender a que grupo pertenço, afinal ainda esta semana ouvi de um amigo que a meu ver, financeiramente, - que é o que vale, não? - está muito melhor do que eu sentenciar quando o nomeei inteligente, e ao perguntar como ele tem passado: “Lutando muito para perder de pouco, afinal se eu fosse inteligente não estaria aqui fazendo o que faço”.
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domingo, 8 de abril de 2012
Do bem
O fato de ser do bem não classifica ninguém como especial, isto não existe. Tenho assistido a pessoas que se dizem do bem excomungando os demais por as terem rechaçado, as terem humilhado, não as terem respeitado como merecem ou como entendem merecer por julgarem-se acima das demais, quando do cumprimento de seu voluntariado.
Em algumas situações até, com veemência, fazendo alusão ou mesmo lançando mão de retaliações; quando alguns de seus pares foram assassinados desempenhando ou não o trabalho a que julgaram mais aptas em benefício da humanidade, vide situações diversas como colaboradores da ONU, por exemplo, freiras ou religiosos em países pobres, pessoas comuns, estudantes, atores, biólogos e ripongas em defesa dos diretos humanos ou mesmo da preservação da natureza, por exemplo.
Mesmo que louvável, seus papéis, suas escolhas; não devem eles buscar um tratamento especial, diferenciado, afinal não apenas são voluntários, - o que já os qualifica como um nível superior aos não voluntários – como, implicitamente, devem esta dispostos a praticar o bem sob qualquer circunstância, - suas escolhas chancelam esta verdade - isto significa que devem se preparar para estarem aptas, prontas, atentas, em todas as situações, inclusive aquelas onde o bem principal é entender que o ignorar mundano os condenará a reles mortais como aqueles que os atacam - é o ônus da escolha.
Temos assistido ao longo, principalmente, destas últimas décadas, um avolumar-se de pessoas que, compadecidas, ou conscientizadas na necessidade do mundo diante de uma série de catástrofes, injustiças, crimes e covardias praticadas contra as pessoas ou o planeta, formaram um contingente louvável na defesa dos indefesos, porém não raro assistimos a estes, tomando tudo como uma luta pessoal, lhes sobe à cabeça o fato de ser diferenciado, onde, definitivamente, não pode ser assim.
Esta escolha é linda, magnífica, edificante, mas deve ser assimilada dentro de uma conscientização tão superior quanto à própria escolha, e exigir que as pessoas as respeitem de forma diferenciada devido a isto não é uma demonstração de humildade, é não apenas sentir-se diferente como querer ser reconhecido como diferente.
Este comportar-se, infelizmente a iguala aquele que isso não reconhece e por outro lado, apaga o rico trabalho feito junto àquele que a reconheceu até então.
Aquele que se entende superior não o é, já, aquele que é e assim não se entende, certamente é por isso que assim se mantém.
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Seções terapêuticas
Aprendi com alguém muito especial que frequentamos seções terapêuticas justamente para que consigamos voltar a participar ativamente, sermos novamente qualificados como seres comuns ao meio social.
Num primeiro momento, isto há duas décadas, entendi tal asserção mais como uma provocação, dada a sua origem e o histórico do autor, a propósito, dono de uma das psicologias mais ferinas que conheci, não necessariamente entendi como inválida, apenas a vi, como disse, tão oportuna quanto provocativa. Agora, entendo-a como perfeitamente válida, embora ainda conserve o cunho acentuado do desafio, porém acredito que aquele que consegue passar por este processo sozinho, sem a ajuda de um profissional, porém não seja mais um comum ajustado ao sistema e sim um incomum ajustado às necessidades de sobreviver ao sistema, observando sempre o fator, o binômio, inteligência e razão, provavelmente viverá um experiência muitíssimo mais rica, embora sofra na mesma proporção esta escolha, fato é que conseguirá sozinho, e carregará consigo seus filhos, suas crias, seus vícios e suas vontades, sua arte, sua bossa e não a de um profissional que não raro passou pela maior sessão terapêutica que pode existir antes de tornar-se um “pitaqueiro” oficial da vida alheia, a sala de aula, os bancos da universidade.
015.e cqe
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