É
bastante difícil nos valorizarmos sem que ultrapassemos a barreira do esnobe.
Todos
aqueles que cresceram antes da gente e procuraram insistentemente com seus valorosos
conselhos de desprendimento fazer com que buscássemos também a nossa superioridade
altruísta, indicavam; ensinavam; que aprendêssemos a nos valorizar. Que fossemos
autoconfiantes; porém não é fácil sê-lo - fazer esta passagem; conseguir esta
transformação - e manter-se humilde ou sem que adquiramos o câncer nocivo do
orgulho que tanto prejudica a caminhada rumo a excelência como pessoa.
Tão difícil quanto superar uma deficiência genética que faz o
homem sentir-se inferiorizado é suplantar esta montanha sem que, uma vez ensimesmado,
depare-se no topo de outra ainda maior, que agora, diz respeito à montanha que
o mantém blindado para a humildade, encimado de uma torre que por certo, é
bastante diferente do estado anterior de inferioridade. Este, agora, travestido
da vã superioridade, deveria sim; envergonhá-lo.
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