domingo, 20 de junho de 2010

Transvaloração dos Valores*


Acordei pensando em tudo o que venho lendo nos últimos dias em duas revistas de filosofia.

Todos os artigos, indistintamente, acabam colocando, pontuando, ou com nuances, da necessidade que temos hoje de aceitar que os valores precisam ser revistos, ou como é impossível aplicá-los na íntegra, como não poderia ser diferente, dado as mudanças inevitáveis à que estamos sendo apresentados nos últimos cento e cinqüenta anos.

Não tenho dúvida alguma sobre a adaptação dos valores, quero deixar claro, quando estão em jogo negociatas entre pessoas que visam um bem comum que não os Valores Reais, os aspectos primordiais, os princípios de Honra, Amor, Justiça e principalmente o Sagrado, com suas Leis Imutáveis; por ser este “imutável”, cunhado em planos inimaginavelmente superiores ao nosso.

Tentarei então registrar as palavras por mim pensadas quando pela manhã, quando meus olhos ainda nem mesmo abertos estavam, mas minha mente já atenta concatenava a idéia de como hoje todos estão de alguma maneira tentando burlar os princípios que tanto deveriam embelezar o existir.

O princípio da minha idéia, a questão principal a que me deparei ao acordar é a de finalmente “cair a ficha”, admitir que é primordial, é necessário, admitir, concordar que na sociedade atual precisamos enjambrar, adaptar, seccionar, qualificar, esquartejar os valores.

Isto posto, passo a minha questão particular, de um chato rabugento que foi obrigado a admitir que precisa rever conceitos. Volto a frisar que o que está sendo discutido aqui é apenas a maldita sobrevivência. Sei que isto é impossível de ser qualificado, mas é disso que se trata esta.

A questão:
Que tribunal, que qualificação terão os juízes, (ou deverão ter) incumbidos de avaliar estes mortais ignorantes que foram de uma hora para outra autorizados a cometer pequenos delitos, arrancando nacos de valores ou esfacelando-os totalmente em função de mudanças ou adaptações muitas vezes sem sentido ou porque uma pequena e miserável casta veio se perpetuando como senhorios do vale, insistindo em políticas por eles inventadas, quando estes pequenos transeuntes não conseguiram nem mesmo vislumbrar devido a vida desgraçada a que estavam submetidos o significado do valor em si?

Ou seja; em que grau o delito poderá ser praticado? Como saberão estes que não estão indo além das necessidades de existência ou mesmo; como uma mente facínora que já não consegue mais controlar impulsos, continuam adentrando a porta de tesouros que eram apenas para serem, num primeiro momento, atacados como, ou para uma subsistência momentânea?

*Esta é a minha idéia de Transvaloração dos Valores
 
069.b cqe