Por mais que a solidão queira não é possível que a deixemos em paz
Alguém já disse.
“O homem solitário ou é um monstro ou é um Deus”
O fato de a solidão ser abominada pelo ser vulgar é justamente porque apenas o ser singular foi capaz de desvendar seus insondáveis; maravilhosos, e mais ocultos mistérios.
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O homem ainda desencontrado caminha contente
Satisfeito
Procura contaminar a todos com a pretensa conversa de que é feliz
Imagina-se convencendo os seus de juntarem-se a ele
Iludido em seu caminho não caminho
Trilhando uma via totalmente oposta
Aquele encontrado contraria o dito
Este vive o caminho
Caminha sério e cabisbaixo
Sempre taciturno
Parecendo egoísta dá sinal algum quando passa
Mesmo ao encontrar alguém do grupo acima
De modo algum o contraria
Desperdiçando convites para a reclusão
Afinal quem entenderia que vive ele uma plenitude
O absoluto que não pode ser exposto
O pleno que não pode ser distribuído
Silêncio
Nada expressa o Nada
Como se diz o que não pode ser dito
Que encontrou o caminho inacessível
Não, não por egoísmo
Isto se dá
Porque simplesmente não adianta
Estamos a falar do impossível
Da impossibilidade
Como tentar convencer alguém de que se encontrou
Isto simplesmente não é possível
E você não se encontra
O encontrar-se dá assim de um nada
De repente
E daí vem sua impossibilidade
Como!?!
E ao contrário...,
É preciso entender antes...
Acreditar
Que acreditar-se alegre e pronto
Também é nada
Outro nada
E este nada
Significa estar muito distante deste encontro.
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