sábado, 10 de junho de 2017

Aprender-se



A educação é limitada pela idade. Acordado para isso o homem passa ao aprender não didático, não externamente direcionado; é somente a partir de então – uma vez livre - que ele trilhará o seu próprio caminho de entendimento.

Acostumamo-nos a nós. Folgamo-nos em hábitos degenerados ou não e maus costumes. Talvez, também por isso, somos recorrentes ao não ousar enfrentar, de peito aberto: nossos particularíssimos sistemas comportamentais; não observamos nossos “desencaixes” sociais. Invariavelmente, quando muito, após alguns tropeços onerosos precisamos entrar no terreno da espiritualidade; dos especialistas, e aprender sobre valores, sobre o ético e o não ético ou aderir a linguagens religiosas como mecânica de aprendizado ou mesmo contenção.

Se não isso, ou como se isso não bastasse, uma vez em completo desarrazoamento, ainda como técnicas e envolvimento científico, nossa atenção retrograda e limitada à matéria, ao material, condena à hospícios não apenas estes, mas gênios e pessoas cuja percepção aguçada é tida para a ciência como aberração por pura falta de entendimento, preguiça, desatenção, dogma, lobbies comerciais ou paradigmas, quando a resposta sempre esteve no estado além molecular.

Alguém precisaria argumentar que a educação do homem continua para além do indivíduo substancialmente educado e que esta obrigatoriedade se faz tão somente por sua falta de condução própria – e só.

No entanto a educação mundial está ainda encabrestada em sentidos outros que não apenas de entender-se a ela forçado por necessidade de sobrevivência ou superação aos demais. Isso posto, somente em determinado ponto da vida, - geralmente tarde demais – alguns poucos de nós entende que educar-se, que aprender faz bem a alma, ao espírito: muitíssimo ao contrário da lição obrigatoriamente aprendida; só então o aprender se torna prazer – e não apenas o aprender externo; ainda mais importante é aprender-se.

Era preciso que ensinássemos às pessoas a aprender a aprender. Aprender não apenas amando o didatismo, o lirismo; ou alguns poucos que desenvolvem técnica que circundam somente em torno do educar-se – o que é lindo, mas é paliativo. O indivíduo precisa apreender que a educação necessária à inclusão tem seu tempo, no entanto é mais; é o portal de entrada para o mais importante: a busca do autoconhecimento.

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A educação é limitada por níveis de tempo/idade. Acordado para isto o homem passa ao aprender não didático, não direcionado, - o auto aprender; a auto busca - é somente a partir daí que ele trilhará o seu próprio caminho de entendimento e é só então, novamente, a partir deste primeiro aparelhamento, que se expandirá ao que está reservado apenas a estes.





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