Vivemos
boiando como objetos desprovidos de densidade em um rebojo da enxurrada dos
tempos. Nosso ignorar confunde nata com dejetos; sobrevivendo à custa de
abstrações ilusórias contadas como “vitórias” de um que outro dos nossos que
desse monturo desprovido de raízes sobressaiu-se servindo a todos de exemplo do
que é possível e também – quando oportunamente trabalhado - de bálsamo:
incentivando seus iguais a sentirem-se orgulhosos ainda que chafurdem neste
estado abjeto viciado por uma infinidade de existências.
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