quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Terra não é nossa



Poder-se-ia dizer que é muita pretensão nossa; afirmar posses ou direito sobre a matéria, se não fosse desconhecimento. Reivindicar quereres na Terra; porque deveríamos - ainda o Hedonismo? Ou não somos mais que isso!

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Tentei dizer acima que, por não sermos a matéria, porque nossa essência não é a material, não devemos insistir na valorização pura e simples do homem sobre a matéria. Somos alma e espírito. Este momento presente, este estado presente; o estado espírito/invólucro corporal (material) nada mais é que um salvo conduto, uma autorização, uma condição exigida para que possamos sobreviver e experienciar o meio. Como ilustração, é como, por exemplo, se o nosso corpo fizesse às vezes do capacete; da roupa do astronauta. Eles, estes instrumentos, são o que darão condições de sobrevivência em um ambiente hostil a nossa forma atual. Sem esta indumentária, sem estes aparelhos os viajantes espaciais não sobreviveriam. Assim como no nosso caso não conseguiríamos realizar nossas experiências no planeta se não estivéssemos vestido de um corpo, então, o capacete e a roupa para os astronautas nada são que meros instrumentos, ainda que essenciais a sua estada no espaço, – por isso o cuidado com essa estrutura física tão preciosa - porém eles não são estes aparelhos; suas essências não são e não estão ligadas a roupa e ao capacete além do necessário para sua sobrevivência naquele ambiente pré determinado, ainda que sejam essenciais a eles. Eles são mais que isso, e assim somos nós no planeta.

Se entendemos a matéria como essência; se a elegemos como prioridade a nossa existência, estamos abandonando a essência real, que é a alma, o espírito, a inegociável existência de um porvir imaterial e então sim, este sim, essencial e definitivo.

Buscar, almejar, lutar e conquistar representações de destaque neste plano será sempre respeitável, porém ao alcançá-los; ao final, não pode se ter esquecido da fugacidade quando um século de matéria é quimera, é um lapso diante da existência onde ela inexiste.


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