quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pride II


“Nenhum sofrimento é em vão,
difícil é superar a dor
apenas lembrando esta máxima”

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Respeite a Vida


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Respeite a Vida II


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Ainda um troglodita

“Leio um clássico assim como faço uma refeição preparada por Minha Mulher:
Consciente de que não estou preparado para ambos”

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Produzirá ele também algo?

O homem do ano do jornal Frances Le Monde irá falar.

Passará do que mostrou ser um fantástico operador “Ctrl+C, Ctrl+V”, para um digitador de textos desconhecido.

Ou seja, até agora ele, ao dispor de toneladas de documentos apenas copiava e colava as informações, ou as fofocas, sim porque ainda não entendo por que tanta balburdia, afinal foram somente fofocas diplomáticas, não houve nada de realmente assustador ou comprometedor em suas colagens de um arquivo para outro.

Suas cópias apenas deixaram muitos diplomatas numa tremenda saia justa, coisa que para esses caras-de-pau mancomunados, e rabos-preso... é café pequeno.

Digo que o Sr Julian Paul Assange está diante de uma oportunidade única para mostrar a que veio, poderá manter-se dentro de uma postura séria e compromissada tentando mostrar a população o que só se pode fazer nas entrelinhas; ou deixar-se levar por esta onda gigantesca tão rapidamente formada e jamais imaginada ser possível, afinal o seu nome de um “Mr. Who”, foi cotado, em praticamente meros dois meses de exposição na mídia, ao “Homem do Ano” em varias bancas de apostas, e é claro no “sem nada pra fazer”, Le Monde.

O que quero dizer é que: irá ele se vender barato? Temos já um claro exemplo do que são capazes, ao observarmos o caso do jornal Frances, onde prefere transformá-lo em homem do ano, bajulando-o e indo contra todo um sistema que quer derrubá-lo, dando mostras de que o apóia talvez, apenas para não se tornar um alvo futuro por não saber o que existe por trás de 250.000 páginas de documentos, e quem sabe se tornar alvo das famigeradas: “Ctrl+C, Ctrl+V” da WikiLeakes. E olha que estamos falando da imprensa, é importante que isto seja lembrado.

Fato é que este “ex senhor nada”, pode com suas palavras fazer finalmente o que algumas dezenas ainda não corrompidas gostariam. É certo que será tentado como parece ter feito o Le Monde, imaginando assim talvez mantê-lo ameno, como também o é que: nas últimas décadas não houve um sequer que tenha ousado realmente.

Surpreender-nos-á este?

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Eco e oco


Do contato sempre nocivo por sua natureza influenciadora



O contato é nocivo

A partir do instante que concordo, acredito. . .

Já não mais copio

Digo assim que não disse a frase primeira; copiei

Retorno que o concordar me apropria

O contatado agora é um eco

Como eu o sou daquele dito

Diria então que o contatado é oco...

Isso é o contato...

Influências que não deixam fluir

Uma vontade escancarada talvez não mais seja

Dois séculos aquém alguém ecoou

Ao repetir a falta de valores

Será que esta é uma resposta do eco

Ou seria a vingança da ética

“Cuidado com as más influências”

Conselhos gratuitos

Que nada nos deram

Aliás: deram

Uma conta bastante alta

É o preço pago por não sermos nós mesmos

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Reflexões de passagem

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe"
O Wilde

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Reflexões de passagem II

"A cada bela impressão que causamos,
conquistamos um inimigo.
Para ser popular
é indispensável ser medíocre"
                                             O Wilde

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Reflexões de passagem III


"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal"

O Wilde

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Felicidade abafada


Alhures

- Vendo-a séria; indagou:

- Você me parece triste!?!
- Respondeu Ela:
- Não estou infeliz; o que fazer,

se vocês não sabem apreciar minha felicidade.


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Química humana

O homem como ser transformador

Estarias bastante próximo da excelência se tua maior dificuldade fosse encontrar alguém em quem depositar sua confiança, porém muito antes disso, tens que vencer seus demônios e sobreviver tentando mostrar que podem confiar em uma lealdade falsa.

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domingo, 12 de dezembro de 2010

Desvalorizando o medo


Já adquirimos consciência suficiente para não termos mais medo,
porém aos poucos deveremos passar pelos perigos que isto significa,
até atingir a liberdade,
objeto principal desta descoberta.

 -0-

Avançamos o suficiente, já é possível hoje, acordar e entender que não precisamos mais viver com medo. Falo do medo real, aquele que nem mesmo é acessado por aficionados que ficam vidrados frente às sangrentas cenas de filmes “b” de terror que arrastam milhões aos cinemas. O que amedronta realmente, o medo que deveria ser eliminado, poucos tem conhecimento, e mesmo este, receio, alguns poucos despertos conseguiram decifrá-lo, mas insisto: a humanidade já avançou o suficiente; fazendo com que o homem disponha de instrumentos que “vazaram”, deixando-o numa posição confortável de não-medo. Sabemos que não é fácil. Por estarem impregnados do medo comum e simplório inculcado de maneira heurística por mais de cinco mil anos, e tendo sua disposição aumentada exponencialmente do final do século XX para hoje, onde, descaradamente, fora lançado mão de métodos que coroam principalmente o sentimento velado da emulação, tão bem dispostos que, num desbotar incessante, acaba mesclando-se, até que, finalmente se funde eclipsando o sentido real do agir; de como é importante mantermos com os iguais um comportamento sensato, cordato, respeitoso. Acordado, estou consciente também de outro porém. Talvez devamos passar ainda pelo verdadeiro inferno, o inferno que aqueles citados acima, que apesar do medo deleitam-se com as cenas sem razão da ficção, quando finalmente deverá a humanidade passar pelos perigos desta descoberta, deste estar consciente, - mas então, sem medo. Vou me distanciar um pouco do chão, e buscar em outras paragens, pegando um gancho naqueles que acreditam que há um depois no intuito de dirimir o inferno acima citado. Talvez, partindo do princípio que existe um depois, e a história de que viemos e voltaremos seja realmente verdade, poderemos costurar com o auxílio deste posto avançado, um despertar longe daqui, alguma espécie de doutrina, uma disciplina onde o pessoal vai se desligando aos poucos, sem muita revolta, a respeito do tempo perdido. Mostrando insistentemente até que percebam finalmente que esta consciência que hoje entendo como preparada, não venha a bater de frente, ao serem apagados os sinais e marcas de propriedade alheia. Entendo que somente assim não haverá sofrimento nesta transição. Fato é que existe o pós medo, e este é o objetivo principal desta. Talvez eu devesse colocar como um autor estes dias para mim explanou: “Nos primórdios mesmo, o medo não existia como agora o conhecemos, no máximo um receio com os animais que deveríamos matar. Foi somente muito mais tarde que o medo foi utilizado – do homem para o homem - como instrumento de castração do existir.” Assim como muitos de nós ainda não sabem como é viver sem medo, também nem imaginam como é, coexistir com o sentimento de liberdade.

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domingo, 5 de dezembro de 2010

Relembrando Millor


Relembrando Millor da década de 80 na Folha de Londrina

“Contou-me que foi humilhada na homilia.”

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Parceria de pensamento


“O metrô sacolejava,
enquanto uma pergunta não me saía da cabeça:
como falar disso, como chegar a isso,
quando pratico o jornalismo literário?
Que tolos são os jornalistas literários,
os críticos, os professores,
que se atêm ao texto, ao estilo,
a gramática, a sintaxe,
a arte da escrita,
e deixem que o mais importante escape!”

José Castello
Rio 1951, Cronista, Crítico e Escritor
Texto do livro, A Literatura na Poltrona

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Do sentido que se escondeu


Ao perceber a diligente dedicação com que alguns profissionais tentam, e para alguns da área em comum até conseguem atingir o objetivo ao passar observações sobre assuntos a que são chamados, e, comparando como no meu caso específico, onde geralmente o faço por hobby, gosto, oportunidade, escolha ou falta de coisa melhor a fazer. Desperta então nosso interesse, a vontade de alguns deles em demonstrar sentido, cavoucando, rodeando em um determinado ponto ou inserindo uma série de adjetivos no intuito de se fazer compreender.

Devemos é claro avaliar, quando possível, quem é o autor. Geralmente, para aquele que possui o habito da leitura de observação, aquela em que não apenas lê-se cegamente o escrito; já não mais restringe sua atenção apenas ao conteúdo óbvio, mas percorre as linhas observando, “lendo” também o interesse maior do autor, a forma escrita, as palavras, a maneira com que são dispostas, enfim, a intenção velada, tanto consciente quanto inconsciente de quem se dispôs a passar o recado, - ensinando, informando ou esclarecendo.

Ao fazer esta analogia dia destes ao ler um texto, - um ensaio ou resenha; não mais me recordo - sobre uma peça de teatro assistida pelo escrevente, percebi, era evidente sua vontade em passar com um enunciado bastante complexo, o sentido. Dar sentido aos seus escritos. Confesso que pouco entendi. Muito fez alusão as suas pretensões, as observações a que emprego agora aqui, afirmo então que mais por ter entendido eu sua vontade – por que não por ter entendido seu querer - do que a minha vontade de insistir no texto até o final.

Como sempre então, não pude deixar passar a sempre presente crítica análoga que me acompanha. Desta vez envolvendo a mim mesmo.

Na mais pura introspecção; apurei quase todo o contexto aqui exposto. De imediato ficou ainda mais claro o porquê da dificuldade que todos nós encontramos ao tentar acessar o interesse externo, o interesse que não está conectado com o rol das conveniências particulares daquele que está a tentar.

O porquê no mais das vezes pessoas se aglutina com pessoas tendo como fim apenas a diversão ou amenidades diárias que não colocam um preço uma atenção mais séria.

Para que se compactue o sério o sério precisa ser amplamente estudado, a distração ao contrário já o é por definição, de natureza mais fácil, prática e obviamente aprazível.

Está aqui então a resposta para uma das minhas infinitas infantis indagações (“III”); se tanto me esmero em dar sentido as minhas colocações por que é então, entendendo ser elas de constituição não apenas firmes, exatas e prioritárias, mas sim constituídas de seriedade impar, que jamais atingi objetivo algum?

A despeito de tudo e também entendendo que meu esforço é nada se voltando ao início, ao considerar minha forma de escrita, aqui, ao contrário, tenho uma satisfação; não falo de peças teatrais, dramaturgia, ou tento convencer leigos ou técnicos a prestarem ainda mais atenção aos abusos televisivos, falo, analiso, procuro dar o maior sentido que há a evolução humana, e digo que não há distração alguma aqui.

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domingo, 21 de novembro de 2010

Transição


Dia destes estive envolvido em longa conversa com um alguém raro que naturalmente me é muito caro, e que já venceu tanto as necessidades físicas tão arraigadas na espécie humana quanto às paixões desprovidas de sentido, bem como as demais que insistem em se manterem vivas mesmo quando o infeliz escravo luta contra suas amarras.

Com um ente assim raríssimo não podemos perder tempo com assuntos paralelos, afinal é uma oportunidade única e não queremos perdê-la, não quando também estamos empenhados em livrar-nos de ações que sabemos há tempos deveriam já não mais fazer parte nem mesmo do nosso pensar.

Por se tratar de um amigo e compreender ele minhas buscas, falamos da existência, de essência, de evolução e dos métodos que aplicou para finalmente atingir um estado de paz e harmonia consigo e com todos ao seu redor.

Pouco do que disse eu já não ouvira. Para as pessoas que chafurdam, escarafuncham em tudo o que é canto, por tanto tempo, tentando acertar o caminho para a liberdade é difícil que alguém consiga apresentar alguma novidade; no máximo uma técnica diferente, um incremento em um ou outro exercício, pequenas dicas, nada mais que isto. Somos sabedores que só existe uma forma aqui junto à matéria: a prática.

Resolvi descrever aqui este momento mágico - é claro que somente eu sei disso - para salientar ou destacar um ponto em especial da nossa longa “aula” - como trata-se Ele, de um Mestre, nada mais justo que definir nossa longa prosa como uma aula.

Contou-me sobre o processo mais difícil de sua passagem. Relatou com detalhes e exemplos, situações que não poderei descrever aqui devido à extensão... Como tínhamos todo o tempo do mundo tudo foi explanado com a morosidade comum aos seres sossegados.

Assim não apenas fez-me compreender, como acalmou, mesmo que minimamente, meu coração, no que diz respeito ao processo muitas vezes longo da transição da paixão, do desejo, para a permanência alienada “consciente”, - embora esta não seja a melhor forma de expressão - em que o ser que busca, ainda insiste no pensamento obstinado da posse e da nova idéia de nada existir, da ilusão total aqui, quando então finalmente está preparado para a descontinuidade da matéria.

Observando-o agora, parece impossível que este novo ser um dia foi um humano escravo do existir.

Enquanto o ouvia, tentei de todas as formas visualizá-lo como um ser comum, mas isso já não é mais possível. Com tudo isso convenci-me ainda mais sobre um pensamento que veio juntar-se a outros tantos que fervilhavam durante todo o período desta incrível experiência, e já vivido em outros momentos tão ricos quanto este, imaginando que ele estaria apenas a jogar comigo, como parte de um exercício, muito comum, aplicados a iniciantes, onde é preparado o ambiente, não apenas para que o “gafanhoto” fique envolvido na aura arranjada, jamais pensada unicamente pelo mestre manifesto, como também para toda uma legião de interessados, mesmo quando se trata de hordas contrárias, - geralmente as mais objetivadas – que naturalmente ali se encontram e acabam participando quando então todos são tocados durante o processo em andamento.

O resultado disso tudo é um “insight” sem precedentes onde nem mesmo conseguimos perceber o que aconteceu. Mas aconteceu.

Não apenas o neófito, todos os envolvidos foram tocados; e o Todo usando o “saniasi” como um aluno/instrumento providencial, não apenas o transformou em um ser melhor como interferiu positivamente tanto no material quanto na essência manifesta.

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sábado, 23 de outubro de 2010

E como um último golpe: o amor


O quanto certo está o singular (neste caso) poeta Nietzsche, quando indaga com uma convicção única e própria, e por ser uma constante na sua escrita é também uma de suas marcas mais forte - a colocação aguda, o questionar contundente, incisivo e acintoso, onde pouco deixa espaço para a réplica.
Aventa então ele sobre o tão lembrado “amor universal”.
E se não pudéssemos afinal fugir do assédio do amor desmedido e a tanto almejado?
Se fossemos então finalmente atingidos/recompensados com este querer milenar o sempre propagado amor verdadeiro entre os homens; seriamos premiados ou amaldiçoados?
O quanto mais peganhentos ainda seria nossos aliados, que mesmo na condição de carentes patológicos poderiam vivenciar um fastiar-se de afagos?
Onde residiria a solidão?
Ou ao contrário, para conseguir-se a solidão seria necessário nascer com algum problema congênito diferente de tudo o que conhecemos, onde mesmo inundados então do mais puro amor ao próximo, o moribundo estaria condenado ao esquecimento.
Inversamente, aos poetas, sobraria apenas questionar o contrário; a necessidade do afastamento; a dificuldade de encontrar alguém que se gostasse de verdade em meio a um amar generalizado e comum.
Não perderíamos para sempre então a mágica do flerte, e talvez até a arriscada e difícil busca pelo ser amado e único?
Não seria entediante se o amor defendido por aqueles tidos por nós como grandes, reinasse enfim?
Ou então, conhecedores do que são ou não são capazes os humanos portadores dos mais variados humores, viram a necessidade da declaração insistente da busca eterna por este tão difícil sentimento, por entenderem o quão contrário a ele parecemos ser?

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Não evolução


Se a pregação maior é amor ao próximo,
o não ao egoísmo.
Significa que em todas as ações devemos pensar antes em como nossos iguais
serão atingidos negativamente com a nossa nova tomada de ação,
ética,
e moralmente falando.
Não estará aí a raiz do nosso atraso?
Talvez não sejamos tão egoístas assim!

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Analogias


“De alguma forma existe uma correlação parecida, contrária e triste entre o amor e a política, nesta uma série de cidadãos insistem em serem os eleitos onde é certo que apenas o fazem por ser esta uma opção certa de ganhos fáceis, embora sempre tentem esconder ao máximo de que seus eleitores lembrem-se desse gigantesco detalhe, bem ao contrário está o amor, onde sabemos que este é o caminho mais correto que pode existir, porém insistimos em desviá-lo pregando exatamente o contrário.”

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domingo, 17 de outubro de 2010

Cães acuados


Cães acuados
As leis são ainda mais severas com aqueles que atrevem-se a ousar
A vontade de ser mais cobra o preço
Mas ah! Como é longo o barbante invisível preso a coleira.
Erram por anos
Engana-se
Enganados aventuram-se imaginando que pensam
Agem com algo que imaginam ser audácia
É pura insolência.
Nada mais que desrespeito.
Atrevem-se erguendo a voz
Não produzem nada além de seus ouvidos
E continuam
Enganados nem mesmo justificam-se
Porém Autoabonam-se, sempre
“Tenha dó de seu despreparo”, aconselha Um
Compadecido e por enxergar além, Outro, insiste, “esqueça”
Mas estamos falando de Leis
Esqueço então; o Universo não
Tão violentos quanto covardes agigantam-se
Pouca coisa os diverte
Mas divertem-se com pouco
E reclamam
Mesmo enganado sobre seu poder
Não foi o suficiente
Como o acéfalo que nocauteia
Ainda um último coice não é perdido
Arrastar-se-ão, espojando-se em seus iguais na matilha
Abundam hienas que riem enquanto devoram fezes
Acoando para nada seguem num inflar mútuo
Nenhuma lágrima daqueles tidos como fracos ficará impune
Multiplicar-se-á em um cêntuplo por cada gota provocada
A dureza então finalmente será forjada
Muito tarde talvez
A dureza forjada é volátil
Apenas aquele que é fraco, força
Vira-se com acochambres oportunistas
Aquele que possui a força não usa os músculos
Usa o cérebro

001.c qe

terça-feira, 12 de outubro de 2010

João Cabral de Melo Neto


Sempre evitei falar de mim,
falar-me.
Quis falar de coisas.
Mas na seleção dessas coisas
não haverá um falar de mim?


João Cabral de Melo Neto
100b.cqé

domingo, 26 de setembro de 2010

Do ceticismo como um caminhar para o burilamento


Se de alguma sorte pudéssemos, como diversão, e sem pré julgamentos, principalmente os nocivos, observar a diversidade ilimitada de riquezas ainda não percebidas no nosso plano justamente por serem de difícil observação (percepção).

-0-

Bem menos raro que nos pareça, nos deparamos com situações diversas que por se apresentarem embaralhadas aos episódios comuns do cotidiano, são tratadas com desatenção, deixando assim que nos escape então, sem uma leitura mais apurada.

Diz respeito ao fato de que, ao mesmo tempo em que um comportamento é percebido como nocivo para seu autor, temos no seu extremo oposto, ainda mais imperceptível, uma reação não contrária, mas sim distinta, é claro, onde, de alguma forma, tudo se contradiz, e o que era apenas pernicioso, ou inconseqüente está de alguma forma potencializando alguma outra ação ainda mais difícil, reafirmo, de ser reparada por terceiros; que não é observado por expectadores desatentos, devido estar ela obstruída por algum ponto cego. Isto logicamente, de forma alguma atenua o sofrer do nosso personagem, mas ao contrário, este dano pode alongar-se arrastadamente por uma vida toda, porém chamo a atenção para a observação de outro dado: esta ocorrência não é só, ou ruim de todo.

O homem cético, o homem de ciências, ou mesmo aquele que está ainda iniciando no caminho da busca, devido a uma série de obstáculos que auto impõe-se: insegurança, orgulho, falta de convicção, desconhecimento e medo; é claro, não aceita uma resposta como verdadeira até que não tenha esgotado todas as possibilidades de que sua razão possa ser verdadeiramente contestada.

O que para muitos, - é claro que guardada as devidas proporções por que não temos por aí centenas de pessoas fazendo este tipo de leitura (no mais das vezes externos ao problema) é visto como um atraso na evolução, nada mais é que um amadurecimento do seu ser, pois é visto que esta demora, este vagar é um estado de maturação natural, é a natureza do universo segurando-o na sua ânsia, na sua voluptuosidade.

E, enquanto isto se dá, enquanto ele na sua cegueira não chega ao convencimento, muitas outras descobertas estão se dando pelo caminho através mesmo dele, afinal suas “cabeçadas” (tentando adequar o mundo a sua maneira), enquanto não o acordam para a verdade, seres outros, ao seu lado, visíveis ou não estarão aprendendo ou usando-o como um laboratório de aprendizado.

Portanto, como já hoje estive falando com o meu Sempre Bem Amado: não raro o que sempre temos como verdade, o é.

Uma observação contra de um terceiro sobre uma determinada personalidade que para centenas de milhares de outros é um ser sagrado, por exemplo; ou como o indivíduo que assistimos por estes dias insistindo em queimar o livro sagrado de outros “rivais religiosos” como um protesto que julga pertinente devido ao 11/09, são demonstrações que engrossam a lista de quão diverso é o nível de compreensão do humano.

Porém se observamos com mais atenção, enquanto fica ele conjecturando sobre a verdade e a mentira de suas convicções, enquanto ficar debatendo e mantendo opiniões que parecem ser desarrazoadas, estará caminhando por uma senda de sofrimento e desacertos, que pode muito bem estar burilando seu existir, e isto é ótimo segundo observações, se analisada muitas vezes, justamente, do ponto de vista da doutrina praticada pela personalidade que está a ser contestada - como diz outro “Amigo” em comum (com o anterior que estive a conversar hoje; acho) que citou dia desses, “o fato de me repetir demasiadamente nisso não significa que seja uma mentira”.
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Só se engana quem quer ser enganado


“Não há quem apresse mais os outros do que os preguiçosos depois de haverem satisfeito a sua preguiça, a fim de parecerem diligentes.”

Duque François de La Rochefoucauld


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“Aplaudam, aplaudam”



O aplauso por educação é a pior manifestação
de “agradecimento” que um indivíduo pode
proporcionar a outro.

Essa ação deve ser veementemente negada,
principalmente se o aplaudido não sabe discernir
entre o aplauso bajulativo, obrigatório, gratuito,
daquele dado como forma de reconhecimento.

No mais das vezes enganado, o “artista” avalia
que foi sua arte recompensada sem imaginar
que ocorreu ali a ação fácil do agitar de mãos,
muitas vezes envergonhadas ou buscando
esconder o fato de estar perdendo tempo,
ou no máximo premiando o esforço.

Desatento então;
e por vezes enganado acaba assim,
nosso artista,
voltando e expondo-se novamente ao ridículo,
muitas vezes
sem buscar apresentar uma melhor performance.


-0-

Will the people in the cheaper seats clap your hands?
And the rest of you, if you'll just rattle your jewelry.
John Lennon

099.b cqe

Razões desarrazoadas


Quando o indivíduo sente a verdadeira loucura que é o mundo,

acaba por se jogar na verdadeira loucura patológica do existir,

entre a primeira e a segunda,

o ser inteligente prefere a segunda;

como nenhuma faz sentido mesmo,

melhor alienar-se de verdade.


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domingo, 19 de setembro de 2010

Velha máxima ainda aplicável


No livro, o pequeno capítulo, “Não pensar mais em si”, chama a atenção de imediato; e antes mesmo de lê-lo duas situações primordiais me vem: primeiro numa alusão a economia onde ninguém nunca pode dispor de nada que ainda não tenha verdadeiramente assegurado, e mesmo que venha a tomar este caminho, após a conquista, há que ser cauteloso, e arremato com a velha e célebre, jamais pensada em uma situação dessas, porém oportunamente aplicável: “se um cego está a ser guiado por outro os dois cairão no buraco”.

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Sou Feliz e Sei disso


É muito bom fazer algo de bom para Ela. 

Até mesmo Principalmente, aplacar sua solidão de mim.


094.b cqe

domingo, 12 de setembro de 2010

Believe


Meu Deus!
Se posso ser feliz aqui;
O que mais terei então?


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sábado, 28 de agosto de 2010

Tudo Ok! Eis a resposta


109 AUTODOMÍNIOS, MODERAÇÃO E SEUS MOTIVOS DERRADEIROS


Vejo apenas seis métodos profundamente diferentes para combater a violência de um instinto. Em primeiro lugar, pode-se evitar as ocasiões de satisfazer um instinto, enfraquecer e eliminar esse instinto abstendo-se de satisfazê-lo durante períodos mais ou menos longos. Em segundo lugar, pode-se estabelecer uma lei de uma ordem severa e regular na satisfação dos próprios apetites: desse modo são submetidos a uma regra, seu fluxo e refluxo são encerrados dentro de limites estáveis, para ganhar os intervalos em que não incomodam mais; - partindo disso, se poderá talvez passar ao primeiro método. Em terceiro lugar, pode-se entregar-se deliberadamente à satisfação de um instinto selvagem e desenfreado até sentir desgosto para obter, por meio desse desgosto, um poder sobre o instinto: com a condição de não fazer como aquele cavaleiro que, querendo esfalfar seu cavalo, acabou por quebrar o pescoço - o que é, infelizmente, a regra em semelhantes tentativas. Em quarto lugar, existe uma prática intelectual que consiste em associar à satisfação um pensamento doloroso e com tanta intensidade que com um pouco de exercício a idéia da satisfação se torna também cada vez mais dolorosa. (Por exemplo, quando o cristão se habitua a pensar durante o prazer sexual na presença e na zombaria do diabo ou no inferno para um crime cometido por vingança ou ainda no desprezo que incorreria aos olhos dos olhos que mais venera se cometesse um roubo; de igual modo alguém pode reprimir um violento desejo de suicido que lhe veio cem vezes quando pensa na desolação de seus parentes e de seus amigos e às recriminações que farão, e é assim que ele chega a se manter à margem da vida: - pois, a partir de então essas representações se sucedem em seu espírito como a causa e o efeito). Deve-se ainda mencionar aqui o orgulho do homem que se revolta, como fizeram, por exemplo, Byron e Napoleão que consideraram como afronta a preponderância de uma emoção sobre a conduta e a regra geral da razão: daí provém o habito e o gosto de tiranizar o instinto e de alguma forma esmagá-lo. (“Não quero ser escravo de um apetite qualquer.” escrevia Byron em seu diário). Em quinto lugar: tenta-se um deslocamento das próprias forças acumuladas, dedicando-se a um trabalho qualquer difícil e pesado, ou submetendo-se deliberadamente a atrativos e a prazeres novos, desviando assim para outras direções os pensamentos e as forças físicas. Ocorre o mesmo quando se favorece temporariamente outro instinto, dando-lhe freqüentes ocasiões de se satisfazer, para torná-lo dispensador dessa força que dominaria, em outro caso, o instinto que importuna, por sua violência, e que se pretende refrear. Outro também saberia talvez conter a paixão que gostaria de agir como senhor, concedendo a todos os outros instintos que conhece um encorajamento e uma permissão momentânea para que devorem o alimento que o tirano gostaria de reservar para si. E finalmente, em sexto lugar, aquele que suporta e acha razoável enfraquecer e oprimir toda a organização física e psíquica chega naturalmente da mesma forma a enfraquecer um instinto particular demasiado violento: como faz, por exemplo, aquele que mantém esfomeada sua sensualidade e que destrói, na verdade, ao mesmo tempo seu vigor e muitas vezes também sua razão, à maneira do asceta. - Portanto: evitar as ocasiões, impor regras ao instinto, provocar a saciedade e o desgosto do instinto, relacioná-lo com uma idéia martirizante (como a da vergonha, das conseqüências nefastas ou do orgulho ofendido), em seguida o deslocamento das forças e finalmente o enfraquecimento e o esgotamento geral - esses são os seis métodos. Mas a vontade de combater a violência de um instinto não está em nosso poder mais que o método que se adota por acaso e o sucesso que se pode alcançar ao aplicá-lo. Em todo esse processo nosso intelecto não é, ao contrário, senão o instrumento cego de outro instinto que é rival daquele cuja violência nos atormenta, quer seja a necessidade de repouso ou o medo da vergonha e de outras conseqüências lamentáveis ou ainda o amor. Enquanto julgamos lamentar a violência de um instinto, portanto, no fundo é um instinto que se queixa de outro instinto; o que significa que a percepção do sofrimento que tal violência nos causa pressupõe a existência de outro instinto igualmente violento, ou mais violento ainda, e que uma luta se prepara, na qual nosso intelecto deve tomar partido.


Texto retirado do Livro:
AURORA
de
Friedrich Nietzsche


-0-


Somente um oráculo pugnaz como Nietzsche, vivo e acordado; tão lúcido quanto mais se possa ser, mas, principalmente, não comprometido com qualquer empreendimento que seja além daquele que nos mantenha firmes em uma retidão baseada no juízo perfeito e com a visão reta e única de que aprendamos de uma vez por todas que podemos nos transformar em seres pensantes e através dessa mente renovada moldar nossa inteligência para não mais nos amarrarmos a qualquer convenção ou moral pregada que seja além daquela que mantenha-nos livres... enfim, apenas ele também é capaz de esquadrinhar quase tecnicamente este que para a maioria de nós é parte integrante de um dos dilemas mais pungentes que existe, sabedor de que: derrotá-lo é condição sine qua non para termos um mínimo de sossego nesta curta existência antes da próxima experiência.


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Idolatria

Uma confusão comum acontece quando tratamos da questão da idolatria. Falo também da admiração normal e comum a alguém singular. Trata-se do fato de misturar o autor e sua obra. Tanto o autor quanto a obra devem ser respeitados, porém é necessário separá-los. Pode que um autor sem ter uma estrutura psicológica, de conhecimento ou de comportamento adequado consiga dar à luz uma obra sem precedentes e conseqüentemente revolucionária, embora possa ela se tratar apenas da primeira. Porém quando temos o casamento dos dois, mesmo não sendo comum, eles por si só disseminam a boa nova; situação que geralmente não acontece na causa anterior onde o autor menos evidente depende de alguma terceira pessoa ou terceiro veículo para semear a novidade, ou “vendê-la” até que os ramais necessários sejam atingidos. Voltando então a idolatria, é preciso que um cuidado especial seja anotado com relação aos autores, principalmente em se tratando do nosso segundo exemplo. É comum que a obra fique relegada ao segundo plano e passemos a uma admiração exagerada ao autor que nada mais é que um instrumento/autor. Isso acontece primeiramente devido ao pouco discernimento e falta de sabedoria, por se tratar nós de meros desavisados, porém isso se deve principalmente porque, no nosso desentendimento não sabemos compreender que a obra em si pode desencadear sentimentos; humores; e a abertura de entendimentos que, se buscado apenas no humano pode alongar-se por várias eternidades. Erradamente então entendemos que estudar a biografia do exímio autor, que dissecar o homem que em alguns casos foi apenas o canal condutor da descoberta. Nutrindo por ele um amor; o idolatrando; mas submetendo a obra a um segundo plano por entender que é mais fácil ou a ordem natural dever ser transferir conhecimento do humano para o humano, é como encantar-se com uma lagarta em transformação e então virar as costas para o que de mais surpreendente ainda está por vir.
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Apontando acertos


Se se fala da animalidade do homem, da incultura generalizada, da falta de amor, de seguir uma moral copiada e adaptada, nunca sensível a modificação dos itens anteriores, diz-se que quem o diz o faz pertencendo ao meio e por isso na melhor das hipóteses é por tratar-se de um dissimulado descontente, mas nunca, jamais enquanto este viver, tentarão entender o porquê tão poucos percebem o que realmente vem acontecendo.

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Não há saída fácil


Não há salvação na doutrina da mosca,
ou morremos como uma tartaruga
ou renascemos.

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Não há saída fácil II


De um tipo de procrastinar involuntário

"O cristão jamais aprenderá a ler

porque só aprendeu a confiar

em interpretações de terceiros."
De um membro indu da organização RSS em discurso em Nova Deli.


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A lei não é para todos


É errado que a lei seja para todo mundo.
A lei serve para direcionar pessoas com problemas de comportamento.
O problema é que é difícil encontrar alguém que não o tenha
e raramente, quando isto se dá,
indubitavelmente o que temos
é um infeliz a deparar-se com desiguais
muito “aquém”desse entendimento.

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domingo, 22 de agosto de 2010

Esperança é pra quem espera


O Que?
Como ousas atacar inclusive a esperança!
Como?
Este que é o único estandarte a sobrar
entre toda essa moral hedionda e sem sentido até então,
tão zelosamente pregada!
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Tao


Quanto será há dentro do que nada parece conter?
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Esquizoidia é bom


Nasci míope. É a natureza acenando para a minha esquizoidia
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Incorruptível


Não sendo do meio mais terá utilidade a sua inteligência
se ali tiveres alguma necessidade de permanecer.
Por outro lado se não,
sobrevirá obviamente,
por já não passar você de uma apófise.

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Anônimo

Esforços vãos que não voltam


Conheço um amiga que perdeu a tesão pela vida.
Lutou bravamente tentando mostrar a vida aos seus mais próximos.
Nada conseguiu além de um dissabor geral, e finalmente afastou-se.
Vencida engrossa a fila daqueles que vivem uma existência arrastada.
Desanimada, triste e um tanto desgostosa por ter falhado.
Gasta seus dias revirando obituários.
E enquanto avista gratuitos desafetos pipocando em colunas fúnebres.
Imagina se em meio a tristeza, os antigos afetos
Que ainda sobrevivem... em meio a dor.
Lembrar somente agora, em vão.
O quanto vãos tornaram seus esforços.
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Do que vive o fraco


O passado pendente deles obriga-os a lembrar o meu já há muito morto,
acreditando não ser isto possível. (livrar-se de volume incômodo).
Como?
Como?
Indagam em seus pensamentos atuais camuflados com doses anódinas não percebidas e que, mesmo acrescida de choro, provocando assim um torpor ilusório ainda maior, é finda.
Quando então finalmente, convencidos e fatigados entenderão:
É, foi-lhe permitido o presente.
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sábado, 14 de agosto de 2010

O Caminho abaixo do meio


Ainda como humano há um paliativo eficaz:
ser uma raiz;
a mais profunda,
que visa o constante: pra baixo,
que busca a riqueza escondida
na mais profunda escuridão,
este, quando torna,
dá à luz o mais raro dos espécimes.
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Pessimismo positivo



O bom pessimismo, o pessimismo aceitável, o pessimismo crítico evolutivo, quem sabe o que é isto, o que isto significa?

É interessante que Nietzsche se refira ao alemão como um povo pessimista quando ele mesmo pode ser facilmente confundido, até por um não laico, como um pessimista e tanto.

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CÓDIGO JEDI


"There is no emotion, there is peace."
"There is no ignorance, there is knowledge."
"There is no passion, there is serenity."
"There is no death, there is The Force."

Não existe emoção, existe paz.
Não existe ignorância, existe conhecimento.
Não existe paixão, existe serenidade.
Não existe morte, existe A Força.

Precisamos apenas lutar,
porém lutar
com a consciência plena do seu significado;
com o coração,
imaginando que nem sempre
A Força
virá na hora derradeira.
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Compreendimento puro


Para Nietzsche, o homem paradoxal, como seria entender que justamente a piedade, parecida com a por ele combatida, salvaria, mesmo que disso não precisasse; o próprio e seus golpes contundentes em forma de pensamentos, magnificamente acertados e intangíveis para muitos em compreendimento; no grau inverso jamais atacável mesmo que, repito; pouco ou nada disso lhe interessasse ou acreditasse (ser salvo), até porque esteve sempre voltado para a essência, jamais se importando se o pensar nato fosse avaliado como impróprio por um mundo datilógrafo, classificando-o até como grosseiro.

Então por conta disto, membros tão inteligentes quanto religiosos, arraigados em pesquisas, aos poucos não apenas compreendem como se martirizam, e impregnados, justamente da piedade já sublinhada entendem, muito aos poucos, quanta compaixão pode existir em um coração doente e solitário, no entanto, e quanto mais, ainda será descoberto por entre marcas que por muito tempo permanecerão ininteligíveis por entre os sinais deste maldito anticristo.
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Transando-se de jogador



Indignados ainda mais, ficam aqueles que percebem e aqueles que não também, que me valha de baixezas, própria suas, para sobreviver em meio à escória infetuosa que designam como “seu grupo” 


*

O Ministério do Desentendimento adverte:
O não aceite desta máxima é o meu canhoto de aceite.
*
Grupo que ascende mais que os demais, seus iguais que não sabem como, ou o que significa o sofrer paciente e talvez por muito tempo ainda; e mesmo não sabendo que o fazem, não imaginam também por quanto tempo isto se estenderá.

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Evoluímos pô! Somos gente


Vivia-se mais em paz nos tempos primitivos, se algo não funcionasse íamos ao altar e sacrificávamos uma cabra. E se não acalmávamos os deuses de plantão, pelo menos aplacávamos aquela maldita insegurança em faltas menos importantes, que agora julgamos com um misto de escárnio e assombro, nós mesmos, por já nos considerarmos Neandertais mentalmente evoluídos.

Hoje o sacrifício é pessoal. Lento e paulatino; durante uma vida toda... Queimamos em banho maria, como se fossemos o galo mais duro que existisse, mesmo sabendo o quanto isto é mentiroso. Nosso sexo nem de longe deveria lembrar este símbolo máximo de Altivez e Virilidade.

Como se fizéssemos parte de algum experimento, aonde nossas energias vão sendo drenadas aos poucos por mãos hábeis de algoz conhecedor, que ao ministrar a dose certa, mantém viva a presa ao seu bel prazer até que a experiência ou no caso aqui, suas necessidades sejam totalmente satisfeitas.

Voltando; o ritual de sangramento do bode ou de um inimigo capturado de outra tribo deixou de fazer sentido, afinal evoluímos e o que sobrou para nós humanos desenvolvidos, consumistas sobreviventes aos impérios sangrentos mais diversos, foi o sexo e as drogas lícitas ou não para abrandar uma mente doente e atormentada que se equilibra sobre uma massa vaidosa tão falível quanto sua comandante.

Fato é que não está resolvendo. Continuamos engolindo toda espécie de sapo por nada, e, como os altares foram destruídos, continuamos. Entendendo que mudarmos de fornecedor de batráquios não resolverá o problema.
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Lacan



O Amor “é o desejo impossível de ser um quando há dois”.

e

“Faça o que você deseja porque o seu desejo é o meu”.
Jacques-Marie Émile Lacan

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Lacan II


“O amante não precisa perguntar ao amado o que este quer,

pois quem ama sabe a resposta”.


Betty Milan
Escritora e Psicanalista
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Lacan III


Em tempos que assistimos atrocidades que fariam inveja ao mais inclassificável dos inquisidores é muito bom ler algumas palavras em defesa do Amor Verdadeiro.

Li em alguma revista qualquer, - tão qualquer que estranhei ambos, tanto a escrita quanto a escritora; finda a leitura, tive mais uma vez provada a máxima do não julgamento precipitado - a escritora e psicanalista Betty Milan fazer referência ao inexpugnável pensador e também psicanalista Francês Jacques-Marie Émile Lacan.

Agradeci-a prontamente via e-mail, não apenas por suas palavras cheias de energia e verdades, quanto a lembrança de citar não apenas Lacan, porém suas palavras sobre um assunto que a cada dia mais o temos confundido com sentimentos totalmente dispares de seu Verdadeiro Conteúdo.

Parabéns Sra. Betty Milan, e como diz o Bhonachinho: “Vamos prolongar a existência do sentimento.”

Serie di "Lacan" è un omaggio alla mia principessa eterna.
Minha Demonhinha
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