Como é possível que o
homem tenha dado um imenso salto evolutivo com relação a tudo, indústria,
ciências, tecnologia, automação, nanotecnologia, farmacologia...
Estamos
enxergando cada vez mais distante no que diz respeito a universo. Corrigimos a
miopia de nosso principal telescópio espacial em plena orbita, estamos cavoucando
cada vez mais fundo; atingindo profundidades jamais imaginadas em nossos mares.
Qualquer
perspectiva feita com seriedade em qualquer passado que seja previu a evolução
alcançada com relação à comunicação de que dispomos hoje.
Recordes
inimagináveis são alcançados num dia e superados no outro; físicos e
particulares, e isto independe do campo. Quando em grupo: na produção ou
superação com o auxílio das mais incríveis máquinas e equipamentos, da robótica
a genética.
Nossa
produção na área de fomento e commodities
é um espetáculo a despeito dos custos ao planeta, afinal sempre haverá um
preço, mas em suma, se levarmos em conta uma contabilidade otimista e positiva,
– que ao final é a única que realmente conta – proporcionalmente, jamais o
mundo esteve em uma zona de conforto comparável a vivida hoje garantem sociólogos
especialistas de renome autorizados a falar oficialmente a respeito, e que vem estudando
e analisando a fundo e há séculos o gênero humano.
“but”, e o essencial?
Gostaria de não jogar um balde de água fria
por sobre um apanhado tão otimista de vitórias jamais pensadas, tão diversas
quanto incontestáveis, reveladas em pequenas e grandes vitórias entre milhares
delas sempre evidenciando o sucesso, mas o fato é que a cada dia mais estamos
relegando a essência para um canto, para um destes milhares de porões de
quinquilharias que se avolumam somando em nossas casas devido aos excessos que
invariavelmente cometemos, assim, concomitante a este descaso com a nossa
essência, era preciso perceber que não nos preocupamos em reciclar, qualificar,
contextualizar o significado maior de existirmos.
Não
trabalhamos com o mesmo afinco um item que deveria ter evoluído par e passo com
nossas alegrias materialistas que é o significado de possuirmos uma vida; de
existirmos.
Nascemos
apenas para a conquista? Para mostrarmos ao próximo que somos melhores ou para
alguns poucos, de forma um pouco mais amena, porém ainda não totalmente correta
de provar a si mesmo que é capaz? Ou seria para mostrar a Deus que ele colocou
no mundo pessoas tão boas quanto Ele? Talvez este último item seja demais,
afinal os cientistas não conseguiram provar ainda sua existência.
Gostaria
de não usar o nome “Deus” aqui, porém quero que entendam que O utilizarei
apenas como um símbolo, afinal existe tantos que não O aceitam, mas o fato é
que, no que se refere as Forças Superiores, em hipótese alguma conseguimos – e
as respostas de o porque, são tão diversas quanto nossas incertezas: evoluir
nosso respeito pelo Sagrado em uma milésima parte daquela buscada para obter
nossas conquistas pessoais.
Falamos
de peito abeto com um ar de orgulhoso jamais visto, sobre aonde chegamos, porém
continuamos com a mesma ladainha no que diz respeito ao Poder Superior. Isto
quando nos lembramos em meio a euforia, porque no mais das vezes, só o fazemos
quando ela se esvai.
Como
veríamos Deus hoje? O mesmo arquétipo que há milhares de anos vem sendo vendido
da mesma forma? Por que seu design não evoluiu na mesma proporção que evoluiu a
roda?
Como
Ele seria representado se nos preocupássemos em apresentá-Lo tal e qual um dos
melhores produtos fruto de nossas incontáveis e orgulhosas conquistas ou alvo
de nossa maior cobiça?
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Esta historieta é para
aqueles que não conseguem acreditar na existência do Sagrado.
Entendo que todo aquele
que não acredita na existência de algo superior poderia seguir o exemplo do
personagem desta história, eu mesmo já recorri a ela no passado.
Sempre que estava esquecendo-me do dever (uso
esta palavra devido a minha educação) de manter um vínculo pessoal mais
estreito com o Sagrado me lembro de uma história de meu tio que, muito simples
e de poucos estudos vivia da roça, e me disse certa vez que ali, naqueles
canfundó, eles eram obrigado a aceitar tudo o que ouviam no rádio, e que,
invariavelmente, se ouviam falar, algo ali havia. Mais ou menos como o velho
ditado “onde há fumaça a fogo”. Ele então partia desse princípio e acreditava
em tudo que lhe contavam, mas não se atirava em história alguma, porém não
contestava nenhuma delas, e assim viveu e morreu como uma pessoa de bem.
Da minha parte então,
prefiro em raros casos semelhantes, afinal nossos cientistas tem provado a
existência de quase tudo, acreditar que “onde há fumaça a fogo”, digo isso num
sentido bastante ilustrativo, afinal somos homens inteligentes e entendemos a
diversidade de situações que nos ocorrem diariamente, porém devo admitir que
se, por um momento eu duvidasse do Sagrado, ao menos, eu recorreria ao
expediente deste simplório parente, onde deveria então entender que: se tantos
falam sobre a existência de algo superior, a primeira coisa que deveríamos
fazer é não duvidar, muito menos contestar, por outro lado não é bom não
acreditar, mas era importantíssimo ao menos respeitar, por que, se existir,
quanto verbo não foi perdido desde que começamos a viver por isso que muitos
acreditam ser: por conta própria.
-0-
Para
descontrair
Em
outra situação, um colega taxado como louco insiste que não; jamais seria
possível que as buscas na área do divino se provassem eficazes, afinal, se
aparecessem com a prova do Deus Real, quantas igrejas teriam que fechar as
portas. Há verdades, afirma ele, que devem continuar como improváveis, vivemos
em tempos de ganhos e lucros, nada pode realmente existir que desestabilize
esta máxima, ou seja, pra que procurar o que não se quer encontrar.
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