sábado, 12 de julho de 2025

Nosso pensar espelha a sociedade

 










Como bem observa J. Krishnamurti, estamos presos à mente e é também essa insciência que mantém os grilhões apertados no homem mental. O que viemos aprendendo, portanto, deve ser observado ainda com mais cuidado por conta dessa verdade, afinal somos o que reconhecemos como verdadeiro e essas representações — copiadas, melhoradas, analisadas, interpretadas ao bel prazer de cada um, etc... — e sempre limitadas —, é o que espelhamos. O conhecimento deve ser observado também por esse aspecto, apreendendo-o como um viés de libertação.










Antes de conhecer ou simplesmente saber o que nos torna um ser conscientemente sociável e de livre pensar, somos como um viciado autômato, envolto em nossa embriaguez ordinária. Volta e meia a vida nos apresenta uma saída; pessoas, mestres, uma catástrofe, um ato doloroso, em forma de instrumentos para algum despertar próprio. Daí, temos a oportunidade de nos fazer sóbrios, este é o momento; finalmente por algumas horas ou dias, estaremos frente a frente, enquanto a atmosfera persiste, — uma espécie de fresta, uma fenda reservada, onde os sentidos se apresentam mais aflorados — com possibilidades diversas; é preciso estar atento a ela, pois só conseguiremos acessar outras perspectivas sendo fortes e permanecendo abstêmio: até entender que nós mesmos somos prisioneiros das armadilhas de nossas mentes; simplesmente ao concluir em algum grau, nosso desconhecimento, e o quanto viemos persistindo em negação esse inevitável porém admirável encontro.







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