Comentava dia desses com um amigo exclusivo:
Nas Ordens que freqüentei via a necesidade de muitos chegarem à exclusividade do topo.
Por si só o fato de lá estar constrói no seu ego um sentimento de diferença.
Mesmo que esta se faça de milhares de iguais pelo mundo.
Porém, ao figurar entre os dez por cento do todo igual, já é motivo para sentir-se inflado.
Na sua eterna busca pela diferença tenta chegar ainda mais perto do Mestre.
Pessoas desistem, o tempo passa e mestres morrem.
Velho, rejubila-se ao ver que sua dedicação finalmente foi reconhecida.
É um Mestre afinal.
Sente-se bem por ter sido o único a não desistir;
o único a sobrevir às agruras da subida.
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Por que essa nossa necessidade de nos tornarmos únicos para os outros?
Não é possível que nos tornemos únicos apenas para nós mesmos?
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