Somos como o pescador artesanal anônimo e sua rede esquadrinhando
águas claras; sentindo o peixe é preciso que o capturemos o mais
rápido possível para que se não nos escape, nosso peixe então, é a
ideia que se nos apresenta qual o reluzir prateado agitando-se na
tarrafa, se não a agarramos rápido em forma de aforismo, se não a
prendemos no primeiro papel a vista, é possível que demore a voltar
frente a um oceano de imagens que se desenrola na imensidão de nosso
cérebro descomunal de profundezas inauditas.
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