Diz-se, há
muito, que ao final, o filósofo nada mais busca que sabedoria, porém, o que é
sabedoria se não entender que a buscando aqui, jamais a terá?
Ao ver
estas discussões sem sentido hoje, ontem e sempre. Sobre certo
e errado, ética, verdade; fundamentos e digressões sem fim com fins
metafísicos e vaidosos, carregado do que se entende por comum hedonismo. Onde todos os ismos são escarafunchados a exaustão sem que se consiga com isso um único degrau em direção ao que verdadeiramente a nós importa por parte destes senhores especialistas que se entendem sempre como entidades
superiores a própria obra ou ao pensado; estes que jamais se entenderão como simples, - bons, mas simples – instrumentos, alguns de nós deveríamos sentir-se envergonhados.
e errado, ética, verdade; fundamentos e digressões sem fim com fins
metafísicos e vaidosos, carregado do que se entende por comum hedonismo. Onde todos os ismos são escarafunchados a exaustão sem que se consiga com isso um único degrau em direção ao que verdadeiramente a nós importa por parte destes senhores especialistas que se entendem sempre como entidades
superiores a própria obra ou ao pensado; estes que jamais se entenderão como simples, - bons, mas simples – instrumentos, alguns de nós deveríamos sentir-se envergonhados.
Menos por
aqueles e mais por estes, pois aqui, neste tempo, quando todos têm acesso ao
que jamais outrora poderia ter sido imaginado, assistimos a discussões que mais
parece uma digressão informativa – que nada informa – que, ainda assim, se
estende por toda uma era.
Assim, em
relação a algum desconforto devido ao pensamento antigo, mesmo que haja, faz
pouco sentido, ou no mínimo, deve ser contextualizado hoje com o máximo de
critério e somente em casos extremos, e é claro, por pessoas que conhecem
realmente, pois apenas estas podem ser consideradas livres de tendências.
Por falar em desconforto, particularmente, ao entendê-los
vivos, imagino quanto arrependimento há por parte deles, por terem se
descuidado ao cunharem uma frase ou uma pequena ideia quando, - se os
imaginarmos que ainda possam “perder tempo” com insignificâncias – ao assistirem
seus trabalhos sendo verbalizadas sem respeito algum, sem a devida
contextualização, por ditos renomados senhores sociais que evidenciariam sua
total falta de visão. Talvez, se houvesse um único do grupo que realmente entendesse
o que significa “sentido” não seríamos massacrados tantas vezes com está mesma
cena.
O que falta
a estes senhores, que então hoje ainda contestam, mesmo assistindo, observando,
analisando o que foi falado prematuramente, - quem sabe por pura falta de
instrumentação adequada à época – é finalmente se dignarem a observar
minimamente, e considerar à que tempo se está a referir, ao quão visionário
foram; ao quão adiantado estavam esses eruditos, por, mesmo vivenciando a
escrita a uma, hoje insana, pena molhada, quando uma única página a ser
desenhada se estendia por até um dia inteiro.
Temos então
estes homens de agora, tidos como sérios, debruçando-se ainda, sobre estas
mesmas páginas onde ficam a entender-se espertos por encontrarem os erros ou as
rusgas que haviam entre eles, e, por sua vez: de que nos serve realmente
entender tudo isto? Penso que temos muito mais a descobrir dos escritos que aqueles
heróis tentaram jogar para nós no agora - para que déssemos continuidade ao
pensado e não para contextualizarmos suas pesquisas negativamente.
Quero
acreditar que alguns poucos já entenderam que nos perdemos por não deixarmos
que apenas homens verdadeiramente sérios e inteligentes analisassem o que foi
pensado com toda a seriedade que se podia à época,
mas, por sua vez: porque ainda existem estes famigerados escritos comerciais
que insistem no que a ninguém deveria realmente interessar?
Deveriam
compreender: estes senhores que se prestam hoje a este papel, no mínimo risível,
- de se estenderem sobre discussões inócuas - que entre uma e outra descoberta
de “erro”, ou se houveram ou não as desavenças entre este ou aquele pensador
que em muito os superam em inteligência; estes então, pesquisadores de erros,
todo informatizado de hoje; poderiam resguardar-se em um mínimo de respeito, e
uma vez desperto, ponderar melhor antes de afirmar, quando traz suas certezas,
apenas, de bancos escolares ou de leituras ainda quadradas sobre o que julga
“errado” no pensamento passado, ao invés de ficar, agora sim, se digladiando
verbalmente nos avançados meios de comunicação a sua disposição, em assuntos
que ainda a mais de meio século muito do teor das questões especulativas então
levantadas já soavam tão redundantes quanto irrelevantes, porém, que estes, de
opiniões limitadas, ainda as querem entender com importância suficiente para ser
levada a pauta da discussão do dia, quando, mesmo que desprovida de sentido
algum, ainda servem para serem disputadas pelos seus iguais em cátedras tão ou ainda
mais ineptos que.
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