sábado, 15 de agosto de 2009

O Pensador e suas questões duca... II





















Aquele que realmente pode ser adjetivado como pensador não apenas é capaz de acordar, levantar uma boa questão. Ele o faz e logo em seguida contrapõe nova situação mantendo assim apenas claro que algo existe ali, e não contente em soprar um vulcão adormecido, silencia-se em seguida, fazendo com que os incautos, arrogantes, proprietários da “verdade”, especialistas etc, etc, etc, ou seja, aqueles que ignoram; que se fazem de desentendidos, mesmo que tenham tentado entender o proposto, continuem o sono eterno, no mínimo da inveja, apenas sabendo que algo mais existe, e que mesmo que o verdadeiro sábio diga, pouco podem fazer.

Cabe ao que está acordando naquele momento, tentar procurar, por conta própria, o que está a dizer aquele exemplar especial da espécie.

Por outro lado; demonstrando não fazer parte do todo envolvido, como alguém alheio ao meio, o soberbo observador apenas continua sua caminhada, como se nada tivesse acontecido; deixando claro que aquilo não lhe pertence. Subliminarmente faz apenas o que lhe é cabido, entende com quem está a lidar; seu papel é apenas o de observador, afinal estas quimeras que acabam com a vida de milhares nunca lhe atingirão, como um cavaleiro que ao passar a galope por uma cidade empoeirada que nada lhe diz, entende que está não lhe causará dano algum, e o fato de ela (a poeira) sempre ter estado ali é devido à negligência de seus habitantes e o dano causado às casas com as partículas que foram revolvidas, pouco importa a maioria; já acostumados com mais este inconveniente, por conta disso, sabe não precisar se importar, se seu passar fará ou não alguma diferença.

Este é o verdadeiro contra-senso, um paradoxo maravilhoso que faz com que apenas o que pensa tenha razão, sobrando para os reles assistentes, o dever de fazer com que as peças de um quebra cabeça que nunca irá se encaixar pareça perfeito; única maneira para que continuem encontrando uma forma de sustentar as suas verdades.

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