sábado, 7 de fevereiro de 2015

Tudo para a catarse, nada para a ira



Então continuou;

. . . “com uma boa dose de canalhice e muito de baixa auto-estima, por exemplo, é que a história vai se formando; e daí?”

“Você primeiramente se pergunta, e depois externa; valeu a pena? É claro que essa é uma pergunta retórica, ou capciosa apenas para o pseudo entendido, e, é claro também que a resposta é SIM. E por quê? Por que aqui é o Planeta Terra, ou seja, ainda que trate-se ele de um infinitésimo, um átimo de segundo em um conglomerado estelar ainda menor que essa medida, ainda que consideremos somente a criação como alguns loucos imaginam com todas as suas possibilidades superlativas; SIM ele é importantíssimo e continuará existindo.”

 “Existem propósitos que decifrados não caminharam tão somente para os objetivos pretendidos e acabaram gerando essa miscelânea indizível a que chamamos de existência terrena. E para se ter uma idéia, poderia sua vaidade megalômana sondar a que medida se dá esta importância, imaginando você como um desses bilhões de seres que se sentem especiais por nada; digo, por desconhecerem que o são por razões que nada tem a ver com o que imaginam ser, e a resposta é: nada superior, ou nada especial a todo o inimaginável complexo.”

“Nossas perspectivas são diametralmente opostas e fazem par de maneiras ainda mais precárias ao nosso pretenso conhecimento quando se trata de imaginarmos, acreditarmos no Possível Verdadeiramente Insondável. E não há o que ser feito.”

“Então, sendo você um psicopata terminal, poderia supor a sua descontinuação, ou seja: por que continuarem com isso; mantendo-o, dada a imensidão imaginada, ainda que com suas mentes tacanhas e de pouca criatividade, lesadas de sapiência e imaginação? Ou isso ou outras questões ainda menores que essa em significância.”

Então foi sarcástico como jamais o tinha pensado ao arrematar e ir-se:

 “Porque uma Comissão Maior de Seres Superiores, ou mesmo Deus iria destruir este imenso laboratório agora que ele caminha para o que aprendemos ou descobrimos ser parte de sua existência, ou seja, agora que ele esta se transformando no que podemos imaginar seja, um Plano Expiação devido aos nossos desmandos? É claro que o universo é inundado dos verdadeiros umbrais pustulentos, mas o tempo é senhor do destino e sua inexistência resulta em nadas eternos, - ou lembrando as palavras de um Amigo de distas plagas:a Monotonia do Caos -  assim, dependendo de nossas experiências poderemos todos termos a eternidade para queimar num inferno ainda pior... nada; sobreviveremos. E por hora, o pior que pode nos acontecer é o mundo não acabar... Como homens que costumeiramente abandonam a sorte, nem sequer sonhamos que em algum momento, amaldiçoaremos, inclusive, a eternidade.”


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