Dignidade, direitos, espertezas, mas,
de arrasto e inegociável, o atraso
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Obrigatoriamente e automaticamente a
caminhada social deve aparelhar todos os membros indistintamente e independentemente
a que tribo pertençam, sobre seus direitos e deveres; isso é água morro abaixo.
No máximo, o que o comando maior pode fazer por conta de seu caminhar
desajustado para continuar negando-lhes alguns dos primeiros, é engastar
medidas paliativas para que vontades ainda contrárias não atropelem o pensar
macro, burocraticamente lento que veio sendo costurado há séculos por cabeças
que instituíram cada qual a seu modo, muitas vezes a revelia, necessidades e
interesses de sua época, se não particulares e indiferentes ao processo
contínuo.
Em contraparte,
compreender agora, apenas uma fração do que significa dignidade e então falar
apenas dela em refrões de protesto descuidados sem uma base de sustentação condigna,
exigindo o que o grupo ouviu que lhes é de direito, sem também a preocupação de
que nem toda a música lhes foi devidamente ensinada, não se torna apenas um ato
falho como municia os síndicos na inevitável ação que mais uma vez negará, - com
bases - dando-lhes o direito de proibir a execução da canção e até de rechaçar
com truculência as propostas; fica então – ou continua – subentendido ou não
para todos os grupos que uma parte de seus direitos seguem sendo negligenciados;
mas, ainda assim, não é essa uma verdade incompleta?
Para se ter dignidade é preciso
antes entender todo o processo, e geralmente quem é desrespeitado em seus
direitos, de alguma forma falhou nesse aprendizado. Se não isso, é certo que
algo capenga.
Queremos exigir o que entendemos ser nosso de direito sem nos preocupar que toda a
sociedade em algum nível, não é realmente digna da convivência, creditadas com
as vênias devidas, repito; toda. Portanto isso não se constitui, afinal, um
direito pleno ou na sua totalidade. Está mais para um regatear exclusivo, que
por desconhecimento ou esperteza volteia camuflado entre a mesquinhez e o desentendimento,
exigindo respeitos que mais hoje protestam vestidos de valores novos, adequados
a uma realidade não concretada, baseada nos velhos, quando ainda faziam
sentido.
Novidade aqui? Nenhuma. Esse é
apenas mais um registro da nossa visão do conjunto, ou seria nossa versão?
Apenas mais um pouco do mesmo que ao final, em poucas palavras, resume o que
alguns de nós sabemos, mas pouco se pode fazer. Em resumo: enquanto não
nivelarmos o conhecimento em bases aceitáveis não será possível paz entre os
condôminos.
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