A
que pratico é canhestra.
Tolhida
por se obrigar a tabulação sovada sem um mínimo de contextualização aberta e
plena - proibitiva.
Travado
pareço, sou; e venho a cada dia mais amofinando meus exercícios
Reduzi
minhas vontades a cordas atrofiadas
Estagiária
Aqui
tão somente estancia
Neste
universo de escravidões veladas
Preso
aos grilhões de margens brutas
Ainda
selvagens e intransponíveis
A
lambeção asquerosa do especular
A
despertar a atenção daqueles que nada entendem
Enquanto palmilham o cadafalso artificial da corte
Um
que outro instante arisco
Uma
que outra pérola
Tornada
agora nada além de um grasnir infante
Não
em um lapso de esquecimento
A
vontade presa salta contra as paredes limítrofes
barro entendendo-se Granito
Traduzindo o grito, a ânsia, em combustível para efusivos e razoáveis risos debochados à audiência a que me confinei
Dando
crédito a sofismas inventados para distrair
Aqui
não estou só
Porém
não me folgo na burla alheia a qual entendo a que se destina
É necessário o engodo
Ainda
que algum malandro perceba
Sou
de impossível contextualizar
Esforço-me
ao menos aqui
Mesmo
sob uma vontade maior promoverei este deslindar
Em quais universos se esclarecerá o que foi dito
E
que outros entenderão útil
A
periferia tem valor
Sob
cada árvore construo meus domínios
Esta
é minha forma de tombá-las
Aí sobreviverei
Suas
folhas substituirão o papel
Através
do vento sua linguagem irá desmistificar o que não articulei
...quando
então cortarei relações com esta dialética viciada e sempre aqui necessária à
compreensão.
Néctar
A
comunicação local se perde na falta de elos que conectem o bê-á-bá oficializado
ao Todo Insondável. Se mesmo aranhasse as margens exíguas de qualquer transcendência
de possível acesso; a transformação das linguagens, dos és e das vontades
sofreriam uma revolução tão necessária quanto à urgência de aplacar os ânimos
que antecederiam um caos qualquer indizível por todo o vale. A cata, portanto,
é singular. Nas negras fendas onde jazem os umbrais de toda ordem. Nestas
úmidas grotas esquecidas; um que outro entre legiões de desamparados e
enterrados no lodo eterno; em raro instante, num insight ínfimo de lucidez
desconfia que há mais, quando então
emite uma matiz levemente acinzentada. Guias especialmente enviados para captar
o instante, percebem e localizam o ponto em meio as cavas escuras, um padrão
que destoa... e o resgatam. Coexistimos sobre uma série destas camadas – usando
uma retórica sociável. Com um mínimo de privilégios, erramos em nosso umbral
chamado Terra cuja superfície também é uma camada onde equilíbrios particulares
possibilitam químicas distintas de moléculas; facultando conexões outras a
permitir a abertura de sentidos impensáveis, portanto impossíveis nas fossas
inferiores. E também aqui um que outro emite uma filigrana de matiz seguro, em
um entendimento raríssimo de que este não pode ser o supra sumo do existir,
portanto, há mais. Este e apenas
este... entenderá.