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Fato
é, que fazemos o maior esforço para entender o que este ou aquele autor, seja
do que se propõe a falar está a expressar, dizer, recomendar, porém nosso nível
de entendimento, por maior que seja é falho.
Para
assim agir, é importante, primeiramente, extirpar totalmente nosso lado
contestador gratuito presente em muitos dos nossos comentários, onde então, no
mínimo, ao nos depararmos com qualquer situação que se nos apresentasse
aleatoriamente, deveríamos aprender a enxergar o memento de uma forma
totalmente imparcial, eliminando todo e qualquer senso de opinião, porque,
simplesmente, por mais familiar que possa parecer uma cena apresentada, antes
de nossas emoções e sentimento de querer ou de repulsa, para emitir uma opinião
mais séria sobre o assunto, é necessário que dominemos totalmente, repito,
totalmente, todas as nuances que desencadearam a ação, e quando nos referimos a
“todas”, devemos entender que existem ações que levaram a ação assistida que
não são visíveis a todos, que não são: não de domínio público, mas sim, de conhecimento
público.
É
certo que um caos ainda maior seria instalado num primeiro momento, se de
alguma sorte esse calar-se – verbal ou não - tomasse conta da humanidade, é
certo também que isto jamais se dará, porém estamos presenciando um momento
importante da humanidade, querendo ou não, acreditando ou não, existe algo
acontecendo na virada do calendário. São novos tempos, e tudo está acontecendo
rápido demais até para o que não está acontecendo - para o que não estamos
enxergando ou nos dando conta. É certo que em algum momento iniciaremos uma
vida mais contemplativa e menos crítica, mas é urgente que nos tornemos pessoas
mais lúcidas e assim, primeiramente, abandonemos uma de nossas manias mais
feia, da críticas prematura, baseadas em mentes que não praticaram o exercício
do conhecimento e portanto, não possuem visão suficiente; uma visão macro,
ampla, geral do quadro apresentado, para então emiti-las.
Voltando
ao texto, comentamos por comentar. Crítica pela crítica - mania adquirida. Muitas
vezes o que domina mesmo é o vício, a teimosia. Não é exercitada a vontade real
de deixar pra lá o dito; não é nem mesmo cogitada. A ideia é fazer o que sempre
fez: emitir uma opinião.
Era
importante entender uma vez, que a expressão do autor é apenas “a sua
expressão” e assim, e por isso: deveria ser respeita e mantida ali, assim,
inerte, existindo, apenas flanando sua energia única. Como se estivesse
maturando. O texto; os bons textos: são como organismos criados, como um
recipiente de barro, por exemplo - de ambientes de vida diferente, porém, vivos,
os dois... todos... tudo.
Por
sua vez, ainda entendemos que a matéria não cria matéria, porém ninguém falou
ainda que ela cria energia, daí vem o fato de todo o organismo criado inerte
estar vivo. E, como algumas iguarias da culinária, eles precisam de um tempo de
maturação. O tempo delas não é o nosso tempo.
Porém
o que acontece, é que todos aqueles que, ao texto apresentado à público tiveram
suas atenções despertadas, partem para fazer suas analises pessoais, sem mesmo
entender direito o significado total do texto, emitindo uma opinião primeira
frente a palavras que foram lidas apenas algumas vezes, e apenas levando em
consideração estas, e o seu momento, o momento do leitor, não o contexto da soma
de frases na criação, o contexto de criação do autor; em que pensamentos
baseou-se para dá-lo à luz.
São
muitas as arestas existentes em um texto virgem; cru, que apenas serão aparadas
durante a mutação – a nós invisível – comum aos organismos vivos deixados ao
largo.
São
inúmeras as bases a serem analisadas após o autor ter esparramado as linhas do
texto no papel. Antes de uma crítica – e não nos referimos apenas a crítica
ruim – o crítico precisa, obrigatoriamente, entender todo o estado em que foi
criado o texto se quiser que seu texto não seja criticado; tempo, - espaço –
tempo – época, contextualizando o momento no mundo e a visão do autor sobre
este estado vigente – motivos do autor, quereres, estudo, humores, histórico e
até mesmo, e isto depende de uma autoavaliação muitíssimo crítica – a que nível
o crítico pertence no seu metiê para dar aquela opinião sobre o que foi escrito
– utilizando-se de uma palavra recente, o quanto midiático é este crítico; e
que se entenda aqui toda a força desta palavra.
Em
momento algum imaginamos ou se encaixa aqui o autor medíocre, sim, porque
existem aqueles que rabiscam um texto como faziam ainda nos bancos escolares,
quando foram uma vez elogiados pela tia ou pela avó e se entendem especiais com
a pena ainda a partir daquele instante, e então, ainda assim se mantém, quando
lá, ao montar uma redação qualquer na sala de aula, permanecia em total estado
de aflição pela opinião – aprovação – da professora, não entendendo que a
professora é paga para entender a ânsia do aluno e então estimulá-lo. Assim são
os autores que buscam a crítica rápida que aprova, porém entes não cabem na
observação de hoje.
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