Os homens
estão sujeito às leis, e não tem nada a ver com lei moral ou ética. Moral e
ética faz parte das situações que precisam ser resolvidas aqui na nossa
sociedade – instrumentos de percurso para que se obtenha um alinhamento mínimo
de pensar. Mas elas precisam ser suplantadas, por serem menores, frente ao que
verdadeiramente É.
Sendo aqui
um momento de passagem para o aprendizado evolutivo; uma escola. Nós apenas concluiremos esta jornada após
iniciado o entendimento de que existem leis que fogem da nossa ainda
limitadíssima compreensão, e isto inegociavelmente tem a ver com respeito; e é
acertado afirmar que não se adquire
este exato princípio de caráter e honra apenas com as leis sociais, com estudo,
e muito menos este preceito máximo da personalidade do homem surge da mera
assimilação ao que determinam nossos legisladores terrenos, que muito alardeiam
associando-o a esta moral e ética comerciável e instrumentalizada - hoje tão
elásticas quanto distorcidas e assumidamente elencadas a símbolos de alguns
destes governantes que têm na manipulação do verbo seu salvo conduto a
permanecerem falando.
O respeito
é o passo a mais, aliás, é o último passo, muito além da execução
cotidianamente negociada. O homem adquire conhecimento necessário, desenvolve a
inteligência, e somente então começa a compreender que está sob a batuta de
jurisdições superiores onde o respeito é a base das leis que devem ser não
apenas respeitadas, mas seguidas no presente estado de ser.
Ao atingir
esta percepção e afirmar a interpretação adequada. Assegurar a devida intenção
e porque não, a sã dependência de assimilar definitivamente a compreensão da
necessidade de respeitar; somente a partir daí é que se ascende a outros
estágios estabelecidos. O nível onde é vencida a matéria; onde cientes,
entendemos que o estado molecular é temporal; momentâneo, e então finalmente,
investido de liberdades outras, poder-se-á por si só lançar mão de ajustes;
diligenciar os interesses de continuar nele existindo.
Este
indivíduo, agora, por conta de particularíssima atenção, passa a vislumbrar uma
leve, mas significativa ampliação das opções que sempre estiveram à disposição.
Pode, por exemplo, optar em continuar sua existência terrena para considerar uma
ou outra situação. Uma vez que, alcançado este nível, dependerá somente dele
permanecer coabitando a matéria ou resolver de outras formas, atenções particulares. Ao se entender, ter a clareza de que é uma situação bastante difícil
carregar o corpo físico durante um determinado tempo. De posse desta certeza, é
bastante natural procurar resolver de outras maneiras que não preso a um veículo
cuja densidade é extremamente limitadora. Jogando luz sobre a realidade mais
simples e a isto fazendo referência, não é contraditório afirmar que o respeito é a premissa e também a
última barreira psicológica a limitar o humano para a posse definitiva de
vislumbrar algo que imaginamos ser, evolução.
É somente a
partir do respeito que retomamos a condição de uma liberdade há muito
vivenciado. Nós já há possuíamos, mas é fundamentado nele que a resgatamos.
Reassumir as rédeas induz-nos a outro patamar de entendimento. A partir daí,
teremos outras perspectivas de acesso; esclarecimentos outros se abrem.
Conhecimentos outros que sempre estiveram a disposição, dependendo da retomada
da posse da chave “respeito” para o retorno à compreensão da realidade do existir
Ode ao respeito
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