Se nascemos – e nascemos - para ser coadjuvantes, para
figurar como ponta em uma história que não há protagonistas; sejamos O
Coadjuvante; sejamos O Ponta.
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Nosso desconhecimento nos ilude para o que entendemos ser; e assim sucessivamente até não termos mais forças para uma nova crença que mais uma vez acreditamos ser a última; a derradeira. Caso apreendêssemos algum tipo de verdade razoável, ainda investidos das faculdades mentais, junto assimilaríamos que este não é um plano de senhores respeitados e donos da verdade. De posse desta máxima, seria interessante dedicar-se de corpo e alma ao que se consegue ser, ao metiê escolhido dentro da humildade obrigatoriamente agregada ao conhecimento.
A
ilusão materialista de que aqui conquistamos algo faz com que nossas atenções
sejam direcionadas ao valor ínfimo do existir terreno de dominação. O desviar
para este caminho denso, árduo, e fracamente experienciado, no entanto, volátil,
transfere o foco da expectativa do desenvolvimento ético pessoal: o único que
dá ao passageiro a tranquilidade tão desejada na hora da partida.
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