Provavelmente como é seu pensar quando só, assim é você.
Você condena seu pensar íntimo, ou o que pensas não difere em nada de teu estado social!?!
Nossos pensamentos mais íntimos e secretos nos auto denunciam ou conferem, reafirmam, se somos ou não honrados, qual nosso tipo de caráter ou nossos valores – não é possível escapar de nós mesmos.
Conseguimos algum tipo de policiamento conciso com relação ao nosso vagar, independentemente de quais sejam suas tendências, ou seja, observamos, analisamos ou avaliamos se pertencem eles a uma classificação devotada e independente, baseada em princípios nobres, ou estamos tão contaminados com um meio nem sempre exemplar, onde nos fartamos com palavrões, jargões, pré julgamentos e vícios normais a um convívio de amizades, estudos, trabalho ou todo o tipo de investimento social dispostos a nós hoje, porém que nos cobra uma igualdade insana para circular por entre seus escolhidos?
Penso que só podemos julgar de forma segura nosso existir particular, se participarmos de um grupo de pessoas voltadas para um discernimento altruísta e de crescimento espiritual elevado, dadas ao recolhimento e voltadas a um estado de contrição íntima, entendo também, que se misturamos estes dois estados – o particular e o social -provavelmente estaremos nos equivocando, afinal devemos entender que o estado social nos obriga a mantermos políticas e atitudes que nem sempre entendemos como as mais acertadas, embora necessárias para um conviver razoável e que não combina em nada com um pensar recluso onde devemos ser nós mesmos buscando um auto policiamento austero e enérgico até para compensar a energia desperdiçada durante os infindáveis momentos onde estivemos vestindo um sem número de máscaras necessárias aos mais diversos compromissos diários.
Não notar, não constatar ou mesmo não se atentar para esta diferença, quando se tem discernimento para tanto; que em seu pensar não existe distinção entre um tempo, um momento e outro, é bastante perigoso, afinal é possível que se esteja vivenciando uma continuidade com o todo ordinário, existindo em uma constante comum arrefecida, sem que exista uma diferenciação precisa e elevada, condição sine qua non do pensamento quando só.
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