Ainda que o
processo inicial caminhe da exposição e explicação e daí evolua para o enxuto e
despretensioso e minimamente precisado... pôr-se a relatar o que pensa: quem muito
pensa, aos poucos, naturalmente, diverge para considerações exclusivas, que
acabam por abafar ideias outras de mais fácil entendimento ao todo
generalizado; que poderiam então ser entendidas de pronto se decifradas; servir
de ferramenta para decodificar as inegavelmente densas e indecifráveis a curto
prazo.
...quando é
atingido então o estágio do desentendimento; passa-se, quando presta, à fase da
contemplação.
Se não há o
hiato entre o entendimento e a contemplação; ambos já habitam o mesmo plano;
mas na inexistência; no “não haver” desse coabitar metafísico, também ocorre a
contemplação; é inegável que há uma desconexão entre aqueles que apenas
apreciam o belo e a ferramenta que nasceu para executá-lo; porém, não há a
compreensão do como se dá o processo na sua magnitude.
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Niilismo
literário - O bom escritor, o bom autor é um niilista desses que provocam o caos,
a derrocada dos pensamentos até então comuns; sim, porque ao nos depararmos com
um bom texto, com uma boa obra, é causado em nós uma revolução a tal nível que
não nos é mais possível insistir com ideias níveis abaixo do agora acessado.
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