domingo, 27 de setembro de 2009

Criatividade que leva a criar


Tendo ou não criatividade, inspiração, conhecimento e é claro, tempo, todo aquele que escreve está a observar os acontecimentos a sua volta; sempre pronto para, a partir de então, ao ser fisgado por qualquer isca que deflagre sua vontade; inflamar-se com a qualidade que imagina melhor lhe compete, lançando-se como que impulsionado a juntar sinais conhecidos por um determinado grupo ao qual pertence, - às vezes mesmo não tendo certeza de que todos o entenderão – tentando clarificar no papel seu pensar, ao expor análises e idéias.

Há pouco, ao entrar no site “Portal Literal”, http://www.portalliteral.com.br/participe linquei-me a outro; “Maizunocaos”, http://portalliteral.terra.com.br/artigos/um-eterno-nao-ser-2 onde li, na íntegra, um artigo assinado por Hangner Correia. Estava a explorar novos sites, com algum assunto interessante para leitura quando me interessou a forma escrita do artigo, “Um eterno não-ser”?

Mesmo que o texto tenha sido construído tendo como mote a arte, - não tenho nada a ver com ela, um motivo a mais para elogiá-lo - uma frase em especial, aleatória – para mim não para o texto - citada, creditada ao Prof. Steven Connor, fazendo referência ao fato de que o alvo principal dos filósofos atualmente baseia-se unicamente na crítica, despertou-me a atenção sobremaneira.


Não conheço nem o Sr. Hangner Correia muito menos sei alguma coisa sobre o Sr. Steven Connor, porém minha mente agitou-se com a observação do professor. Gostei do que entendi como uma sacada não apenas interessante como bastante pertinente ao nosso século – principalmente porque estamos vivendo uma era escassa de bons analistas humanos.


Analisando e avaliando rapidamente, de o porquê os filósofos hoje assim o agem, partindo do pressuposto que o Sr. Steven Connor esteja totalmente certo; um único quadro, após o exame, se apresentou fazendo muito sentido.


Temos um histórico para ser avaliado de no mínimo dez mil anos de estudos, pesquisas e acontecimentos, porém tudo, que realmente vale a pena, - em se tratando de Valores Humanos - nos foi legado mesmo, já nos primeiros cinco, muito embora tenhamos ainda hoje alguns lampejos em um ser aqui e outro ali que podem alinhavar algo novo com o já possuído; posto isso, é perfeitamente normal que os filósofos, ou aqueles que realmente se preocupam com uma evolução decente, critiquem, pois estamos de posse de uma cartilha perfeita, e continuamos inventando novas formas de errar; com a idéia de que somos melhores que aqueles que a ditaram; será que isto tem a ver com o nosso orgulho característico, faz parte do jogo, ou é só interesse mesmo?


Tentamos todas as formas de governar, todas as ações políticas e sociais foram experimentadas, todos os castigos, claustros ou maneiras de incutir o medo buscando alternativas de ajuste social não se mostraram nada eficientes para melhorar nossa condição de ser – só obtiveram sucesso no efeito manada. E, fazendo uso de uma expressão extraída do próprio artigo lido; todas as medidas até então se mostraram no mínimo ineficientes, ou foram apenas paliativas, e o “pensamento da nossa sociedade vigente” não está nem um pouco coeso com àquelas redigidas nos primórdios, até mesmo a custa de muito sangue.


Aquele que conhece sabe: de alguma maneira alguns vivem bem melhor agora, isto é fato, mas a questão principal é e sempre será; e todos?




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