A
felicidade é rara por aqui, porém possível.
Porém
somos homens engenhosos, ainda que orgulhosos e passionais; e, muito por conta
de uma cultura arraigada; não somos de admitir o que foge ao padrão.
Então
até quando correremos atrás da felicidade como um louco apaixonado arrependido
que imediatamente após rasgar em mil pedaços a carta que não teve coragem de
enviar a sua amada se atira na ânsia impossível de colhê-los?
Para
muitos de nós é somente assim que conseguiremos ilustrar a felicidade ao cair
da noite. Como se ela dependesse de apanharmos um punhado de plumas atiradas ao
vento.
Então
não. Chega de correr em busca do impossível. Vamos fabricar a felicidade.
Admitamos. Ao menos uma vez, que não conseguimos. Que tentamos e falhamos.
Amamos,
destruímos, rimos; embebedamo-nos e morremos e a bendita da felicidade riu
muitos passos à frente de nós.
Admitamos
nosso fracasso, mas não esqueçamos que somos homens engenhosos. Nós fabricamos
o que queremos, somos o mal personificado, mas também já demonstramos que
podemos ser com o belo - irmão digno da natureza mais exuberante; então por que
não podemos construir a felicidade!?!
O
homem bom, honesto, íntegro, trabalhador e amoroso; pode, com toda certeza
construir a sua felicidade. Basta entender que ela não precisa ser alcançada –
se ela não quer -, mas ela pode ser construída. Apenas precisamos assumir que
ela é superior à forma como viemos tentando.
Sejamos
honestos conosco e comecemos a ensinar nossos filhos que eles podem construir a
felicidade a partir de uma vontade, do trabalho, da ética, da moral, da
solidariedade, da caridade e do amor próprio.
053.s
cqe