Apenas uma pequena pincelada
Parto agora do princípio, - o meu
agora é sempre muito subjetivo - que podemos trabalhar com dois caminhos (marcados
por seu estado de crueza e/ou pureza). Duas situações, duas possibilidades com
relação ao depois.
A primeira que flerta com o medo, quando
o sujeito mais esclarecido (utilizo estranhamente aqui o mais esclarecido
porque o não esclarecido não tem o poder do pensamento sobre este tipo de questão)
entende que a melhor opção é não se agarrar a crença alguma sobre o que virá
depois, para que, agora sim se utilizando de algumas doutrinas, não venha ele,
materializar um estado exclusivamente mental ou participar de uma espécie de
estado egrégoro advindo de um somatizar de padrão generalizado por uma multidão
de outros iguais em pensamento, onde este estado criado é entendido pelo grupo,
como a continuação ou até mesmo como o final perfeito.
Contrapondo este estado bastante
possível e diria até, mais comum do que o simplório possa imaginar ser possível,
fosse ele transformado em uma linguagem passível de entendimento por estes, uma
vez que tivessem acesso a algum conhecimento que os libertasse do véu do
ignorar, temos que, alguém também esclarecido, porém, tendo atingido um grau
maior de entendimento que o anterior, optaria não por não imaginar o que o
espera, muito menos atirar-se cegamente ao pensamento de alguém que lhe é superior
em sabedoria, mas, acalmar-se e esperar, e, viver o agora, porém, resguardado por
um discernimento que o leva a entender, de uma vez por todas, que a paz deste
caminho de difícil opção para todos reside; ou melhor, que o entendimento a ser
buscado é aquele que não o prende a esta ou aquela escolha, mas o liberta para
entender tudo como possível ou como uma possibilidade...
E como se faz isto?
Voltando ao início de tudo.
Primeiramente, observando a
diversidade do universo. Depois é claro, de observar minimamente o seu tamanho.
Era interessante que nos perguntássemos de o porquê um colosso desses existe se
nós estamos, muitas vezes, agarrados a uma opinião que condena o modo de vestir
do “concorrente” em opção religiosa, por exemplo.
Isto parece absurdamente sem
sentido, mas é assim que somos. E questões como estas um dia farão sentido.
Uma questão interessante a se fazer
é se perguntar se se entende como inteligente. Como alguém que pensa por si
próprio. Isso também faz a diferença.
Voltando a diversidade; era
importante responder por si só a questão de o porque existem tantas culturas
diferentes e dentre elas, algumas garantem que estão totalmente certas em seu
estilo ou modo de vida – para esta questão é preciso se debruçar sobre alguns livros
e vídeos/documentários, e pesquisar mais a fundo como o comportamento humano é diverso e de o porque,
geralmente, entendemos que nós é que estamos certo se uma boa parte de grupos étnicos
totalmente contrários a nós pensam também estar – é importante observar em que
tempo aqui foi registrado o verbo “pensar”.
A partir destas questões, e
observando qual o nível de particularidade foi atingida com as nossas respostas
ou análises totalmente pessoal, muitas outras semelhantes irão aparecer caso queiramos
modificar a antiga forma de pensar e seguir a segunda escolha do enunciado em questão.
Ou seja, se não conseguirmos nos
atentar para estas pequenas questões básicas, dificilmente poderemos
transgredir nosso pensamento padrão de clausura para a mente livre do aceitar as
diferenças, mas, e, principalmente, de não nos livrar das garras de um destino implacável
que nos condena a vagar por toda uma existência em um estado contínuo de
permanência condicionada.
A beleza maior do libertar-se é
justamente a incógnita de o que iremos encontrar quando não partimos do
princípio de que já sabemos o que há.
007.f cqe