Um salto de sapato vagabundo ou um indiscreto pum desperta, discretamente, minha atenção ao cruzar com um transeunte talvez nem um pouco preocupado com as etiquetas da Glorinha Kalil e sim, respeitando a sagrada natureza.
Entre pensar que o salto plástico ao roçar o calçamento possa ter maliciosamente imitado um flatulento barulho, e acreditar que não, maliciosamente vou para o sim; prefiro crer que o homem sem se importar com quem estava ao lado, resolveu aliviar gases incômodos advindos de um pastel rapidamente engolido, e, é claro, que ao ser frito, fora mergulhado em um azeite tão saturado quanto seu reclamão estomago, naquele momento; escolho o segundo então.
Penso ser muito mais interessante, por mais nauseante que possa ser, imaginar que meu semelhante peidou, que relegar todo esse pensamento a mais um mero e insignificante arrastar de alpargatas plástica pelo mercado.
055.a cqe