Geralmente
após as guerras ou grandes catástrofes, as pessoas se juntam e levantam suas
casas suas cidades, mas em determinado ponto se descobrem, ao observarem os
resultados, muito mais fortes do que pensavam ser, do que se imaginavam. E continuam,
mas continuam sabendo agora que não conheciam, não sabiam que seus limites eram
negligenciados por eles mesmos por lhes serem totalmente desconhecidos. E o mote
inicial: voltar com um país nos eixos, concertar o orgulho ferido; já foi
superado, já foi alcançado, porém a força interior desconhecida, a revelia de
todo o processo, também foi despertada, agora elas descobriam que podem mais, e,
dificilmente irão parar. Eles querem mais, eles querem continuar.
Podem,
quem sabe, superar ainda uma cidade ou um povo vizinho, ou até um país vizinho
e se tornar um ou o maior exemplo do pós-guerra.
Sim,
fomos ligados. Alguém conseguiu acionar alguns pontos dentro de todo um
conjunto de pessoas que estavam adormecidas a não mais reconhecer alguns
limites.
Porém
isto é tudo muito complexo, e de alguma forma deveríamos ter um dispositivo a
ser acionado onde pudesse ocorrer o que aconteceu com o Forrest Gump no filme,
por exemplo.
Ele
iniciou uma corrida ao longo de lotes vizinhos ao seu, um trajeto ainda menor
do que o alcance de suas vistas, e continuou até o final da rua e até o final
da cidade, e então decidiu atravessar o estado, o país. Foi de um oceano ao
outro e ainda assim não parou. Até que um dia o faz. Pára, estático, e diz, já
é o bastante.
Quando
cada um dirá para si, ou se perguntará se pode ou não, se está livre ou não
para dizer para si mesmo: já é o bastante.
Quando
um governo poderá dizer para um país inteiro, podemos agora diminuir nossa
agressividade com relação à superação econômica, bélica, industrial, mecânica
ou coisa que o valha?
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