sábado, 29 de março de 2014
Comprometimento
É
certo que estaremos livres ao pôr-do-sol; como é certo que assim não será para
sempre, afinal, chegará um tempo em que nos descobriremos senhores do compromisso.
Ainda que aqui seja um tempo de aprendizado em meio a férias auto-impostas,
assim como a certeza intrínseca da continuação: há dentro de todos, isto é
inerente ao espírito, a semente do comprometimento.
O
que tanto perseguem os senhores da terra, os eleitos do povo ou consagrados por
trabalho, subversão ou gratuitamente herdado, quando se sabe: não se salva o número
de uma das mãos de seguidores tidos como diligentemente fiéis, ao final da vida; isso
quando somente após ela, lhe é evidenciado também falsa a certeza, onde
descobrem que o que foi salvo, o foi por esforço próprio, se dependessem de
seus prosélitos sequazes morreria qual eles.
Portanto,
ainda que não saibam, quem sabe sabe: que o comprometimento será a boa prisão
do homem capaz, do ser capaz; por si só será ele um ser de prontidão.
073.g cqe
Achado
"Visto
que muitos intentaram narrar ordenadamente as coisas que se hão verificado
entre nós outros, tal como nô-las transmitiram os que desde o princípio foram
testemunhas oculares e servidores
da Palavra, decidi,
eu também, depois
de haver investigado diligentemente tudo desde
as origens, dar-te-ás
por escrito, ilustre
Teófilo, na devida ordem, para
que conheças a solidez dos ensinos que recebeste." (LUCAS, 1:1 a 4.)
Abertura
do Livro
"UNIVERSO E
VIDA"
de
Hernani T. Sant'anna
pelo
Espírito ÁUREO
072.g
cqe
sábado, 22 de março de 2014
Atrasado, porém, sem autocomiseração
Confesso que ainda, em algumas das
minhas ações, o que tenho é muita vergonha, porém não há muito mais a fazer
além de um reles punir mental, enquanto observo aborrecido; minha fraqueza.
De posse da confissão o Mestre
falou:
“Ainda
que de pouca valia, atentarmo-nos para estes instantes de imperfeições auto aceitas e manter-se vigilante sempre na correção,
pode ser ainda, apenas um lenitivo,
mas trata-se de uma mecânica eficaz para sua eliminação futura.”
mas trata-se de uma mecânica eficaz para sua eliminação futura.”
070.g cqe
Minha Oração
Sou
tão insignificante perante a criação que parece, minha súplica ou meu
agradecimento jamais encontrarão eco frente a esta fortaleza, mas ainda assim,
em muitos momentos tenho me encontrado em um estado tal de felicidade que me
obrigo a valer-me do expediente da oração para agradecer, afinal este parece
ser um instrumento unânime; consenso entre todos os povos que, ainda que pouco entendam,
- por não serem muito superiores a mim em tamanho - acreditam na mecânica da
prece.
Valho-me disso então também, ainda que com
argumentos próprios, embora sitiado de significados, para elevar meu pensamento
e demonstrar às estâncias superiores que estou feliz e agradecido, e se for
possível, que alguém a elas ligado, leve esse meu pensar agradecido a quem quer
que seja o responsável por este meu estado de graça; muito obrigado.
069.g
cqe
sábado, 15 de março de 2014
“Naquele tempo”
Quanto
mais se falará sobre o longínquo, “Naquele Tempo”, como algo atual e ainda
necessário até que algo se cumpra?
Quando relatavam, já há milênios,
iniciavam chamando atenção para um tempo ainda mais distante: “Naquele Tempo”. Seria
possível decifrar de o porquê, ainda hoje: ou não se entendeu o significado ou
alguns insistem em pregar algo tão distante como ainda a nós aceitável ou
ajustável à era tecnológica!?!
O que mais isso é que não nosso
despreparo para um alinhamento equilibrado e harmonioso entre nós próprios que
pouco buscamos além de um ajuste mínimo entre aqueles que nos subsistem ou
fazem parte de um grupo passível de fazê-lo?
*
Naquele Tempo Ele falou:
“Raça de víboras! como podeis vós falar coisas boas,
sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”; ou, “o
homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro
tira coisas más”; ou ainda, “pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai que
está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”.
068.g
cqe
sábado, 8 de março de 2014
Questões idiotas
“Algumas
questões nasceram de
nossa
ignorância
e
permanecem devido à derivação da humanidade
para
a idiotia.”
*
Todas as nossas
conversas são em torno de agrupamentos. Querendo ou não vivemos a demonstrar
uma espécie de insegurança; sim é isso, quando não conseguimos dissertar ou
formatar uma continuidade solitária, tem-se a impressão de que isto não é
espírito de companheirismo, ou nem sempre é... a idéia mal formada de
compartilhamento... nada, quanto é um e quanto é outra!?!
Quanto é somente
insegurança? Ou simplesmente porque aprendemos ou trazemos implícito ou gravado
em nosso psicológico, como uma espécie de consciência coletiva onde as palavras
igualdade, juntos, solidariedade... compartilham; se mostram, forçosamente ou
não evidentes, até que algo novo surja daquela sociedade, daquela formação,
daquele grupo. E o sujeito é elencado a um patamar superior onde não necessita
mais dos velhos companheiros; e ainda que vire as costas para a comunidade que o
apoiou, provavelmente, auto-convencido, entenda que ascendeu a outra superior e
por isso a velha plataforma já não serve mais; a utilidade dela era somente
para aquele fim, ainda que não imaginasse tanto.
E porque nunca se está só quando a idéia maior
é a busca para voltar-se ao interior?
Porque não nos
libertamos desta maldita ânsia de que alguém sempre está a nos dever algo
devido ao passado em comum?
Estamos sempre a
cobrar posturas convenientes quando somos tão iguais quanto os miseráveis acuados.
Devemos buscar a nossa libertação liberando quem quer que seja.
Ninguém nos deve
favor algum, se assim pensarmos não devemos também nada a ninguém.
Ok, ok! Existirão,
ou sempre existirão aqueles cuja pequenez faz com que tardemos sobremaneira
nossa liberdade e conseqüentemente a atrasemos ou a arrastemos para um tempo
ultra tardio. Aqui era preciso que nos desvencilhássemos da nossa pequenez
abandonando o pequeno que se quer assim; que se compraz na mesquinhez que
agrega. Porém; quanto de nós aprecia a dependência alheia sentindo-se útil? Por
sua vez é preciso um mínimo de fé somado a uma cota razoável de discernimento
para compreender que em algumas situações não há nada a fazer a não ser fingir
para nós mesmos que estamos a fazer algo ainda que um terceiro, ou que o
terceiro nada entenda e nada veja em você mais que uma enorme sequóia que o
sustenta por acreditar que você vive bem assim – ou oportunamente, finja.
Com aquele que ignora não é possível que a
argumentação seja outra que não a sua; por sua vez a falta de discernimento
adiará para sempre o abandono. Cabe então a você perceber que o ficar fora; apartando-se
desse quadro hipnótico, fará com que o buraco negro do tempo não trague os dois
quando, se fosses atento, pudesses aproveitar um pouco mais teu vigor sem os
tentáculos finos, porém mal intencionados de aproveitadores que não conseguem
pensar uma forma de sobreviver sós, quando, de suas ignorâncias retiram a única
esperteza que conseguem alienando-o à uma prisão, ou a sua prisão; você que
transformou sua compaixão na âncora mais pesada, tornada, de um valor, em um
castigo para ambos; quem é o mais fraco, o mais covarde: aquele que segura, ou
aquele que fica.
Alguns
de nós aprendemos sobre o luxo do retorno ao próprio interior - O Caminhar Só. Ainda
que se perceba mais carregado que a comitiva de um califa com seus mil camelos
a vagar nômade pelo deserto. E todos; uma ou ainda que várias vezes: foi
tentado ao caminho da solidão; mas este não é um trilhar para tantos.
Coincidentemente, o caminho da solidão agrega pouquíssimos caminhantes, porquanto,
que entendam isso aqui posto, se neste instante fossem atacados pelo insight
mais violento e claro, e belo, do caminhar só; ainda assim, passado determinado
tempo, até mesmo o insight seria esquecido... e dele... seriam desviados.
Há
pouco descobri que a consciência é pouco... é preciso mais. É preciso maturar a
consciência com muito aprendizado, muita busca e pesquisas, aí então, somada a
inteligência – eis aqui uma parva redundância – são necessários anos de mistura
e cozimento para que uma boa escolha se concretize.
Estou
falando apenas de escolha, não de acontecimento. Por exemplo, ao lermos sobre
as divisões infinitesimais ou mais das moléculas mais insignificantes, é
possível entender o quão significantes são, e ainda, que podem ser o resultado
de alguma insignificância maior. Disso, ao imaginarmos um vivente em uma
galáxia afastada do nosso sistema solar por uma fração de anos que é preciso
ter o segundo grau em álgebra apenas para contar zeros a partir do 1, que
analise em seu super telescópio aquele grão infinito que chamamos Terra, não
imagina que ali possa existir o mundo como nós conhecemos. Dependendo da falta
de conhecimento dele, ficaria espantado, “como! Daquele grão insignificante!?!”.
Se
alguns de nós podemos conceber isso, porque a dificuldade, ou, onde esta a impossibilidade
de uma centena de nós ampliarmos suas mentes para o além, não de espaço, mas do
nosso espaço até então aceito?
As
questões que nos restaram, não permanecem vivas por demonstrar todo o valor de
nossa inteligência, - ao serem formuladas há milênios - levando em consideração
que não puderam ser respondias; isto, definitivamente, não procede - antes
devemos considerar o fato de que, se continuassem fazendo sentido: nós mesmos
conseguiríamos responder. Se não o fizemos, devemos aceitar as nossas
limitações procurando demonstrar inteligência ao menos aí. Mas nada! Elas ao
final demonstram tanto o quão ignorante, e algumas vezes idiotas somos, que:
não que não deveriam ter sido propostas, e sim, terem sido há muito,
abandonadas - a todo instante estamos a criar urgências que deveríamos resolver
na mesma proporção, sem ficar perdendo tempo demonstrando o quanto podemos ser,
apenas esnobes, por não darmos cabo do básico; perdendo tempo com o que
pensamos nos fazer superiores.
067.g cqe
sábado, 1 de março de 2014
Ah! O campus!
Nossa
vida se dá no campus da escola primária chamada Terra, tudo está aberto à
distração; a novidade que atrai; onde, além do pátio de uma universidade muito especial
que encanta, temos a disposição os mais variados centros de pesquisas,
laboratórios e salas especiais para que façamos nossos experimentos, ainda que
pouco disso nos interesse. Porém nada desperta tanta atenção quanto o campus.
A
sala de aula é a nossa consciência íntima. Temos um lugar somente nosso,
particularíssimo, para nossos estudos e aprendizados. Trazemos para ela apenas
assuntos e colegas escolhidos a dedo para que façam parte de nossa evolução
curricular, e ao contrário aqui, somente nós temos o poder de escolha: ainda que
demoremos muito para entender como funciona para então usá-lo de forma mais
positiva.
Uma
vez que reflitamos sobre todo o acontecido no campus. E assimilado de forma
madura e inteligente; com o discernimento adequado a uma vivência real em
comunidade, a lição foi aprendida e poderemos ascender outro campus que condiga
com a nova abertura.
066.g cqe
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