Reforçando a tese de que, ao
contrário do que se pensava; as ações não são comuns a todos.
Em todo o indivíduo existe uma
espécie de bloqueio real que o mantém preso em um vórtice de representações
necessárias o suficientes para que sua condução se desenvolva no limite pré
estabelecido, de forma tal, que estas escolhas não ultrapassem um limite também
estudado que o entretém no que ele entende por segurança para seguir na coletividade.
Independentemente disso, todos estão
sujeitos – como sujeitos livres - a assistirem as mesmas e mais diversas ações,
lerem e ouvirem as mesmas palavras de significados outros, digamos assim, mais a
ver com grupos distintos, o grupo maior, a miscigenação universal, mas as interpretações,
é natural, são as mais variadas e pode ser opostamente diferentes, tomando até
rumos inusitados, justamente porque ela passa antes por um crivo muitíssimo
pessoal – ainda que respeitando o vórtice citado - que a classifica como boa ou
má no que se refere a sua condição escolhida para sobreviver ao exclusivo meio
coletivo, porém, essa ocorrência somente se verifica quando o “estranho”, o “diferente”,
o não costumeiro acessa quase acossando nossos personagens, ao passar por sua
peneira pessoal. No entanto, não são julgadas muito menos decodificadas as
representações ordinárias ou consideradas de praxe. O óbvio, o comum, a ação
corriqueira tem passe livre, mas em algum nível, ainda que nada possa ou deva
ser feito no momento para mudar este quadro que se estende desde os ancestrais
mais remotos; a culturalização, a evolução, o desenvolvimento do homem
contemporâneo poderia aprender a ser mais flexível com as culturas, os costumes,
hábitos e tradições práticas e construtivas de outros grupos distintos, fazendo
com que a humanidade, dessa troca, seguisse rumo a uma evolução tão criativa
quanto positiva.
Neste instante, as pessoas, por mais
iguais que possam parecer no que se refere a estudos, intelectualidade,
inteligência: não percebem; não recebem de igual maneira uma mesmas
representação, uma mesma mensagem, uma mesma novidade. Realinhei esse pensamento
hoje ao rever o documentário do History “O
livros tibetano dos mortos”, onde uma série de informações importantes e
reveladoras são passadas, mas, ainda assim, poucos se dão conta. São
informações que dizem respeito a um nicho exímio se levada em consideração a
população humana, porque parto do princípio que ainda aqueles que professam a
doutrina budista, dificilmente acessam efetivamente as informações contidas
neste rico coletar de dados ali compilados.
A princípio, observado com atenção,
parece que uma parte absurda das pessoas age como se não estivesse acontecendo,
como se houvesse uma espécie de bloqueio a essa parte populacional que se
dignou a estudos, a observações outras; opostas e contrárias as representações da
cultura já assimilada. Não dando espaço para reformulações distintas e
sossegadas; caladas na intenção de todos. Não há interesse no diferente, na
novidade que acresce o conhecimento; naquilo que foge ao seu controle. Apenas
acontece sob o aval terceiro de um membro honorário da sociedade, se alguém de
sua confiança assim testemunhe – avalizado, sim; tudo então é digno de crédito.
É certo que a preguiça somada a agitação obrigatória pode ser usada como falta
de interesse por assuntos que não os tire do cotidiano alinhavado, ainda que por
ventura possa importar a seu desenvolvimento; não é possível, ou dá de ombros.
Como se aquilo não lhe dissesse respeito ou simplesmente prefere-se permanecer
alheio ao assunto.
É bastante difícil esmiuçar;
traduzir um pensamento favorável ao teor em epígrafe quando é sabido que a nós ocidentais enumeras tradições estrangeiras
correm totalmente avessas aos nossos hábitos, porém, ainda assim arrisquei
algumas linhas, e não é demais afirmar que entendo esse proceder como uma dever;
uma espécie de propaganda, e, que ao tentar chamar atenção para um costume
diametralmente diferente do que estamos acostumados, acredito estar prestando
um testemunho a uma longínqua tradição que, antes de tudo, tem em sua prática,
única e exclusivamente, a compaixão.
098.h
cqe