A sensibilidade de alguns
profissionais se estende para além do trabalho exigido e, ainda que intrínseca
ao indivíduo reconhecidamente correto: essa é uma forma de retribuir o respeito
e o reconhecimento entre seus pares hierárquicos. De posse disso, o bom
trabalhador, tão natural quanto despretensiosamente, carrega uma
responsabilidade extra durante as execuções: um ato despojado e autêntico
raramente percebido, pouco compreendido e em alguns casos, atacado. Uma ação
extra, particular, próximo a compensar a consideração recebida. No entanto,
caso um evento qualquer contamine a parceria, vindo a enfraquecer o laço do
comprometimento, um profissional de verdade não muda uma vírgula o trabalho até
então executado, porém é certo que um fardo lhe sai das costas, afinal, a
partir de então ele está livre para cumprir tão somente o trabalho que lhe
compete, isto é, voltar-se apenas às obrigações profissionais.
A partir daí, livre,
executará seu trabalho visando somente o reto compromisso para consigo. Afinal,
já não mais carrega o peso do receio com a possível mácula da carga extra.
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