Enxergando
a oportunidade e tentando um viés oportunista para seu acomodado abandono ao que eleva, perguntou
ao Mestre sobre como permanecer alheio; como atingir o estado impossível da
não manifestação espontânea reles do ordinário, no ambiente que habita, uma vez
vencido, - ou perdido – o clima inicial do respeito e também da vergonha quando
já não mais está atento à prática aprendida e não assimilada ainda que a mantenha
em alta conta?
*
O
retornar é sempre mais difícil, iniciou o paciencioso conselheiro, sem
demonstrar atenção ao estratagema do aluno, e não sabemos de história alguma,
fora da ficção, onde ouve o retorno a partir do degringolar.
O sábio é uma ilha inatingível de equilíbrio,
e para chegar a tanto, é bastante provável que tenha passado por sua questão – numa
mesma existência, manter, uma vez desviada, a linha da retidão é tão impossível quanto
a ela retornar.
Um
homem quando conhece entende principalmente que deve equalizar sua atenção com
a prontidão ao que quer que seja que venha enfrentar. Não há espaço para a
abstração àquele que carrega mínima vontade.
E
essa prontidão deve esquadrinhar todo e qualquer ambiente onde se encontra,
caso entenda-se um neófito que prima pela disciplina. Nada passa despercebido.
E à medida que as ações ocorrem, ele molda-se a elas jamais esquecendo uma
regra sequer.
O
aluno somente é em si, quando se trata, já, de um erudito calejado, portanto,
ou por conta disso, há incontáveis desistências, porque essa projeção é
ampliada à medida que avança.
E,
aproveitando o seu corrente julgamento, voltando a sua intenção nada exclusiva,
seja aqui ou no oriente, sempre se valendo da manha, essa moeda que somente tem
valor cambial entre os iguais mal acostumados. Deves ficar ciente de que é
comum que não seja interpretado ao longo de uma caminhada alguns silogismos de
significados diversos. Justamente por isso nos foi dotada a paciência, algo
ainda muito distante a você.
Era
preciso entender que o estulto quando disfarçado e tanto praticado quanto abusadamente
embaralhado entre cordiais vênias com o intuito desvelado em ardis amadores,
revela-se, primeiramente, um insulto, que ao final, a nada mais serve que
revelar a intenção torpe do próprio autor, jogando ou o afundando ainda mais em
merecido local.
Voltando
então.
Há
uma espécie de “castigo” antecipado, ao qual todo buscador tem acesso: em
determinado ponto do caminho ele vislumbra o tempo futuro, mas, somado a essa
visão, pode também imaginar o trajeto a percorrer. Tudo pode mudar a partir de
então – Ah! Quanta brandura encerra essa última colocação.
E
assim é; independentemente de onde se encontra. Porque é sua forma de refutar –
se as externa ou internaliza - determinadas manifestações que apontam realmente
seu estado de equilíbrio. Tanto mais quanto suas respostas às questões e ações
realizadas no habitat escolhido.
E
isso tudo está começando e terminando hoje, agora, pior no seu ambiente
doméstico, diário. Aí estamos mais acostumados ao estado armado: sempre contra
os outros e dificilmente prontos a apontá-lo contra nós mesmos.
Melhora
um pouco no ambiente estranho, mas somos ótimos em nos adaptarmos
negativamente, e também este, logo estará dominado – através das armadilhas que
em si sufocam o próprio armador – quando ao final, retornamos a sua dúvida
inicial, por não conseguirmos, não termos a capacidade de dominar nossos ânimos
e humores, e consequentemente, prestar atenção ao nosso ímpeto de permanecermos
atentos apenas ao externo.
032.i cqe