O
ceticismo, se muito, serviu aos contemporâneos de Piro.
Por conta
do atropelado estado atual, através dos dados, das estatísticas; quem domina o
que realmente está acontecendo em suas negociatas sai na frente ou lucra mais,
portanto, colocamo-la também na filosofia, na observação macro da história, por
exemplo; nem precisamos afinar a leitura. No desbaste a machadadas mesmo, é
possível uma conclusão acertada.
Se fizermos
um apanhado histórico é inegável que – em número elevado - as verdades ditas
foram aprestadas empanadas em embustices no avançar da narrativa humana. É
fácil entender que associações, dogmas, princípios e pactos de confiança se
mostraram provisórios e nocivos à maioria daqueles que deles dependeram, por
sua vez, os céticos, geralmente egocêntricos, falaram a ouvidos moucos ou, em
inúmeras situações, foram mortos por não calarem o bico.
O cético
desconfia sem poder provar o porquê, já o estado impinge o chorume do arranjo
disfarçado de leite e mel sob força - seja ela exposta ou velada -; coação; ou
da confiança que observa na plebe desavisada. Portanto, ainda que as dúvidas daqueles poucos que
duvidam com alguma propriedade alheia a comuna na época, sucumbem ao valer tanto ou tão
pouco, seus argumentos positivos acabam acusados de doutrinas adversárias e assim classificados, no entanto, o fator
tempo acaba mostrando o contrário.
Ciclo vicioso - Se nos voltarmos ao histórico, a opção dos escamados se sobrepôs, uma vez que no andar do tempo as versões oficiais foram paulatina e peremptoriamente desmascaradas e, em algum grau, até podem ser corrigidas e convertidas em valores reais do imponderável desacerto a que fomos submetidos por conta de serem silenciadas e/ou descartadas sempre que aventadas, quando agora, somadas, amenizam os humores contemporâneos, fazendo um contra ponto as novas certezas impostas.
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