sábado, 24 de novembro de 2018

Às portas do caos



E onde foi parar o significado de bem comum?

As palavras da vez são: ultradireita, ultranacionalismo, polarização. Abertura? Apenas – ou na melhor das hipóteses, antes – com viés comercial. Novamente, às portas de intransponíveis impasses mundiais somos forçados a admitir que a humanidade é arrastada para um novo objeto; que a aposta é tão somente salvar o mundo economicamente – e todas as palavras de ordem serão avaliadas sob os holofotes dessa razão maior. Há tempos o individual inexiste e mais do que nunca tentamos não tocar no assunto de que somos vistos de duas formas: o indivíduo como consumidor ativo – portanto, momentaneamente útil. Se não isso, no mínimo, ele precisa obter a classificação de produtor ou algo do gênero, como uma peça ainda necessária na manutenção do mecanismo que faça com que o consumidor ativo: assim continue.


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a voice



A new and updated voice with all the force of the lie stands out in the space between the voice now erased from the senses and the noisy voices of madness that produce only noise and end up drowning what it always hid: a voice that some of us have already experienced due to its power of destruction, but with force and banal pungency, however sinister that voice may be.

A synthetic, mechanical, meaningless voice is gaining strength as man, possessed by his vanity to stand out to all men, is enchanted with the "siren song" of technology, combining and slowly merging his built fear of be fallible and by replacing a fault with an even greater error has erased its sensitivity traits by artificial synapses.

A voice among all the fakes is real, even if it is a simulacrum and is called "Artificial Voice".

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Finally, the man reached the peak of his lack of awareness. From this point forward, there is no turning back to man as we know him, nor even to follow the construction of the world as we imagine it. From the return curve, it will no longer be a return to the Essence and the Beautiful. There is no return. Man will be known in the universe as the only one who has altered His Laws and, at the height of his ignorance, supplanted Universal Physics, turning to the man-machine under the command of illusory artificiality.

From the series; a sane voice

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Uma voz

Uma voz atualizada, nova e com toda a força da mentira se sobressai no espaço entre a voz hoje apagada da sensatez e a voz barulhenta da insensatez que ao produzir apenas barulho abafa; sempre escondeu: a voz comezinha e sinistra da destruição.

Uma voz sintética, maquinal, alijada de sentido vem ganhando força a medida que o homem, possuído por sua vaidade de sobressair-se a todos os demais vem se encantando com o “canto da sereia”  da tecnologia aliando e mesclando aos poucos o seu medo construído de ser falível e ao substituir uma falta por uma um erro ainda maior. Vem apagando seus traços de sensibilidade por sinapses artificiais.

Uma voz em meio a todas as fakes é real, embora seja artificiosa e está sendo denominada como “Voz Artificial”.

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Finalmente o homem chegou ao zênite de sua falta de percepção. Deste ponto em diante não há mais volta ao homem como o conhecemos nem mesmo ao mundo como o imaginamos. A partir da curva de retorno, não será mais uma volta à Essência e ao Belo. Não há retorno. O homem será conhecido no universo como o único que alterou Suas Leis e no ápice de seu ignorar suplantou a Física Universal desviando-se para o homem máquina sob o comando da ilusória artificialidade.

Da série; uma voz sensata

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Bem observado!










Não seria preferível a má à boa sorte? A segunda, se trabalhada assenhorando o poder, é egoísta. Exige que não se baixe a guarda um só instante, isto é, que se dedique atenção total a ela, para que o seu vingar seja contínuo, ao contrário da má sorte que não exige tão desgraçadamente nosso estar atento para uma sobrevida razoável, pois ela não alimenta a vontade aguerrida da posse pela posse. A má sorte quando aceita e trabalhada pragmaticamente deixa o homem livre inclusive para encontra uma forma de finalmente apossar-se da boa ou mesmo da fortuna que deveria ser a única riqueza a ser buscada.


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sábado, 17 de novembro de 2018

Em tempo



Aquilo ou aquele que nos incomoda detém forças iguais ou mesmo superiores as nossas; oxalá isso seja do instante – e quanto se sabe sobre a elasticidade destes instantes? Alinhando-se um orgulhoso incomodado, no entanto relapso; não é no fragor do embate pessoal da ação intempestuosa e revoltada que se apresenta o melhor palco para auferir semelhantes desequilíbrios. Portanto, é fundamental trabalhar a moderação antecipada, conferindo a situação no agora; será lamentável descobrir-se, ao passado da hora, um fraco ante estúpidos embates hoje superados... ou não.

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Quanta energia desperdiçamos até então em tolas resistências?



“A tarefa não consiste em dominar resistências em geral, mas em dominar aquelas diante das quais se tem de recorrer a toda força própria, a toda a agilidade e maestria próprias no manejo das armas, em dominar adversários iguais a nós”.

Nietzsche

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Vencido



Invariavelmente, a boa vontade exposta vestida de impetuosidade não carrega com ela força suficiente para vencer o desentendimento e a ignorância que faz frente sem força alguma, porém esta, sempre aglutinadora do volume maior de caprichosos desavisados suplanta em poder a maior determinação caso esta não seja calcada na insistência e na percepção da mecânica funesta daí derivada e enfrente desconsiderando assim o volume que regularmente tende a aumentar a medida que as boas energias não mantenha as baterias constantemente carregadas.

Da série; muros de barro



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“Trouxas”



Condenados à caverna

A Luz continua às costas

...sombras em movimento

Ah! Chamas bruxuleantes do entretenimento!

Movimentos em estado catatônico

Ah! Os limites do desconhecimento!

A aversão ao desconhecido

...e o mito ainda não desvendado

Protegidos sob cavernas outras

...narrativas sob nova direção

Oh! Violentadores eleitos para todo o sempre!

...e seus seguidores deflorados

Espeleólogos não são bem vindos

Jazidos entre alegorias

...e oportunidades descartadas

Nem mesmo Platão salvou-se

...hoje, um mestre zumbi a encantar ninfetas


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sábado, 10 de novembro de 2018

Qual é a sua?





O autor pode se deleitar no ofício da Arte ou pode desviar-se para o reconhecimento faustoso e tão somente ser um duplo medíocre.





O prestar atenção com dúvidas a esta colocação é significado óbvio de atenção ainda dividida.


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“Holy the Firm”



“Dormimos ao som do realejo; acordamos, se alguma vez acordamos, ao silêncio de Deus. E então, quando acordamos para as praias profundas do tempo aniquilado, então quando a escuridão deslumbrante rompe por sobre as encostas longínquas do tempo, então é tempo para atirar ao ar coisas, como nossa razão e nossa vontade; então é tempo de quebrar nossos pescoços correndo para casa.”

Trecho da obra “Holy the Firm”
de Annie Dillar
Citado no livro Natureza Selvagem p208
de Jon Krakauer



“We sleep to time's hurdy-gurdy; we wake, if ever we wake, to the silence of God. And then, when we wake to the deep shores of time uncreated, then when the dazzling dark breaks over the far slopes of time, then it's time to toss things, like our reason, and our will; then it's time to break our necks for home.”

Holy the Firm
Annie Dillard




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Pensamento fragmentado








Culturalmente somos dados ao acômodo e estagnamos ainda mais, assim que nossa formação entende que não seremos mais cobrados por não termos feito nada. Se aos trancos e barrancos trabalhamos, nos mantemos oficialmente ocupados ou lutamos para sobreviver miseravelmente por trinta ou quarenta anos, é suficiente para entregar-se ao sossego condescendentemente caprichoso e aceitar orgulhosos que nossas perspectivas – dentro de um possível desculpável - foram cumpridas ou estão em conformidade com uma cultura fragmentada medíocre.






Comparamo-nos com o externo e quando ficamos livres para ampliar nosso pensar não percebemos que o pensamento agregado, absurdamente fragmentado, atrofiou nossa essência intocada, ou seja, impoluta, inviolada; ela foi maculadamente segregada ao esquecimento por conta da preguiça atávica e medo; tornamo-nos frágeis e dependentes e em conjunto aprendemos a nos sufocar uns aos outros a um pensar sectário e combinado.



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sábado, 3 de novembro de 2018

“Natureza selvagem”



A fuga também é um caminho; uma saída. E exige ainda mais do neófito que a escolhe. Se ele é trilhado com perseverança, coragem e determinação positiva, os resultados se mostram apreciáveis ao mais sério dos ascetas.

O mestre ensina que toda escolha é bem vinda e em se tratando da indivisibilidade não há outra resposta, caso o externo seja arguido, a não ser a aprovação e respeito à vontade alheia.

A cada um cabe tão somente adquirir inteligência suficiente para, através da sabedoria daí alcançada, serenar-se e aproveitar todas as respostas que nossas escolhas proporcionaram.

Homenagem a Alex Supertramp

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Assim ser












Sinceramente... até onde corremos o risco de tudo se transformar em normalidade de consumo, em normalidade de assim ser; incluindo a banalização, a valoração e apreçamento do sentimento humano... até sua extinção?











Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos





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Pulp fiction



Especialistas contemporizadores ou desavisados insistem que não foi a violência que aumentou e sim a massificação da divulgação; afinal criamos e inovamos espetacularmente sob inimagináveis aspectos transmissões e recepções de toda ordem. De posse que este estado nos leva às nauseantes questões incômodas: a violência está mais presente por conta da espetacularização ou foi essa que banalizou a violência?

As respostas provocadas frente a indistintas perspectivas provavelmente incitem à celeuma. Talvez nenhuma pronta e com certeza a demandar uma diversidade delas, resultando obviamente: embates acalorados. Mas acreditamos que as mais sensatas certamente concordariam com o aumento da gratuidade dos ataques. É inegável que excetuando as contendas políticas como, guerras, manifestações e revoluções, por exemplo, onde o preço da vida é exponencialmente desvalorizado, o que assistimos nos parece uma insanidade absurdamente similar; entre cidadãos estranhos entre si ou não. Reafirmando que a desvalorização da vida vem atingindo números insuspeitos de caos não apenas generalizado, porém, espetacularmente dissimulados.


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É! Cá estamos





Talvez nosso maior erro foi apostar que a resposta viria do futuro!

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