Não
é a decisão coletiva mais acertada situar eternamente no mesmo patamar o
pensador e o pensado, se esse – o segundo -, pode ou puder ser contextualizado
independentemente do tempo decorrido do seu registro. Afora umas poucas
sumidades verdadeiramente dignas de crédito, no mais das vezes aqueles que
despontaram com algumas poucas idéias revolucionárias não fizeram mais que isso:
papagaiaram-nas – ou as tiveram feito - como saídas de mentes privilegiadíssimas,
quando a bem da verdade, não passavam de beneficiados por prerrogativas na
corte ou associações ao gênero.
Precisamos
tomar cuidado e separar o pensamento; a ideia, do autor. Em situações que fogem
a qualquer estatística, é preciso anotar: um número incontável de pessoas
coabitou esse plano sem que um único traço pensado tenha sido apontado, entes,
muitas vezes com inteligência desperta: passaram ao largo por não se submeterem
ao processo que os qualificassem como socialmente adestrados. Vivendo à margem,
(preferiram viver) como loucos, esquisitos, (ouvidores de vozes) e é claro,
muitos também carregavam, fazendo par com seus genes de gênio, outros tantos
com uma carga de disfunções patológicas, privando-os de um desenvolvimento
(tido como) normal, mais por conta de um meio também doente, impingindo, em um
diagnóstico dificílimo, uma espécie de auto impotência infligida.
Alguém
de inteligência invejável precisa também adquirir sabedoria para não
entender-se superior ao todo. O fato de ser bem nascido e então ter sido
reconhecido, nada mais é do que um acúmulo, um alinhamento invisível que cedo
ou tarde será compreendido.
Resta
a estes privilegiados e a todos os demais que os mantêm em lugar de destaque então,
não apenas especular, mas ponderar; compreender que ao final, esse é apenas
mais um instante em nossa existência.
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