Aos poucos, a hipocrisia permissível, vai minando e se infiltrando ente duas ou mais pessoas que se relacionam por um grande período; numa família, por exemplo.
Isto se dá, para que a sociedade continue existindo, ou seja, é perfeitamente normal.
Acaba como um jogo de sinais conhecidos ou reconhecidos, iguais a um linguajar que há muito praticado adquire suas próprias nuances.
Assim como na linguagem, ao ser espraiada a hipocrisia devido aos anos de convivência, quando lentamente um ou outro elemento as solta (com a intenção de infiltrá-las; um tipo de medir temperatura) cada vez forçando mais a vontade, o querer, ou os limites dos demais, até que consigam se entender e concordar; que até ali tudo o que foi experimentado serve como salvo conduto ou algum tipo de jurisprudência que aumenta, se avoluma, podendo até se tornar perniciosa, primeiro ao externo, na proporção exata da moral do grupo.
É assim no grupo, e este pequeno laboratório acaba se estendendo para a sociedade, algo parecido ao processo de osmose.
Conforme é o caráter do grupo (sociedade) é a permissividade (limite) do mesmo.
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