Se existe o
livre arbítrio? Sim, mas ele não é uma constituição ou estatuto como todos
imaginamos; no máximo uma expressão bem pensada – menos pensada quanto mais é
usada -, como a consciência coletiva por exemplo, que entendo mais objetiva.
Não faz sentido
falarmos sobre livre arbítrio sem antes ponderar o conhecimento, a vivência, os
diferentes modos de vida e cultura.
O livre decidir está diretamente ligado a forma como o indivíduo vê a vida, como vive, seus meio e escolhas, mas principalmente seus próximos e às considerações normais ao equilíbrio de sua continuidade como homem social.
Nosso
priorizar opções, invariavelmente, está amarrado sob jugos de necessidades,
interesses, leis e culturas. Como podemos exercer o livre arbítrio quando
dependemos tanto do que cerca nosso conviver social?
Escolhas,
mesmo as inteligentes, ainda que acertadas - considerando essa possibilidade
quando observadas toda uma série de probabilidades, portanto bastante difícil
de serem aprovadas diante do crivo de bilhões de opiniões antagônicas -
precisam, antes, ultrapassar o senso da segurança pessoal, caso contrário o que
assistiremos serão decisões controladas por uma série de demandas impingidas
por culturalismo baseadas em modismos e convenções de um estado momento, ordinárias,
portanto, comuns. Isso não é escolher, mas se deixar escolher.
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