E,
diga-se de passagem; seriamente? Não foi. Não houve uma preocupação séria,
muitos menos foi pensado um plano “b”, assim mesmo, minúsculo, nem isso. Não
foi; não está sendo, e aqui, não será.
Os
momentos capitais foram barganhados paulatinamente, um a um, por um prato
qualquer de comida, uma saída evasiva e condizendo com a inteligência dos
administradores à época. Negociatas de aceite mutuo; acertos que beiraram a
insanidade. Executados por gerenciadores de uma sociedade que precisava
permanecer esfolando, explorando, coexistindo, tentando sobreviver a qualquer
custo no planeta, por desconhecer – em alguns casos fingidamente; e por não ter
certeza de que algum futuro ainda pior poderia (se é que isto fosse Possível)
bater à porta.
Ainda
assim, homens verdadeiramente preocupados tentaram a todo custo, uma saída que
fosse, para que ao menos uma parte civilizada pudesse ser salva. Como se
daquela parte, em algum momento futuro renascesse uma raça, acreditamos: como a
idealizada por Deus. Mas nada, não salvaram aquela e o que assistimos foi uma
derrocada ainda maior do humano como humano não somente na sua essência, mas na
sua decência, ou nos despojos do que um dia foi imaginado um projeto promissor.
Por
sua vez, isto nos dá ao menos uma lição; e é um tipo de lição esperança, porque
ao analisarmos a que tipo de lodo pode o humano sobreviver, não digo apenas
literalmente (ao que vemos em cidades e até países sem a mínima infra
estrutura), mas também ao intrincado processo de aceitação das mais diversas
vilanias que pode ele não apenas absorver, mas aplicar, assim que lhe é dada a
chance, descobre-se do que é capaz, ou, quanto pode rastejar para manter-se no
que entende como fazendo parte do que julga ainda uma sociedade.
É
fato que as mentes pensantes de hoje já não tem mais motivos para se preocupar,
elas se folgam na “inteligência” humana da adaptação, ou da aceitação promiscuamente
barata de negociar um tipo de sobrevida para se ser aceito entre os seus.
Também
é sabido que nos adaptaremos aos piores ataques da natureza, aos processos mais
estéreis que formos apresentados. Nossos amigos intelectuais pensantes finalmente
permanecem tranquilos, agora descansam em seus divagares prazerosos. É certo
que é um tipo de tranquilidade de pais de adolescentes que ainda que pouco
saibam da vida, se entendem pessoas grandes, livres e independentes.
Ou
ainda, que mesmo frente às maiores barbaridades ou à eminência das maiores
catástrofes, mesmo aquelas invisíveis que levam as famílias e até mesmo a
instituição família, implacavelmente a extinção, bem como a extinção do caráter,
do companheirismo, da amizade, do que é honra, do que é ética, nada; todas as cabeças
inteligentes permanecem tão inertes quanto às massas no que diz respeito a
tomarem medidas preventivas, não é preciso nada disso; já não é preciso que se
faça mais nada. O homem finalmente provou; encimado, do ápice de sua
insignificância; de sua ignorância, que está certo: encontrarão uma saída, se
adaptarão. Este é o seu mundo. Foram e estão sendo talhados para aqui
permanecer; debalde é anotar que fizeram por merecer.
O
ser humano permanece intransigente, comandado por seus governos eleitos ou não,
muito bem aconchavados ou que assim se mostram quando nada há a se fazer a não
ser dar alguma demonstração de força de quem é que sabe; assim todos:
comandantes e comandados sobrevivem no que podemos entender como uma paz
arranjada e suportável, assim então, é certo que a capacidade total de
adaptação a seja lá qual for o terreno fétido e inóspito que o habitante se
auto proporcione, ainda assim podemos ter certeza: continuaremos chafurdando em
frente, ou ao menos... chafurdando.
075.f cqe