sábado, 30 de dezembro de 2017

Nietzsche; Aforismo


“Um aforismo, se está bem cunhado e fundido, não fica logo “decifrado” pelo fato de ser lido; ao contrário, então é quando deve começar sua interpretação, e para realiza-la necessita-se uma arte (...), uma coisa para a qual tem-se que ser quase um bovino e, em todo caso, não um “homem moderno”: o ruminar”.

F. Nietzsche


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Fundo do poço


Quando bem trabalhado, o fundo do poço é o melhor ângulo para enxergar a superficialidade das posições até então defendidas.

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No fundo do poço está situada a única estação que leva a todos os lugares, inclusive, de volta ao topo.


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“O poder dos pequenos”



Tocqueville percebeu que a vida de constante ação e decisão, que era causada pelo caráter democrático e de negócios da vida norte-americana, premiava hábitos mentais severos e prontos, decisões rápidas e a imediata apropriação de oportunidades – e que toda essa atividade não era propícia à deliberação, elaboração ou precisão de pensamento.

Richard Hofstadter 
em O anti-intelectualismo nos Estados Unidos 
em O poder dos pequenos.

*

“São os extrovertidos que movem o mundo, mas são os introvertidos que determinam a direção.”

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“O anti-intelectualismo tem sido uma linha contínua a serpentear através de nossa vida política e cultural, alimentada pela falsa noção de que democracia significa que ‘minha ignorância é tão boa quanto o seu conhecimento”.

Isaac Asimov



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Da série; “E agora eu me pergunto; e daí?”





“Hipnotizados por desconfianças mútuas, quase nunca levando em consideração as espécies ou o planeta; as nações se preparam para a morte”






“...e como o que estamos fazendo é tão terrível, tendemos a não pensar muito nisso. Mas aquilo que não levamos em consideração é improvável que possamos corrigir.”

Carl Sagan




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Clarice Lispector



“Escrever é reproduzir o irreproduzível”... e assim mantê-lo.



Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos


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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

sábado, 23 de dezembro de 2017

“Destruamos os destruidores”



Na essência - Os leitores que nos descobrem – aqueles que garimpam - são talvez os únicos que poderemos detectar como verdadeiros, disse. Os próximos serão ecos da propaganda. Precisamos detectar e então excetuar os interesseiros ou alguém que viu na arte uma forma de levar o seu; de aparecer; de pegar carona.




E finalizou

Quero desvestir o homem, dissociá-lo, descumprí-lo; tirá-lo de todos os seus mitos, de tudo o que encarcera... que até agora julgou importante. Tudo foi; iremos agora para o É.




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सिद्धार्थ गौतम






Tentou-se poupar o indivíduo Sidarta Gautama de observar o mundo doente em que nasceu. E ele não apenas descerrou o véu que o separava desta realidade como acessou os mecanismos para que a falta de perspectiva, o sofrimento e a compaixão, por exemplo, fossem trabalhados, expondo uma nova - descerrando outro. O que desafia, é a dificuldade de traçar caminhos altruístas mesmo agora, de posse do mapa!




Os caras desenvolveram as fórmulas que nós simplesmente não conseguimos nem mesmo aplicar.




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Por sobre o que não se quer ainda que







Tento com uma linguagem ficcional, disse, escrever sobre os fatos que assisto; na tentativa de atentar para a realidade que não agrada na intenção de finalmente despertar um que outro para a verdade que interessa através desta.










Por que então a dificuldade e a necessidade de ambos; intervenho?





Nada é necessário; tudo é preciso, disse, e calou-se.

É sobre aquilo que É; imagino!





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Dignidade “brau”


Em tempos de super-heróis em voga - Descolados, alguns poucos com certa facilidade se orgulham de serem eles mesmos – os caras - na própria individualidade.

Até onde podes se comprometer com isso, sob a luz da inteligência?

E da retidão?



Oferecendo a si próprio, ou mesmo oferecer ao mundo a certeza de que se orgulha de ser como é e assim manter-se?

Ser o que se é na certeza de ser uma espécie de modelo; verdadeiro exemplo ao desassistido e desprotegido universo humano!


Contribuição da Minha Sempre Bem Amada



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domingo, 17 de dezembro de 2017

Nonsense


Melhor algum sentido que nenhum, disse...

...mesmo que o sentido escolhido não faça sentido algum?


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Nonsense II



Cortina de fumaça - É a inteligência humana que faz com que algo seja quando não é...

Até quando, cada qual a seu modo, deverá conviver com esse perigo?



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Flashes de oportunidades










Enquanto nos debatemos com afetadas paixões, oportunidades cotidianas de aprendizado revolteiam e acabam por bater asas para longe, nos enterrando ainda mais no obscurantismo irrefletido. Parceiro inseparável do orgulho que mantem o indivíduo preso ao chão; onde, invariavelmente, flagrantes de melhora são tornados novos pontos a serem espiados em outras oportunidades, aumentando o corolário do nosso, já malfadado, despertar. 

Ótimas oportunidades aparecem no desencontro, no entanto a presunção arraigada não deixa delas nos aproveitar, fazendo com que permaneçamos nos arrastando no torvelinho gerado por conta dos, sempre a postos, instáveis humores continuados originados de fremente estultice.

Os melhores momentos podem surgir nas divergências, e estas, por serem de mais difícil pega, são as mais valiosas quando encabrestadas com as rédeas do desapego; humildade, resiliência, recolhimento, respeito, ponderação, entendimento, aceitação, paciência... 


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sábado, 9 de dezembro de 2017

Respeito



Os homens estão sujeito às leis, e não tem nada a ver com lei moral ou ética. Moral e ética faz parte das situações que precisam ser resolvidas aqui na nossa sociedade – instrumentos de percurso para que se obtenha um alinhamento mínimo de pensar. Mas elas precisam ser suplantadas, por serem menores, frente ao que verdadeiramente É.

Sendo aqui um momento de passagem para o aprendizado evolutivo; uma escola.  Nós apenas concluiremos esta jornada após iniciado o entendimento de que existem leis que fogem da nossa ainda limitadíssima compreensão, e isto inegociavelmente tem a ver com respeito; e é acertado afirmar que não se adquire este exato princípio de caráter e honra apenas com as leis sociais, com estudo, e muito menos este preceito máximo da personalidade do homem surge da mera assimilação ao que determinam nossos legisladores terrenos, que muito alardeiam associando-o a esta moral e ética comerciável e instrumentalizada - hoje tão elásticas quanto distorcidas e assumidamente elencadas a símbolos de alguns destes governantes que têm na manipulação do verbo seu salvo conduto a permanecerem falando.

O respeito é o passo a mais, aliás, é o último passo, muito além da execução cotidianamente negociada. O homem adquire conhecimento necessário, desenvolve a inteligência, e somente então começa a compreender que está sob a batuta de jurisdições superiores onde o respeito é a base das leis que devem ser não apenas respeitadas, mas seguidas no presente estado de ser.

Ao atingir esta percepção e afirmar a interpretação adequada. Assegurar a devida intenção e porque não, a sã dependência de assimilar definitivamente a compreensão da necessidade de respeitar; somente a partir daí é que se ascende a outros estágios estabelecidos. O nível onde é vencida a matéria; onde cientes, entendemos que o estado molecular é temporal; momentâneo, e então finalmente, investido de liberdades outras, poder-se-á por si só lançar mão de ajustes; diligenciar os interesses de continuar nele existindo.

Este indivíduo, agora, por conta de particularíssima atenção, passa a vislumbrar uma leve, mas significativa ampliação das opções que sempre estiveram à disposição. Pode, por exemplo, optar em continuar sua existência terrena para considerar uma ou outra situação. Uma vez que, alcançado este nível, dependerá somente dele permanecer coabitando a matéria ou resolver de outras formas,  atenções particulares. Ao se entender, ter a clareza de que é uma situação bastante difícil carregar o corpo físico durante um determinado tempo. De posse desta certeza, é bastante natural procurar resolver de outras maneiras que não preso a um veículo cuja densidade é extremamente limitadora. Jogando luz sobre a realidade mais simples e a isto fazendo referência, não é contraditório afirmar que o respeito é a premissa e também a última barreira psicológica a limitar o humano para a posse definitiva de vislumbrar algo que imaginamos ser, evolução.

É somente a partir do respeito que retomamos a condição de uma liberdade há muito vivenciado. Nós já há possuíamos, mas é fundamentado nele que a resgatamos. Reassumir as rédeas induz-nos a outro patamar de entendimento. A partir daí, teremos outras perspectivas de acesso; esclarecimentos outros se abrem. Conhecimentos outros que sempre estiveram a disposição, dependendo da retomada da posse da chave “respeito” para o retorno à compreensão da realidade do existir

Ode ao respeito


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“Cadum cadum” é sinônimo de respeito


Cada cabeça uma sentença; com a premissa do direito como espinha dorsal de todas as ações.

Se alguém se dignou a fazer, deve ser respeitado, ainda que não se aprove.

*
O que é a desaprovação

Sobre o que verdadeiramente intenta à agressão; se não uma desconexão, um desajuste. O desalinho com a diversidade das interconexões mentais diversas e, portanto, passível de analogias díspar e incompreensível que podem estar limitadas ao assistido e assimilado junto aos seus; quando também se está diante de instrumentos de transmissão atemporal do que aos demais é ainda ininteligível por pertencer a esferas muito além do compreensível!?! 

“Posso não concordar com uma só palavra sua,
mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la.”

Voltaire

A presença de Voltaire aqui não se faz como
avalista e sim por conta de oportuno encaixe.


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Da falta de plasticidade mental


Antes, antes, antes...


...e só então...


Antes é preciso livrar-se do incômodo gratuito e, portanto, prejudicial, originado das sempre particularíssimas atitudes terceiras, ou seja, antes é preciso aprender a confiar, mas antes ainda, é preciso aprender a deixar pra lá.
Respeitar.
Somente daí, iniciaremos o exercício da despreocupação com os eventos naturais do nosso entorno planetário ao finalmente abandonar o julgar ordinário e tratar como fenômenos: as ainda acanhadas ocorrências necessárias, positivas, possíveis e urgentes; porém naturais e oportunas às Leis Maiores.

- Como então?
- Antes era preciso então... conhecer.

Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos


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Consciente direito


Seria a escrita de até então, tão só um instrumento, mais um preparativo, uma escola, uma espécie de régua instrumental; um referencial condutor ao que em algum agora será proposto?

...

“Assim como seria inadequado sujeitar-se aos falsos princípios de qualquer sistema educacional, seria igualmente inadequado negar a verdade do conhecimento antigo. A arte da síntese entra neste trabalho, que significa valermo-nos do que é oportuno no momento e dispensarmos o supérfluo, meramente decorativo. Este é um princípio de educação espiritual.”
...
ERKS, mundo interno – Trigueirinho.

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sábado, 2 de dezembro de 2017

“Não somos; os outros!”


Peculiaridade manifesta

Ele simplesmente falou; do nada. Entre o contexto e ao que remetia às palavras alinhadas. Com se tivera escutado algum agente externo, ao que mais tarde ficou definido como a importância do personagem ser mais trabalhado, mas, questionado, não quis levar o assunto adiante e agora, entendendo porque, e, sem que ele desconfie; optou-se por representa-lo aqui.







...“Não sou o Salinger, sou o Caulfield, ou coisa que o valha”.




Da Peculiaridade manifesta por conta de uma razão nem sempre necessária ou bem vinda; que prima mais abertura e menos intromissão.



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Pavimentadora inútil


A filosofia é o destroçar de nós. Enleamo-nos em nós, e ela, como uma máquina pavimentadora que recicla o velho ao mesmo tempo em que remodela o caminho, utiliza-se do que não foi usado, ou mal utilizado. Do que não foi dada a atenção merecida; necessária. Do que foi negligenciado ou ineficazmente gerenciado, e reconstrói daí um caminho possível ainda que de impossível aplicação aos homens: os verdadeiros gestores de todo o universo que conhecemos como tecido social. Portanto ela é inútil ao seu tempo. Somente após décadas ou séculos de andanças arrastadas, alguns homens irão se render ao caminho anunciado; então, apenas estes, tornados Filhos da Filosofia: voltarão a movimentar as boas energias estagnadas e desatar nós antigos, traçados por todos os outros que foram dissuadidos de ouvir o aconselhamento lúcido de seus pares mais ilustres no tempo devido.


Ao que parece, nada desse pensar passará de uma espécie de arte ou exercícios dispensáveis que jamais servirão para algum exame útil culminando em pomposas honrarias de colação de grau. Aqui não há premiação em vida, apenas, em alguns casos, bustos erigidos post mortem.  Não seria surpresa escutar que a verdadeira filosofia é o néctar das sociedades implantadas; o único amálgama positivo decorrente do frio movimento das massas sociais disformes e suas abjeções sempre infundadas valorizadas nos mais diversos agrupamentos comuns; a resultante positiva e comprovadamente frutífera a ultrapassar outros planos fora do que entendemos como estado finito.  
    
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Não adianta insistir em ensinar a filosofia, a Verdadeira Filosofia nunca será aplicada – ainda que ela possa sim, ser despertada. Na escola se aprende sobre o passado estanque sem a contextualização atualizada por conta da formação viciada de professor-aluno-professor – ambos indefinidamente alunos; quando a filosofia é um organismo vivo e se renova a todo instante em seu vicejar exponencial. Não existe aplicação da filosofia; nos colégios são ministrados determinados fatos; ruminados velhos assuntos. Pode que o método desperte no aluno alguma veia dormente de um possível futuro pensador que em raríssimas ocasiões ocorre em algum momento do processo no agora de cada um, mas o habitual sempre será apostar nesta impossibilidade – não é algo que se automatiza na diplomacia -; então estes se tornam professores, ou escritores, relatando o que realmente já fora pensado; não pode ser diferente.


Não há método possível a algo que se renova a todo instante. E a vontade que poderia ser louvável, invariavelmente volita dissimulada sob o véu da vaidade muito bem remunerada.


As escolas insistem – com índices inacreditáveis de participações - porque é sinônimo de inteligência se dizer filósofo e confere status a qualquer um desocupado que tenha aprendido filosofia cursando boas escolas de pensadores antigos. Mas é somente isso; só o status. Não que um que outro aplicado neófito daí não possa ser despertado, mas o filósofo não precisa disto. O filósofo é como qualquer outro artista; ele nasce pronto. Geralmente o que as escolas fazem é estraga-lo – destruindo suas inspirações através do método. Devemos acreditar que as escolas filosóficas são mais engodos; voltadas a produção de não filósofos. Redutos de negociantes vorazes, que pretendem tornar os togados – produto – membros de suas sociedades; para que assim não atrapalhem seus negócios de ocasião.

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Sobre nosso (des)envolvimento - Como a escola quer ensinar filosofia se ela é preguiçosa; se somos preguiçosos? É por conta deste particular que as cátedras de filosofia insistem no Mito da Caverna. Se uma nova hecatombe; outra era glacial dizimar o humano que conhecemos hoje e então, com a Terra regenerada, passado dez milhões de anos, outros humanoides (nascidos das amebas?) ao iniciar a nova velha história tudo de novo, com suas escavações e destruições. Em determinada situação encontrarem fragmentos que aludem, exuberantemente, todo o Mito da Caverna; por similaridade, os novos terráqueos se agarrarão a ele - naquele agora - como a existência de uma espécie muitíssimo superior a habitar o planeta já há milhares de anos quando a Terra era habitada por deuses pensadores; quando nossa inteligência atual não consegue assimilar que as palavras de Platão foi tão somente um despertar que pode ser aplicado em todo o gerenciamento pessoal malogrado, resultante da ineficiência nascida no acômodo comum a que nos entregamos sempre que encontramos uma forma sofrível de conviver suportável... blá, blá, blá. 



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