domingo, 29 de novembro de 2009

“Estuda meu filho!”


Esta; ouvi de um chefe desanimado de uma empresa capenga.

“Estamos vivendo uma dificuldade sem precedentes de falta de profissionais na espinha dorsal da linha de produção da fábrica, tanto, que qualificamos os funcionários, na sua maioria, dentro de uma escala de “menos ruins”, ou seja, se não incomoda já serve como pré requisito para mantê-lo na empresa.”


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Instrumentalizados a revelia


Vai longe o tempo onde pessoas e ações conjuntas ou não eram instrumentalizados a revelia apenas pela já ultrapassada mídia televisiva.

Com o advento da internet e todas as suas oportunidades de concretização da frase famosa sobre os 15 minutos de Andy Warhol, qualquer clic aleatório ou imagem despretensiosa passa da noite para o dia a correr o mundo, e também, com um pouco de sorte, quando não se trata de uma catástrofe, massacre ou desastre – estes acontecimentos, assim como as fofocas, são por si só auto promocionais, nunca tocando realmente os detentores do poder de fazer acontecer – tornar-se um acontecimento mundial.

E isso, por incrível que pareça, não poderia estar acontecendo em melhor hora.

A dúvida é: isto está acontecendo assim porque somos como somos ou não somos como somos, mas aqueles que podem – citados acima - encontraram as ferramentas adequadas para transformar todo mundo?

Pelo sim pelo não o que assombra é que todos embarcaram nesta onda de aparecer de uma forma ou de outra, e estamos a mercê de situações que nos parecem a primeira vista ingênuas, porém a qualquer momento, o crime é descoberto – embora aqui isto também não faça a menor diferença; nunca foi tão forte a máxima “nem sempre o que reluz é ouro”.

Lembrando a velha máxima do lance do efeito cascata do carro roubado, que aqui também se aplica; se não houvesse quem assistisse as insanidades que assombram ninguém seria assombrado.

Se o ouro já estava escondido, foi enterrado ainda um pouco mais com a invenção da internet.

Ontem reprisando o imperdível “A Grande Ilusão”, Sean Penn fala: “A única forma de não saber é não querer saber”


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A quase impossível arte do companheirismo


É bastante natural a cobrança entre duas pessoas em comum, – não deveria - mesmo ou principalmente quando estas chegaram a um ponto que carregam a opinião errada de que o fato de serem cúmplices entre si as torna donas umas das outras, na tentativa de dirimir a sensação incômoda, porém já agregada, onde não passa também de refém da situação – este, definitivamente, não é um caminho de mão única.

Neste clima de ambigüidade corrente, dia destes presenciei um colega comentando com outro sobre o afastamento de um terceiro, amigo daquele que estava a ser inquirido; se foi para provocar, normal naqueles que não tem amigos, não sei, fato é que questionou comentando a indiferença com que o ausente o tratava. Questões típicas de pessoas que apenas convivem conosco para levantar polêmica, afinal, este tipo de assunto, sempre dirá respeito apenas aos envolvidos.


Com uma desculpa qualquer se saiu este, da armada, que me pareceu ficou perturbado com a lembrança e a observação inoportuna, porém bem apontada do colega. Na sua perturbação não conseguiu esconder, notei; que o descaso do seu amigo já havia despertado a atenção dos demais.

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É realmente uma situação difícil a tal da convivência a dois; se um, afinal, cobra, uma determinada postura do outro, saberá ele que o fato de não mais acontecer àquela ação; se dá apenas devido a cobrança ou foi o amigo solícito que resolveu ceder e não mais praticar atos que, muitas vezes sem importância, incomodavam o colega? Se for o contrário, e o amigo (a), namorado (a), esposo (a), resolver a contra gosto mudar a forma de agir, não estará o companheiro (a) tolhido a liberdade de companheirismo – quando é algo que pode ser relevado? Até onde a medida entra em ética, ou entendimento ou é o caso de ceder sem esforço, ou todos estes tópicos contraditórios que lotam as salas de espera de especialistas da psicologia humana?


Como definir a cobrança na convivência?


Dirão alguns; a ética, o companheirismo, a compreensão e até mesmo o amor incondicional, quando não a submissão pura e simples, fará sempre – com exceção do amor obviamente - com que o mais fraco acabe por um motivo ou outro aceitando que algumas de suas atitudes fiquem exiladas no escaninho do: “Para o continuar da relação”. Porém não é faltar com o respeito, não deixar que o outro se manifeste, ou simplesmente, não se chatear quando este resolver fazer uma visita surpresa por conta apenas do sentimento; porque gosta do amigo, por exemplo?


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sábado, 21 de novembro de 2009

Visível demonstração de Franqueza


O Homem - Uma Fera Domesticada

"É preciso ler histórias de crimes e descrições de situações anárquicas para saber do que o homem é realmente capaz no que diz respeito à moral. Esses milhares de indivíduos que, diante dos nossos olhos, empurram-se desordenadamente uns aos outros no trânsito pacífico devem ser vistos como tigres e lobos, cujos dentes são protegidos por fortes focinheiras."


Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Insultar"
Retirado do Site “Citador”



Observado outro aspecto do mesmo ponto é fácil chegar a conclusão de que o homem faz uso desta moral que assusta no mais das vezes instigado apenas por desconhecimento de causa; puro e simples, ou devido a algum gênero de orgulho covarde ao se utilizar de uma civilidade animal para mostrar que é honrado apenas quando entende ser capaz de vencer o oponente ou se utilizando de meios torpes para isso; bem ao contrário daquele que age em prol da coletividade, contrariedade essa que, se de alguma sorte pudesse ser presenciada pelo alheio, de fora pareceria que ambos não pertencem a mesma classe de homens.


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Outra Visível demonstração de Franqueza


A vingança é sem sombra de dúvida a melhor medida que possuímos para averiguar até onde vai a demonstração de o quanto atrasado é o espírito do infeliz que a pratica.


A vingança por si só é um ato abominável e covarde.



Iniciada no rancor que carcome a alma antes do intento vergonhoso ser posto em pratica; culmina com o prazer nervoso, incômodo, que coroa a debilidade daquele que em silêncio a arquitetou, - até então vítima - com ostentosos estigmas às Orbes de Luz, que juntarão ao seu nome, depois de findada a ação, o epíteto nada louvável de vingativo.


Pior ainda que a vingança; é a vingança desmedida. Nem sempre aquele que trama contra seu inimigo, pondera a força com que desfechará o golpe final, e no mais das vezes o que temos são demonstrações de ódio, de prazer orgulhoso e animalesco aproveitando-se do momento para destilar outros sofrimentos; recalques que uma vida de perdas já há tempos vem atirando-lhe a face sem motivo, pensa o covarde.


Ao final teremos o encerramento parcial do caso; parcial, porque mesmo que o ato pareça ter colocado um ponto final na contenda, isto só acontece ao olhos da matéria, muito mais próximo, e palpável que a platéia que torce ou apenas assiste possa imaginar, existem energias agindo que não pouparão esforços para reparar o erro cometido, ou corrigir o pensamento equivocado daquele que agora é considerado por amigos em comum, ou por si só se considera; o cara.


A vingança não deve ser nunca arquitetada, por qualquer motivo que seja, mas principalmente, porque nós ainda somos totalmente dependentes de juízo mediador, e em hipótese alguma nos foi fornecido uma referencia padrão que avalize nossos atos com relação à medida da vingança.

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domingo, 15 de novembro de 2009

Você já parou para pensar?


Estou pensando sobre o dia que a criatividade me faltou, então resolvi postar cópias, e o marcador, não pode ser outro que não o famigerado “Chovendo no Molhado”, - quando a criatividade nos abandona recorremos aos clichês, a começar pelo título - afinal há alguns anos algumas destas frases vêm sendo proferidas e não me parece que adiantou esta turma, não que fosse a única ideia deles, transmitir de forma fácil o enunciado; a coisa simplesmente não aconteceu.

Postei ontem no Tweeter, no Yahoo, no Facebook - e hoje o farei aqui - uma pergunta, e foi daí, que surgiu então a ideia da cópia.

A frase consiste basicamente no ponto – comum à mim: qual seu entendimento sobre o que já foi dito, o que já foi pensado?

Existem pessoas que vieram e fizeram tudo por você, pensaram, sofreram, foram cremadas, esmagadas, arrancaram seus testículos, suas unhas, foram assadas vivas, crucificadas ou crucificado – esta tortura mórbida não é bastante usual. Enfim, morreram de formas mil por lutarem por suas idéias, é claro que centenas deles não morreram em nenhuma das formas descritas e, por algum motivo ficaram pensando até quase o ocaso de seus dias, e nos legaram com suas descobertas tão claras que você não precisa nem mais pensar, o problema é que parece que isto tornou o homem um vadio de pai e mãe, e o fato de não precisar mais pensar o lado filosófico, imaterial, de uma sobrevida mais rica e calcada em valores foi relegada ao esquecimento, ou seja, estes pensadores de outrora deixaram isto tão simplificado que não parece ser importante pensar o pensado.
Ou será que estes caras todos estavam equivocados e simplesmente foram achacados até a morte por serem loucos? Ou não faz sentido algum parar e pensar de o porquê eles pensaram tanto e nos brindaram com um pensamento que ainda vive?

Talvez realmente tenha razão um deles ao apontar que, ele ou todos eles nasceram póstumos, ou seja, muito aquém do tempo devido, e o que vislumbraram, ainda não pode ser decodificado pelo homem comum.

Estamos ainda tão atrasados no que diz respeito à evolução como ser? Ok, ok; às frases.

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Você já parou para pensar? II



"O verdadeiro método, quando se tem homens sob as nossas ordens, consiste em utilizar o avaro e o tolo, o sábio e o corajoso, e em dar a cada um a responsabilidade adequada" Sun Tzu

China Antiga 500 AC

E mesmo assim os “líderes” insistem em nomear cupinchas baseado em interesses pessoais não imaginando, mais tarde, o porque sua equipe não esta respondendo por falta de comprometimento.


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Você já parou para pensar? III






"Com o bom sou bom, mas mesmo com quem não é bom sou bom pois boa é a virtude"

 
Lao Tze
China Antiga
500 AC


Algo ridiculamente velho, porém ameno – de propósito - e que ainda não foi assimilado se levarmos em conta a falta de cortesia que vemos nas ruas e principalmente o desrespeito de uma forma em geral. Nunca a regra de levar vantagem esteve tão em voga.


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Você já parou para pensar? IV



"Aprender sem pensar é esforço vão; pensar sem nada aprender é nocivo" 

 Confúcio, China Antiga 500 AC
 

 Juro que encontrei esta frase depois de escrever o texto acima.
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domingo, 8 de novembro de 2009

Há algo ainda em jogo?


Quando criança;
leva-se uma vantagem sobre a velhice
Ainda que o pequeno
viva uma pureza depauperada
O velho
por mais que posses possua;
é ignorado
Com o pirralho ao contrário,
alguns ainda serão acautelados
No trato diário
entende-se
que, inversamente ao primeiro
este ainda vive
E todo aquele que vive
tem algo para apostar.

O moribundo agastado
- um estorvo -
já não mais vive,
arrasta-se
Depende quase que totalmente
da compaixão alheia
Criar dependência então
é sair do jogo,
é assistir a partida
E só se interessam por você
como torcedor
se pagar ingressos
Galanteios fúteis e
comportamento submisso ajudam,
mas não bastam
E escasseiam-se a olhos vistos
aqueles simpáticos
a esta aposta

O tempo
criação humana
com a falta de compaixão deste
vence
Porém
é cômodo não tocarmos neste assunto
O novo dirá:
não pretendendo tirar algum do velho
O velho diz: não;
é conveniente massagear o sentimento pago
Sabe ele que não basta pagar, mas
a hipocrisia tornou-se o amalgama da relação
E é o medo de sentir-se alheio
que mantém a ilusão do apostador

Insistem alguns poucos
que tem a coragem de se chegar
Sabedores que são da postura
firme e decidida que possuo
Fingindo-se de desentendidos
antes de discordar
indagam
E, iludidos
que a guarda esteja baixada
me tomam por um dos seus
E inquirem atacando
buscando confundir nossas personalidades
Pouco me movo
e antes do silêncio total peço:
“O que tens para apostar?”

Somente na verdadeira metafísica
encontraremos uma resposta
Pensar com clareza
assusta num primeiro momento
Se tiveres coragem
nos momentos restantes
terá apenas o ocaso
Assusta sim;
os fracos
que imaginam existir um fim
Àqueles possuidores de força
romperão a barreira da solidão
Então o jogo vira
porque será você
a não ter em quem mais apostar

Como um poeta
misturo o existir
Julgo mortos então
aqueles que me julgam assim também
Sem saber
e por convenção
faço de conta que os considero
Sei que sem saber
é assim que agem também para comigo
Porém ao contrário
estes sofrem em duplicidade
Com meu silêncio
não mudarão a forma burra de apostar

Considero-os então
como mortos vivos
Vivos,
porém em outra dimensão
Ao partirmos poderemos
visitar ou não quem quiser
Não vou a ninguém
Quem não considera
não merece consideração
Há muito descobri
que não há apenas uma forma
de aposta


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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dos Segredos que Não Podem Ser Revelados II


Entremeio ao que não parece ser e digo,
muito a contra gosto,
que bendigo o que já muito cedo me foi dito.

Não espero, como sempre, respostas do Nada,
Ele,
como a amante ardilosa,
só me olha quando pergunto,
então nem mais pergunto;
espero.

Também como com ela sei que terei tudo se souber dominar a ânsia.

A paciência,
igualmente,
há muito foi aprendida,
ela corre nas profundezas,
longe das corredeiras ingênuas que querem ser fotografadas e domadas.

Quem não se dobra mais,
orbita ou muito abaixo,
ou muito acima do que está aberto e exposto para uma deflora.

Sempre será agarrado aquele que negocia.

Em verdade vos digo que estes são como o símbolo mágico da cobra engolindo o próprio rabo.

Pode-se orbitar o mesmo lodo e continuara impune?

Não busco respostas para minhas perguntas,
respostas são um fim para quem o quer encontrar,
mesmo sendo uma derivação para outra pergunta,
caímos no símbolo citado,
e então corremos o risco de desvendar mistérios.

Nunca desvende um mistério se não estiver pronto,
no mínimo,
para um maior,
talvez um que te ponha ainda mais em perigo.

Este é o paradoxo do medo:
se ficas, ficas,
se vais podes retroceder ainda mais.

Não mexer-se pode ser um segredo?

Não sussurro segredos.
Segredo é só para um,
sempre o segundo terá que morrer.



http://www.youtube.com/watch?v=49iPh6VS_kY

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O Advento dos Alheios



Ao ler na última “Superinteressante” (271.NOV/2009), o artigo; Os Novos Pensadores; termino por entender que os pensamentos atuais precisam ser seccionados, não podemos mais pensar o todo, tudo se transformou em “mega”, e então cada qual dá uma idéia sobre o que sabe e todos formam, individualmente, a sua colcha de retalhos, uma colagem onde no salve-se-quem-puder, cabe – resta - exclusivamente a nós, chegarmos ao final desta vida tendo passado por este plano – placenta – melhores ou ainda piores do que chegamos.

-0-

Tenho observado a alienação de uma porção de indivíduos que, ao mesmo tempo em que são anunciados como inteligentes e vencedores, é fácil, ao permanecer com eles por alguns momentos, que passar vendido por assuntos diversos, importantes, porém que num primeiro momento parecem nada lhes dizer respeito, onde não raro são totalmente negligenciados, ou colocados ao largo como sem importância, ou ainda por desconhecimento, entende que nada lhes acrescerá saber mais sobre o princípio delas; este comportamento omisso acaba por torná-los reféns em potencial, - de um processo que por si só é extremamente antropofágico, ou seja, não precisa, em hipótese alguma, da cooperação da vítima para ser conduzida ao cadafalso - amarrados a situações sem sentido que, se tratassem eles de indivíduos mais práticos, situações absurdamente insignificantes jamais os poriam abaixo.

Até agora estava com uma briga ferrenha comigo mesmo, injuriado até, em como podem ser inteligentes, ou “vencedores”; quando pouco fazem, ou nada fazem, para se interessar por assuntos que intrinsecamente estão relacionado com o seu futuro, e não digo só o futuro palpável, embora pareçam nunca irão cruzar seus caminhos.

Não digo que cheguei a uma conclusão final, porém é bem provável que uma porcentagem muito grande de acerto na minha análise será atingida, e como sempre, isso de muito pouco tem serventia, não apenas pelo fato de estar eu isolado do mundo em análise, também porque, como será demonstrado, – novamente – pouquíssimos, - principalmente destes - admitirão minha certeza.

Minha conclusão é fundamentada na tão propalada velocidade de acontecimentos – descobertas – que não apenas vem dando-se no mundo conhecido e extremamente pesquisador, - “Planeta Laboratório”, embora estejamos tremendamente atrasados com relação ao que realmente deva ser encontrado – somado a impossibilidade de simples mortais desacordados dos sentidos perceberem; assimilarem, o que deve ou não ser importante para eles.

Ou seja, estes, devido à no mínimo sua entrega cômoda ao estritamente essencial a sua acanhada sobrevivência que inclui um tipo limitado, porém suficiente de desejos realizados, enfronham-se apenas no que lhe diz respeito, embora com isso, não percebam que a coisa toda está se agigantando de tal maneira, não percebendo, que ficar apenas no seu mundo, não somente os torna alienados - exilados - para a sua sobrevivência no grupo exterior, como, possivelmente, aranhará a sua no grupo maior posteriormente – estou sendo ameno ao usar “possivelmente”.

É claro que minha pretensão seria satisfeita se conseguisse aqui, atingir um nicho de pessoas que busca vencer neste e no plano superior, pois mesmo estes, que orbitam onde tenho buscado referências, também estão encontrando dificuldades de adaptação para sobreviver, para se manterem acordadas, defendendo seus espíritos, suas almas de serem atingidas pelo fascinante ranço viscoso da matéria.

O fato é que se trata apenas de uma análise particular, despretensiosa, mais um exercício de escrita; não me é possível então atingir estes, - que poderiam entender um pouco mais meus sinais - porém minha intenção é ainda mais abafada quando penso no grupo maior que me inspirou a esta, e, se subtrair os primeiros; aqueles que acreditam num depois, e ficar apenas com o grupo que busca vencer aqui; apartando todos os outros no escaninho com a inscrição: “loser”; estarei definitivamente só.

E como se faz isto hoje? É preciso viver como aquela pequena aranha que anda sobre a água, sobre a correnteza; é preciso sobreviver na superfície, não é mais possível aprofundar-se muito em algo e esquecer todo o resto se quiser passar protegido, confortável, em segurança. É necessário que façamos um governo próprio, único, nosso, pessoal e que saibamos administrar isso como indivíduo inteligente e também único, não é possível viver como um nerd bitolado; até é possível, mas este aproveitará muito pouco de tudo o que aqui está disposto para ser desfrutado.

Sobreviverão eles? Sim, claro, e bem, muito bem por sinal. Porém a cada dia que passa se distanciam ainda mais, não só da essência do existir, como não lhes será possível entender alguns padrões que estão se formando, primordiais para tornar a estada aqui mais amena, prazerosa, confortável, e o mais importante: mais simples.

Simplicidade; praticidade é o ponto. Alguém já disse que é preciso técnica para se chegar à prática, porém estes dois não se entendem quando cada qual defende o seu lado, e é disso que estou falando, é preciso que isto seja entendido para então a comunhão dos padrões acontecer.

Diz o Mestre: “Você não faz nada e tudo acontece; você não para e tudo fica como está”. Como entender então o acima posto. Não entender também é um caminho. É, mas também é preciso entender isto.


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