Está escrito que estamos aqui para sofrer, mas ai daquele que faz sofrer; alguém me perguntou qual minha opinião sobre esta colocação visto que já a usei com epígrafe em algumas situações em meu rabiscar insistente.
Disse-lhe então, que a mensagem é clara, e é o que é, simples assim, infelizmente temos, no mínimo, preguiça de pensar o assunto, porém o principal é que nosso questionar, nosso passar por cima procurando respostas é na verdade uma fuga do óbvio, ou seja, buscamos sempre encontrar uma resposta ou alguém que dê-nos uma que venha de encontro a nossa forma de vida, a fim de que não a mudemos, e, enquanto não encontramos, ficamos a deriva, fazendo-nos de desentendidos ou esperando que a verdade não seja exatamente aquela que está ali explicitada.
Por este motivo então é que não pasma a conivência de tantos com esse não concordar, com o fingir desentendimento com este decreto milenar, portador de uma verdade bastante provável e aceita com normalidade por todos aqueles que trabalham com termos como respeito, Leis Sagradas, ética, consciência, razão, então para o grupo que difere de um pensar reto, julga estas palavras de acordo, é claro, com suas ainda tortas observações, com o seu agir ainda desconexo, não contextualizado, ou com aquele entendimento consciente apenas aos pulhas, - vide os serviços públicos, por exemplo - que mesmo que não entendam nada de ética, entendem que é assim que tudo funciona, que se ele não agir assim estará sendo visto como fraco, como otário, estes, porém, fugiram de um compreender sensato e concordam com o raciocínio dos “vencedores”, eles não concordam com a ideia de existir um querer honesto entre as pessoas, estes somam-se ao grupo daqueles que defendem que todos pertencem a uma linhagem única, a linhagem do interesse, a linhagem da esperteza, e de posse desse analisar massificado, retrogrado e cômodo, embora totalmente necessário em algumas formações de aglomerados que buscam aumentar sua participação no jogo, para estes portanto, não lhes sobra tempo para uma análise mais demorada sobre a afirmação acima, e a entendem apenas como retórica, ou uma licença poética já fora do tom, fora de época e dita apenas por aqueles que, no frigir dos ovos, pensam exatamente igual a eles, onde tudo o que fazem está sempre direcionado a firmar-se no grupo.
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