sábado, 31 de outubro de 2009

Opiniões pouco comum


"Se não fosse por ela, Ele podia tá aí k bandinha dele"


Minha sogra soltou esta na hora do almoço, após ver na TV as fotos de uma exposição sobre rock em Nova York, onde a última a ser mostrada, era de ninguém menos que o nosso bom e velho John olhando com a cara sínica a mirar idiotas.
 
Ela então, mais uma que comunga com alguns da opinião de que a morte de John Lennon se deve a própria Yoko, não se conteve e registrou seu protesto.

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Muito com pouco


"São muitas as vidas mas a vida é uma só"

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Lembrando a maior poeta que já existiu


Na hora do meio-dia eu estava trabalhando.

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Estilos que tentam convencer na escrita hoje





Devemos tratar como estilo também aquilo que tentam convencer-nos tratar-se do seu estilo?

Há estilos que tentam, - ou pelo menos seus autores tentam passá-lo como algum tipo de estilo próprio - mas não passam de um atentado à escrita.

Alguns bons escritores e grande parte dos medíocres; faz uso de um estilo de escrita onde o final diverge para um tipo de embaralhar de pensamento, de ideias; ligações íntimas; suas, que apenas seu autor ou aqueles muito próximos a ele entendem o significado dos sinais postos.

Lançar mão deste recurso não é de todo ruim muito menos errado, porém não quero eu ficar impressionado todo tempo contentando-me em aceitar que ali exista algo, muito menos o fazer iludido; ou imaginando que contém tal escrita algum significado especial.

A escrita merece respeito e mesmo os estilos precisam ser moderados para que não caiam na vala comum dos “gastadores de tinta”.


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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Perceber o que jamais deveria se esquecido


Entre melancólico e triste conta o último acontecimento. Em alguns momentos, - estranho na primeira vez - ele chora, diz ser muito difícil conter o sentimento que se faz forte; pede desculpas. Homem é estranho, pede desculpas por cada coisa e esquece-se de fazê-lo em outras tão mais importantes.

Conta que mãe quase morrera - há poucos dias - com menos de cinqüenta anos.

Entre ambulâncias, funcionários públicos que não sabemos onde são coletados, muita propina para furar filas, e mais uma quantia que não se sabe de onde arranjamos numa hora dessas para remédios, a mãe agora, com alguns enxertos nas veias, tentará voltar a pressão ainda anormal, porém aceitável, mas jamais poderá voltar a pressão até então vivida.

Não falo nada, o que dizer nesta hora, sempre fiz o papel de falso quando tentei amenizar coisas que entendo, todos passaremos hoje ou amanhã. É e pronto. Estamos vivos e portanto sujeitos.
Apenas lembro ter passado por algo parecido aos dezoito, quando meu pai não avisou, simplesmente algo deu errado e ele me deixou com um sentimento eterno de que algo que não fiz, ou deixei de fazer o seguirá para sempre na eternidade.

Meu personagem está agora com mais de trinta, e mesmo assim a carga é difícil.
Não sofremos o sofrimento do outro, algumas vezes fazemos pelo incomodo que passamos e pode até continuar, depende muito das seqüelas etc. Não é o caso deste que agora a mim choroso desabafa; ele finalmente sentiu na alma, despertou para o fato de que alguém que está ao seu lado é amado por ele; é alguém que sempre fez parte de sua vida porém jamais foi realmente notado como parte da sua existência.

Não é fácil entender esta parte para aquele que não sabe o que isto significa. Somos humanos e no mais das vezes precisamos vivenciar a dor para valorizar o que nunca esteve desagregado de muito valor.

-0-

Tudo se resume em prestar atenção; alguém já disse isto.

Não prestamos atenção, embora queiramos que todos prestem atenção em nós; porém a verdade é que, realmente, não prestamos atenção no outro.
E então, quando em um momento qualquer este alguém nos surpreende, faz algo que não esperamos, seja para o bem ou para o mal, ou até mesmo nos deixa; sem mais nem menos; por alguns instantes então, alguns de nós pensa, por um breve instante, no que significava a sua presença, e no mais das vezes, pensamos também, que não fomos justos o suficientes durante a sua estada ao nosso lado.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vivendo de modo simples


Um pequeno jardim, figos, queijo e, com isso, três ou quarto bons amigos – essa foi a opulência de Epicuro.


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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mentiras e Tolices



Esta, disse-me um amigo, dado ao amor e a poesia:

- O que posso fazer;
ela encontrou alguém que mentia melhor
que eu, e resolveu partir.


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sábado, 24 de outubro de 2009

Como já disse Dalai Lama . . .


Ficou esperando uma boa oportunidade para gastar seu dinheiro, passou por cinco enfartes e conseguiu se safar economizando sempre; pelo menos toda esta economia possibilitou que lhe fosse construído, um belo jazigo, onde jaz seu corpo em decomposição, talvez se decomponha ele, equilibrando o tempo, enquanto seus herdeiros estão a consumir com uma parte substancial de sua poupança.

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sacadas que não geram lucro


. . . Ela disse então:

- Existem pessoas
que são tão pobres
que a única coisa
que possuem é
dinheiro.


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sábado, 17 de outubro de 2009

Para aqueles que são difíceis de ser decifrados




Dia destes encontrei um desses colegas fechados, que pouco se abrem; buscando fotos de terror, destas assustadoras, no computador.

Surpreso, - quem é que entende a natureza humana - mas de pronto, falei que aquele também era para mim um hobby, e disse que buscaria alguma para postar no Blog marcando este gosto em comum.

Porém me deparei com algo extremamente difícil; não poderia simplesmente postar uma foto sem mais nem menos e colocar o seu apelido em baixo: “cachorrão”.
Mas como; se estou a me referir a um cara bastante reservado, pelo menos para comigo, afinal não fazemos parte do mesmo círculo de amizades, e, por outro lado, sei que não gosta da politicagem besta normal a todo ambiente de trabalho, muito menos é dado à bajulação barata?

Sem querer usar isto como desculpa, vou ficar apenas na foto, espero que cumpra esta o seu papel, porém digo que este campo aqui é democrático, então aceito sugestões para mudanças, como também de tempos em tempos mudarei a foto, afinal encontrei dezenas delas, assim postarei outras com o mesmo motivo neste espaço.

Abraços xará, e bom fim de semana.

Ps.: Uma frase; para selar ainda mais minha falta de criatividade.

“Deixe o seu adversário falar. Depois, deixe-o falar um pouco mais.”


Do pequeno livro MANDICAS
Aleksandar Mandic


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Natureza corajosa II


Existe muito mais coragem na paciência que na impetuosidade.

No mais das vezes, o que reina por trás da impetuosidade é o medo; o temor.

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Natureza corajosa


Optar por uma natureza corajosa mostra a verdadeira força que difere o fraco do forte.

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Barganha


Só os coitados têm pena.

A pena deles é uma forma de trazer a pena, também, para cima de suas causas perdidas.

Aquele que não sabe, sem saber, sabe barganhar.


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domingo, 11 de outubro de 2009

Do significado de tudo

A morte é maior que a vida.
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sábado, 10 de outubro de 2009

13 anos sem Renato Russo



Montei este vídeo tentando passar um pouco do mundo adolescente da época em que vivia as vicissitudes; sofrimentos de uma vida conturbada, porém bem ilustrada com as letras - temas - que pareciam ser feitas exclusivamente para aquele momento:

http://www.youtube.com/watch?v=Our6nRyrG_U
É claro que isto não se comprovou, as músicas do Legião Urbana, como não poderia deixar de ser, continuarão para sempre atual na vida de todos, independente de serem ou não fãs do Rock'n Roll, como ele gostava de denominar seu estilo.

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

In the bus

40 passageiros
a caminho
do trabalho,
1
quer ler
39
continuar
dormindo,
porém;
como
não aderir
ao apelo
maior,
com tantas
cortinas?

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Respeito aos livros


Alguns, poucos, livros, não os li por respeito. Cheio de falhas, eu, entendo que eles, perfeitos, sentir-se-iam envergonhados por serem observados de esguelha por alguém pouco respeitável, ao serem flagrados em minhas mãos.

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domingo, 27 de setembro de 2009

Criatividade que leva a criar


Tendo ou não criatividade, inspiração, conhecimento e é claro, tempo, todo aquele que escreve está a observar os acontecimentos a sua volta; sempre pronto para, a partir de então, ao ser fisgado por qualquer isca que deflagre sua vontade; inflamar-se com a qualidade que imagina melhor lhe compete, lançando-se como que impulsionado a juntar sinais conhecidos por um determinado grupo ao qual pertence, - às vezes mesmo não tendo certeza de que todos o entenderão – tentando clarificar no papel seu pensar, ao expor análises e idéias.

Há pouco, ao entrar no site “Portal Literal”, http://www.portalliteral.com.br/participe linquei-me a outro; “Maizunocaos”, http://portalliteral.terra.com.br/artigos/um-eterno-nao-ser-2 onde li, na íntegra, um artigo assinado por Hangner Correia. Estava a explorar novos sites, com algum assunto interessante para leitura quando me interessou a forma escrita do artigo, “Um eterno não-ser”?

Mesmo que o texto tenha sido construído tendo como mote a arte, - não tenho nada a ver com ela, um motivo a mais para elogiá-lo - uma frase em especial, aleatória – para mim não para o texto - citada, creditada ao Prof. Steven Connor, fazendo referência ao fato de que o alvo principal dos filósofos atualmente baseia-se unicamente na crítica, despertou-me a atenção sobremaneira.


Não conheço nem o Sr. Hangner Correia muito menos sei alguma coisa sobre o Sr. Steven Connor, porém minha mente agitou-se com a observação do professor. Gostei do que entendi como uma sacada não apenas interessante como bastante pertinente ao nosso século – principalmente porque estamos vivendo uma era escassa de bons analistas humanos.


Analisando e avaliando rapidamente, de o porquê os filósofos hoje assim o agem, partindo do pressuposto que o Sr. Steven Connor esteja totalmente certo; um único quadro, após o exame, se apresentou fazendo muito sentido.


Temos um histórico para ser avaliado de no mínimo dez mil anos de estudos, pesquisas e acontecimentos, porém tudo, que realmente vale a pena, - em se tratando de Valores Humanos - nos foi legado mesmo, já nos primeiros cinco, muito embora tenhamos ainda hoje alguns lampejos em um ser aqui e outro ali que podem alinhavar algo novo com o já possuído; posto isso, é perfeitamente normal que os filósofos, ou aqueles que realmente se preocupam com uma evolução decente, critiquem, pois estamos de posse de uma cartilha perfeita, e continuamos inventando novas formas de errar; com a idéia de que somos melhores que aqueles que a ditaram; será que isto tem a ver com o nosso orgulho característico, faz parte do jogo, ou é só interesse mesmo?


Tentamos todas as formas de governar, todas as ações políticas e sociais foram experimentadas, todos os castigos, claustros ou maneiras de incutir o medo buscando alternativas de ajuste social não se mostraram nada eficientes para melhorar nossa condição de ser – só obtiveram sucesso no efeito manada. E, fazendo uso de uma expressão extraída do próprio artigo lido; todas as medidas até então se mostraram no mínimo ineficientes, ou foram apenas paliativas, e o “pensamento da nossa sociedade vigente” não está nem um pouco coeso com àquelas redigidas nos primórdios, até mesmo a custa de muito sangue.


Aquele que conhece sabe: de alguma maneira alguns vivem bem melhor agora, isto é fato, mas a questão principal é e sempre será; e todos?




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domingo, 20 de setembro de 2009

É, e pronto


Nenhuma lágrima possui a mesma quantidade de sal
Como tu queres então que sinta eu, o mesmo amor
A matemática perfeita me inspira à exatidão
Meu sentimento é então exato, a intensidade não
Mas não te precipites em galopantes leituras
O atropelar te conduzirá ao erro
Ao contrário da lágrima, aparentemente uniforme
Meu sentir é disforme e elástico
Ele só conhece o expandir-se
E exato como a chave que abre
Mostra-se intenso somente diante de ti

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sábado, 19 de setembro de 2009

Nada para a posteridade


Um significativo representante do nosso país, falou, ou fala ainda, - não o acompanho com interesse – que busca homenagens enquanto vivo.

Longe de ser ele um afeto da metafísica, - está muito mais voltado para o palpável - porém é acertado o seu desejo; por motivos outros ele atingiu a essência do depois.

Varias doutrinas insistem para que não acumulemos além do necessário na Terra, e é bem verdade que buscar reconhecimento em lugares que ele não tem valor algum é o mesmo que comprar uma taça na loja de troféus e mandar imprimir o nosso nome ao lado da palavra “campeão”.

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O melhor a fazer é ignorar

Veio visitar-me esta semana, meu amigo Carlos, estudante e entusiasta de Física. Reclamou-me, - enfronhado em tentar também entender alguns mistérios - daqueles que, diferente dele; não buscam alguns porquês que deveriam constar da cachola de todo mundo, “não o fazem”, diz, “e ainda me criticam, taxando-me de estranho por me interessar por assuntos que, erradamente entendem, só deveria pertencer a classe dos gênios”. Perguntei então como estavam as observações das estrelas e seus vizinhos – depois que montou seu próprio telescópio não havíamos mais conversado – respondeu então que “quando tenho tempo o tempo não ajuda” Obrigado Carlos, por sua visita, e siga em frente; estamos torcendo para que o verão não tarde e os céus se abram para você.
Abraços
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Blefe




“É só quando a
maré baixa que
você descobre
quem estava
nadando pelado.”

Warren Buffet
Investidor Americano




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Torcendo pelo inimigo


Não canso de apontar que nosso mundo é fantástico, mesmo onde este adjetivo não tenha nada a ver com o que é verdadeiramente extraordinário por habitar as mais belas paixões, daquelas somente conseguidas por nos parecerem desprovidas totalmente de razão.

Falo da economia, porém minha atenção maior está aqui direcionada a rede bancária.

Lembro que há um ano, aqueles definitivamente declarados contra o sistema capitalista, e que, naturalmente, viam no enriquecimento absurdo dos bancos - o símbolo maior de todo este estado de coisas – um exagero sem medidas e impossível de ser estancado; conseguir atônitos, observar finalmente a anunciação de uma utopia realizada, ou seja, por um momento puderam vislumbrar, mesmo que prematuramente, uma impossível, ou pelo menos, jamais sonhada vitória sobre este algoz eterno e incansável, que teria finalmente decretada, sua pena capital; talvez até a maioria deles, quem sabe. - afinal a crise se mostrava como sempre tão impiedosa quanto à postura rígida até então imposta por eles a clientes que não conseguissem honrar seus compromissos. Um vingador voraz e definitivo, que finalmente faria com que estes futuros habitantes das falanges infernais tivessem já agora, uma mostra do poder infalível da vingança irremediável, e então aqueles, contrários a este quadro de injustiça, teriam assim confirmado que todo o protesto é válido, e cedo ou tarde será ouvido.

O que me trouxe aos teclados agora é uma constatação muito da impertinente, porque, como não poderia deixar de ser diferente; é também instigadora, e embora inoportuna apesar de parecer oportunista para quem não me conhece; confesso que até mesmo eu estou um pouco chateado em postar aqui este assunto tão agastado e enfadonho; porém, o que posso fazer se seu termo é compensador.

Minha análise então é simples como sempre; vejo que a coisa toda não é bem assim, como se diz no popular: “o buraco é mais em baixo”. Precisam estes panfletários derrotados continuarem acovardados, nada pode ser feito; a organização bancária tomou tal proporção que o próprio sistema como um todo o absorveu hoje como parte orgânica de todo o organismo social, e no final, o máximo conseguido foi um ajuste nas peças e um tremor sem maiores conseqüências a este gigante e assim, como se retornasse mais uma vez de um alarme falso, com o rabo entre as pernas, a oposição ao sistema vigente e a qualquer sistema, cabisbaixa, não apenas sentiu que seus sonhos de vingança estavam muito rapidamente desvanecendo-se no nada, como foi obrigada a torcer, alguns, por que não, rezar aos santos da vez para que os bancos pelo amor de Deus não quebrassem, e eles, - que maldade – pudessem voltar o mais rápido possível a adentrar seus portais seguros para pagar seus inadiáveis boletos.

Nunca desejamos tanto que mais uma vez os colaboradores bancários que continuaram ativos, - de alguma forma ele se beneficiou também, pois dispensou alguns parceiros do inimigo que só estavam esquentando cadeiras – pusesse em prática, novamente, toda a sua voracidade, e que seu instinto predador pudesse abocanhar, o mais rápido possível, o maior número de vítimas, tornando-se assim auto-suficiente tão rápido, que todo o dinheiro injetado pelos órgãos oficiais ou não, ditos para os socorrerem; possa antes mesmo de ser devolvido, ser usado para gerar ainda mais, e que sobre algum, é claro, para os diretores e acionistas.

Não esquentemos a cabeça então; comemoramos este mês um ano de crise e todos os indicadores mostram que o pior já passou, agora então podemos enfim usar a palavra “marolinha”.



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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ainda não terminei com a incompreensão


Não temos nada

Não temos que fazer nada

Não somos nada

Não existimos

Se fossemos existir significaria que
poderia existir um início, e não existe
nem início, nem meio, nem fim...

Nada existe

Nada

(. . .)

Set/00

*

Algo único pode ser experienciado;
o insondável, porém
este ainda não pertence a nós.
Para nós, tudo; é espera.


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Frases combinadas





Poucas das raríssimas frases que podem ser separadas de milhares propaladas em dezenas de discursos diários pelo mundo hoje, conseguem ser emparelhadas ao que já disseram outrora os grandes que ao citarem-nas, mesmo embebidas em interesses, ainda nada são se comparadas com a busca globalizada, por uma única que seja, que ganhe os noticiários mundiais.


É muitíssimo mais fácil, mais cômodo, abrir a bocarra como se o entusiástico discurso tivesse inflamado nosso personagem e então, investido de coragem e amparado, no mais das vezes, pelo aval da mídia internacional que o elencou a tal status, brada com todas as forças do seu inexistente caráter algo que comove a todos pela coragem, não avistada comumente.


Balela. É no mínimo cômodo - e provavelmente cômico - que hoje um político de “respeito”, defenda que “estamos nos enganando se pensamos que o povo não está vendo que nossa classe está se comportando, no mínimo, de forma omissa em relação ao que está acontecendo com o clima no mundo”, por exemplo.


Irresponsável, isto é o que é. Sabe ele que hoje não é mais possível uma assinatura solicitando o conserto de um buraco sem que a burocracia infernal do estado o proíba de fazê-lo. Demagogia desavergonhada; nos bastidores acabar-se-á em gargalhadas com seus cupincha, companheiros de conluio, pois entende que sem um consenso muito bem arranjado, muito bem montado onde todas as partes envolvidas concordem; – os realmente interessados apenas no que interessa que seja feito em benefício deste pequeno grupo – dificilmente o benefício, ainda que comum à todos indistintamente, será aprovado.


Geralmente a face avermelhada do ardor do discurso não quer dizer indignação. Aquilo não significa nada além do prenúncio – é patológico - de um péssimo humorista que ao contar uma piada, tenta a todo custo segurar o riso para não se delatar antes de seu final.




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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sincronicidade


É mister distinguir entre a ação obrigada, a ação ilícita, e a inação. Sábio é quem vê a inação na ação e a ação na inação, e em harmonia permanece enquanto executa toda a ação
"Bhagavad-Gita"


Coincidências não existem


Uma homenagem a um ilustre desconhecido


Feliz Aniversário paramahansa ॐprananandayogaॐॐॐ

terça-feira, 8 de setembro de 2009

“Só sei que nada sei”


Observo o espanto do meu ingênuo interlocutor, entre incrédulo e descrente, quando falo de meus contatos com pessoas que ouvem vozes, e que não raro, até as reproduzem para mim. Não deixo de recordar também como isto se deu comigo, nas primeiras vezes, até tornar-se algo sem o maior grau de curiosidade além do estritamente necessário após entender quanta energia tais assuntos, quando lançado mão por pessoas responsáveis, despendem.


Não posso garantir nada a ele, e apenas o faço por motivos particulares que me obrigam de alguma maneira buscar nestas experiências de causar impacto, a reação dos ouvintes e assim relatá-las como se não passasse de um laboratório gerador de inspirações para meus exercícios de escrita. (espero aqui não estar desperdiçando energia também)


Voltando-me para a real intenção desta, e é claro, ao que verdadeiramente soma; percorri esta manhã em minha mente por alguns personagens conhecidos que disseram somente fazer referência ao fato de terem ouvido ou sentido que; as certezas que possuíam na época se davam às vozes escutadas, e então concluí algumas minhas também, que já há muito estava a perscrutar.


Penso que escutar vozes hoje se tornou tão corriqueiro que até banalizou-se a questão, porém me chama a atenção que não existam mais pessoas importantes, que estiveram, ou estão a destacar-se por ouvir vozes; e através delas, tenhamos ditadas formulas ou respostas a questões tanto fundamentais quanto essenciais para uma continuidade mais acertada da nossa caminhada – espanta-me que não estamos a condenar ninguém, pelo menos não neste sentido. (ocorreu-me agora o fato de estes estarem sendo abafado antes mesmo de se fazerem notar pelo nosso hoje rápido serviço de “inteligência”)


Teriam Aqueles que sabem nos abandonado a própria sorte? Ou então já nos revelaram o suficiente, ou ainda entendem que o estrago a vida destes antes de tudo, instrumentos mediadores; é superior ao benefício da revelação?


Do meu lado penso que não me faz a menor falta.


Longe de estar desdenhando deste recurso outrora bastante utilizado pela providência; tenho comigo como uma verdade incontestável o fato de que pessoas ao longo da existência não apenas tiveram - independentemente de sorte ou azar – certos tipos de contato, alguns até agora ainda inexplicável, ao serem escolhidas para através de sonhos, vozes, intuições e pesquisas, ter alguns dos inumeráveis segredos - até então para nós – revelados; porém há que se fazer uma ressalva: raramente foram acudidos logo após o prognóstico, existem casos que foram necessárias décadas, para que só então, os “especialistas” pudessem concordar, avalizar; que àqueles: sempre estiveram falando a verdade; que havia sentido no que fora divulgado.


Merecidamente então, mais alguns séculos depois, organismos e controladores da ordem, obrigatoriamente, perdoam ou tentam reparar a falta de fé alegada àqueles; e os créditos negados devido ao julgamento parcial e desarrazoado ao então condenado, serão afinal, justamente, dispensados aos homenageados, também pelo conjunto da obra. Bustos espalhados pelas praças do mundo, museus e estátuas; serão erigidos como paga, numa demonstração clara de o quanto sabem reparar o lamentável engano que perdurou durante este hiato entre a existência de pensamentos não concomitantes.


Valho-me então destes, que, ou foram ou serão ainda homenageados e terão não apenas respeitado o que, no mais das vezes, através deles descobrimos, porém, com certeza chegaremos a um termo mesmo que distante, sobre as revelações que – muitas ainda – não conseguiram os estudiosos acima citados compreender, – entendo como indelicado listar os motivos do atraso – para justificar meu entendimento, minhas certezas.


Se é correto afirmar que tivemos milhares de comprovações de que estes seres, – muitos só agora – respeitáveis, foram exatos no outrora ditado, entendo também, que não preciso mais ouvir vozes para ter certeza de que tenho certeza. Posso muito bem atirar-me nas intuições, e digo, todas, de corpo e alma. É mais do que certo que este pensar alinhavado pela existência, irá garantir-me, acertadamente, que o resultado será um só: o que me está sendo dito, me está sendo apontado; quando analisado de forma inteligente, sensata e razoável, assegura-me de que; hoje posso confiar nos sentidos de pessoas esclarecidas que ditaram sempre o melhor caminho a ser seguido, porém, não raro, instiga-nos a escolher algum mais arriscado, apimentando um pouco o existir.


Aos poucos então não devemos mais dar vazão ao medo, e a toda aquela renca de sentimentos funestos que teimam em acompanhar-nos, e, seguramente hoje, baseados em milhões de estatísticas que podem muito bem ser comprovadas; se somarmos nossos dez mil anos de existência, socialmente falando, é possível que nos joguemos finalmente nos braços da providência na certeza de que: nós somos especiais, e nada, mas nada mesmo, precisa de comprovação final.


É possível hoje sabermos com segurança como terminará uma empreitada, muito antes de ela ser iniciada.


E mesmo o fato de termos a certeza de Sócrates; o ser pensante, ativo e equilibrado, nunca mais poderemos nos sentir desencorajados em optar por qualquer caminho que seja.

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