Como se não bastassem as ameaças naturais;
somos campeões em endurecer ainda mais
nossa estada neste vale de lagrimas.
A despeito de todas as atrocidades assistidas até aqui, cometidas da humanidade contra a própria humanidade, com certeza de pouco serviram para amenizar realmente que ações parecidas continuem recorrentes, atrapalhando ainda mais a corrida desta mesma humanidade para uma evolução que parece enterrada bem fundo em algum lugar inacessível a qualquer um que mesmo empenhado a descubra.
É inegável que a todo instante temos ou somos surpreendidos com notícias de descobertas revolucionárias de suma importância que não servem apenas para dar mais sobrevida a todo e qualquer indivíduo, porém muito pouco do que escassos gênios, sumidades verdadeiras, - dando mostras de que neste deserto árido podemos sim, vislumbrar acontecimentos dignos dos mais nobres créditos que se possa conferir a uma alma ativa e vigilante - presenteie-nos com os resultados de esforços que mais parece iluminação, ou que, mesmo estando entre nós, parecem ser possuidores de senhas de acesso a um mundo inimaginável, provando que sim, é possível que todos nós, quando voltados para o bem e dotados de noções de responsividade conseguimos atingir graus, níveis jamais alcançados por nossos iguais vivos, mas, nem mesmo isso é suficiente. No mais das vezes, como prova a história, estes exemplos de pouco valem para a grande maioria de beneficiados além de se fartarem ainda mais em diversões e comodismos propiciados por tais descobertas que não raro são para esse fim adaptadas ou com o tempo, que a partir de então têm poupado, relaxam ainda mais, tornando muitas vezes, verdadeiros milagres em algo pouco mais que ações piegas ou mesmo supérfluas de pouca valia no que diz respeito ao seu significado.
Há mais de cem mil anos o homem vem auto extinguindo-se, barbaramente, covardemente, estupidamente. Na televisão assistimos a programas que aludem ao homo sapiens; “a conquista definitiva...”, ou coisa parecida. De forma enganosa engolimos, aceitamos e nos vangloriamos disto. Festejamos esquecendo-se do nosso passado. Logo nós que tanto damos importância a história e aos museus, porém qualquer antropólogo ou sociólogo pode acenar com um sem número de barbaridades que de forma alguma deveria fazer com que o homem sentisse todo este orgulho que aludem; que nos vendem aqueles que detêm o poder de fazê-lo.
“Não temos culpa disso”, dizem alguns; estes não têm idéia alguma de o que é existir, de o porquê nascemos.
Se somos tidos como inteligentes com certeza a inteligência deve ser medida em graus, e estes níveis, em seus picos, nos parece ser inalcançável, e jamais deverão ser estudados a fundo – na verdade não há interesse, e se houver, provavelmente não serão divulgados - afinal se continuamos conjugando o verbo extinguir, se continuamos ouvindo que existem espécies, em tempos onde todos se entendem como atuais por estarem defendendo a continuidade da vida, devemos também entender que a nossa inteligência engatinha ainda em um nível bastante baixo se avaliarmos o número de animais ameaçados de extinção na Terra, para ficar apenas em um exemplo.
Ao contrário do que possa parecer a um ser carregado de recalque que provavelmente entenda de maneira errada esta série de sinais aqui amontoados, acredito neste plano; acredito na necessidade de aqui estarmos como a mais pura e cara experiência de continuidade à nossa existência, e também, como um patamar, um degrau ou um obstáculo importantíssimo para a nossa caminhada eterna, e é apenas por isso que continuo batendo na tecla há tanto surrada do acordar.
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