Da
movimentação tropista presente em cada um.
Qual
é a diferença entre aqueles portadores de vontades e os “figurantes do WALL-E”?
Os
primeiros com certeza vêm calibrados sob a forja de ajustes mais finos,
consequentemente todas as suas células estarão voltadas ao pragmatismo quando o
assunto se resume a ordem do dia. Este conjunto orgânico/vital incansável, portanto
um moto propulsor perene e invisível instigando ao novo, à arte, à descoberta,
ao quanto mais for possível a cada um de nós, uma vez invisível: é inerte ao
ser não pensante.
Esses
neurônios dinâmicos vêm carregados com funções extras para perceber o externo
reaproveitando e mesclando-os as forças adquiridas catapultando ânsias sobre o
andejo coletivo.
Este
é um plano diverso, abundante e não egoísta, aberto, portanto, a todas as
vontades despertadas e nenhuma delas será relegada ao ocaso caso sua
persistência ultrapasse a rebentação dos costumes, paradigmas e ânsias vãs.
Daí
não há retorno; não é possível o retorno, porque, qual sonda espacial, a
parafernália que a sustentou até sua órbita somente importa até o momento do
descarte. O que soma no lançamento é abandonado, lançado fora, esquecido, pois
a concentração maior se dá no compartimento principal, no mote do projeto.
Mesmo aí se trata a sonda tão somente de uma ponte, um viés de acesso, mesmo
ela em algum instante será desprezada. Portanto o maior volume do processo há
que ser pensado na sua essência.
Nosso
corpo é constituído de redes de neurônios de toda ordem comandados sob a
influência de inteligências nem perto de serem desvendadas. Pensar essas redes
de células, imaginá-las, evidenciá-las
de alguma forma a valorizar otimizando suas funções bem como instiga-las a
evoluírem ou melhor, ao nos concentrarmos em todo nosso metabolismo, em toda
nossa constituição, emanando pensamentos e vontades a primar a maravilha da mecânica viva do corpo, é turbinar a
inteligência dinâmica ordinária conectando funções originais a vontades
auspiciosas interligando partes que até então pensávamos desconexas.
*
Confortável
entorpecimento - os figurantes do WALL-E
Figurantes
do WALL-E – São indivíduos que estão no mundo representando um papel que não é
deles; vivem e morrem se espelhando em representações externa seguindo
tendências, embarcados em modismos voláteis, obrigações e paradigmas familiares
cotidianas, crenças cômodas ou baratas e não são capazes de opiniões apuradas;
pessoas que dificilmente procuram uma saída específica do estado letárgico a
que se encontram.
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