sábado, 28 de maio de 2016

Síntese do Existir


Existir verdadeiramente é sobreviver evoluindo em meio à fantasia que é a existência social; consciente de haver uma realidade se formando envolta a toda essa ilusão. Saber disso faz distinto aquele que acompanha o processo evolutivo sem desviar-se à observação exagerada, e segue lúcido, entendendo-se partícipe sem ao menos figurar dos créditos finais ou de algum setlist de mínima importância.


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Depois da "Síntese do existir"


Do segredo por trás da matéria

É justamente quando deciframos sua ilusão que levamos a sério esse plano

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Cepas e cepas










A despeito do que assistimos, deveríamos nos respeitar, antes de tudo, como verdadeiras entidades.


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Sobre as amoebas evolucionistas.

Não é possível que alguém possa, em sã consciência, pensar que nascemos de uma ameba. Que nós, a despeito do que assistimos por aí - e mesmo a vida animal como um todo, observada sua magnanimidade: sejamos fruto tão somente de ramificações de espécies, reorganizações e mutações genéticas... talvez estes.

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Em um momento zen qualquer




O julgamento é o ato mais perverso que pode existir entre todas as sociedades. Afora a horrível profissão de arbitrar; somente é possível julgar ou ser algoz de outrem se as atitudes terceiras estiverem interferindo no nosso desenvolvimento, ainda assim seria conveniente pensar antecipadamente: se a observação surtirá mesmo algum efeito prático; sempre maior para àquele e, também, se estamos plenamente cientes de que a pretensa questão alardeada em defesa supera em conhecimento e domínio a acusação proposta.

*

Mesmo diante da vontade incomensurável de julgar devemos nos ater e deixar prevalecer à sabedoria que ensina que em verdade não possuímos jamais a certeza de quão despreparados, ou da nossa real falta de conhecimento, para fazê-lo. Se ainda assim persistir a ânsia, voltemo-nos a outra máxima, nos perguntando; em que nossa ação melhorará o entorno da vez?

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Fazendo cabeças












"Uma cabeça bem feita é uma cabeça apta a organizar os conhecimentos e, com isso, evitar sua acumulação 
estéril."




Edgar Morin
No livro: A cabeça bem-feita



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Ainda há lucidez humana...





...no entanto persiste a dúvida: quanto hoje – o passado soma contra - a lucidez consegue encontrar outros pares!




 “É preciso, portanto, prepararmo-nos para o nosso mundo incerto e aguardar o inesperado.

Preparar-se para nosso mundo incerto é o contrário de se resignar a um ceticismo generalizado.

É forçar-se para pensar bem, é exercitar um pensamento aplicado constantemente na luta contra falsear e mentir para si mesmo, o que nos leva, uma vez mais, ao problema da ‘cabeça bem-feita’”

Edgar Morin
No livro; A cabeça bem-feita.

Como é difícil acrescentar palavras em algo pronto, no entanto...

Talvez se assim o fizesse – o agir a partir de então. Se partíssemos para um assumir o que Edgar Morin descobre em seu livro como “hoje estarmos em escuridão e bruma, e ninguém pode predizer o amanhã”; a partir de, assumido  isso, “distraídos e abstraídos” encontraríamos finalmente um apontar de caminho sereno, um rascunhar tosco rumo a uma saída ainda possível.


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Cara limpa



Ame-se, e só nessa condição se deixe levar 

Afora por uma única experiência, mais um deslize, em uma única experimentação – dessas curiosidades bobas e ingênuas de princípio de aventura consensual amorosa. Ninguém, nem uma mulher, nem homem, deveria aceitar que seu parceiro se utilizasse de drogas para obter melhor momento de prazer; ao estarmos em harmonia com a pessoa amada, não é preciso lançar mão de droga alguma para sentir-se melhor; eles se bastam... - ao menos deveriam; jamais o contrário.

Imagine uma mulher ou um homem desejado, como poderia ser isso autêntico se esse momento de comunhão mágica tivesse que ser estimulado por algumas doses de álcool; isso não pode ser admitido a alguém que se respeite.

*

Aqui não vai apologia alguma a droga. Insistiremos sempre que droga alguma deve ser absorvida por qualquer que seja o corpo que prime por uma existência sadia e voltada para uma sociedade descente. Essa analogia bastante triste nasceu da observação cada vez maior de relatos de adolescentes – alguns bastante jovens – e adultos avolumados nas drogas de todos os tipos, buscamos aqui, assinalar um ponto primordial no relacionamento humano, a sensibilidade única do toque entre duas pessoas consciente que se desejam a partir de um romantismo que a cada dia menos é observado nestes encontros.

Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos

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sábado, 21 de maio de 2016

Florença; frases e flores



Não gaste tempo com nadas



Aprenda a discernir que o resto se acomoda



Todo dia é um novo dia, 
porém, 
pare de aproveitar-se disso 
e aproveite isso.



Nada pagamos por manter-nos ignorando... 
mas a que preço o fazemos


Se não fosse como foi, não seria como é


Contribuição da Minha Sempre Bem Amada

Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos

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Ostracismo existencial


“A característica fundamental da velhice é a desilusão. As ilusões que conferiam à vida o seu charme e nos instigavam a agir se dissiparam. A vaidade e o vazio de todos os esplendores do mundo, especialmente da pompa, brilho e ostentação, se fizeram por fim reconhecidos. Aprendemos que existe muito pouco por trás da maior parte das coisas desejadas e dos prazeres pelos quais se espera. Gradualmente conquistamos uma visão mais penetrante da grande pobreza e vacuidade de toda a nossa existência. Apenas quando se tem setenta anos de idade é que se pode compreender plenamente o primeiro verso do Eclesiastes ‘Vaidade das vaidades, tudo é vaidade’, mas é isso também que dá à velhice um certo toque de rabugice e mau humor.”

Arthur Schopenhauer

N’O Livro das Citações – Eduardo Giannetti

*

Sobre o nosso supostamente conveniente ostracismo existencial antecipado – Me ocorre também, ao ler a observação do Mestre Schopenhauer, que podemos assentir, ou arriscar uma nova inserção ou mesmo, com todo respeito ao filósofo do realismo, uma atualização temporal; uma contextualização: que uma vez tornada “natural" em nós a implantada precocidade prática, também aqui vitimou-nos, quando já atingimos um grau de distanciamento ou descaso à vida antes mesmo de entender sua aparente “vacuidade ou grande pobreza”. Nós, seres humanos, por agora, temos isso em alta conta, desistimos por adesão - hoje, muitos de nós, morremos antes de morrer -, e, ainda que isso se devesse – por motivos que aqui não cabem -, o fazemos como uma espécie de atavismo, ou seja, não raro escolhemos que seja o que seja sem mesmo entender os porquês.

E, se não somos ainda rabugentos nesse período púbere de saber, - quando somos tocados e conduzidos sob o comando de “n” propostas alheias - isso se deve, não por termos finalmente aprendido algo sobre a mansidão, mas por obrigatoriamente termos acatados com todas as forças a passividade mórbida terceirizada do: existir assenhoreado; onde, trocamos aquela, por conta de uma soberba humana sem poder algum, jamais imaginada.


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Política corrente



A pessoa comum não duvida, ela aprova ou desaprova o que lhe surge à frente.

A política dos últimos milênios - lançando mão de, sabe-se lá que, malefícios - entendeu isso e fez dessa máxima mais uma de suas nefastas premissas básicas, e desde então damos o aceite ao que ínfima fração humana entende “certo” a todos.


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“A paz que eu quero ter”








A paz de espírito que a riqueza proporciona é tornada falsa, também por conta do estreasse gerado da ânsia em exibi-la.



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Comprometimento natural









Procuremos vencer o ímpeto enquanto no apetite.

É da natureza a sensação de fastio após saciados, porém a ânsia assimilada nos impele ao ataque desarrazoado, ainda assim vale o ponderar e a resistência, vencendo os instintos; principalmente se o que está em jogo desemboca no arrependimento.


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Mas enfim... o fim



Além dos verdes vales – Nos romances o, “vale verde”, está sempre além dos desertos e montanhas, e luta-se tanto para alcança-lo, que mesmo não encontrado, exauridos, aceitamos o que vier por fim...


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sábado, 14 de maio de 2016

Cora Coralina III







"Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha.

Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.

Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.

O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.

Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. 
Eu não digo nunca que estou cansada.

Nada de palavra negativa.

Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos.

Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.

Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.

Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso, com esperança. 

Penso no que faço com fé. 
Faço o que devo fazer, com amor.

Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende."


CORA CORALINA 

(Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985)


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Cora Coralina II



Quando eu era menina / bem pequena, / em nossa casa, / certos dias na semana / se fazia um bolo, / assado na panela / com um testo de borralho em cima. / Era um bolo econômico, / como tudo, antigamente. / Pesado, grosso, pastoso / (por sinal que muito ruim). Eu era menina em crescimento. / Gulosa, / abria os olhos para aquele bolo / que me aprecia tão bom / e tão gostoso. / Era só olhos e bocas e desejo / daquele bolo inteiro.19 Minha irmã mais velha / governava. Regrava. / Me dava uma fatia, / tão fina, tão delgada... / E fatias iguais às outras manas. / E que ninguém pedisse mais! / (...) Era aquilo uma coisa de respeito. / Não pra ser comido / assim, sem mais nem menos. / Destinava-se às visitas da noite, / certas ou imprevistas. Detestadas da meninada (Coralina 1993:53-57). Tudo de melhor para os adultos / para as crianças, prato feito, regrado, medido. / Coisas boas, guardadas, defendidas no alto dos armários. (...) Lembro de minha insatisfação com o que me davam / em racionamento constante: chocolate. / Coisa mais gostosa do mundo, feitos com tabletes de chocolate Beringh, / raspado e batido com gema e açúcar, / até perder o cheiro característico do ovo. / Faziam nas casas pela manhã, me davam uma tigelinha minúscula, / tigela grande, tigelona enorme para os adultos./ Eu ali goderando sem mais. / Meu desejo de criança, escondido, reservado, dissimulado, de crescer, / virar gente grande e me fartar de chocolate com cacau Beringh / e gema batida (Coralina 1984:119-122). Aquela gente antiga era sábia / e sagaz, dominante. / (...) Como sabiam com tanta segurança / e autoridade? / Eram peritas em classificar as frutas: / Quente, fria e reimosa. / Quente, abriam perebas nas pernas, na cabeça, / pelos braços. Fria, encatarroava, dava bronquite. / Reimosa, trazia macutena. (Coralina 1984:51).

Em: Cora Coralina: a Poética do Sabor

Andréa Ferreira Delgado Centro de Ensino e Pesquisa Universidade Federal de Goiás


O que dizer dessa Poeta Maior...!?!

Lê-la nos faz desistir de pensar um poema
Muito menos traça-lo
Não por fazer-nos menor
Mas por fazer-nos saber
Que nada sabemos do tema.

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Cora Coralina



Cora não cora, deCora... e tudo Ilumina.

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“Pátria educadora”

















A insignificância do homem é clássica e mais perdurará quanto mais longe da classe.




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Certezas incontestes









A dúvida, ninguém duvida, assim como o homem, ainda que possa ultrapassá-lo em tempo, de alguma forma também carrega a certeza de sua morte.




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Sob o nível d’água


Se de alguma sorte fosse possível observar num mesmo quadro as certeza e incerteza humana, imaginando-as somadas, mas polarizadas ilusoriamente como um iceberg, mesmo a acorrer a todo o histórico humano, veríamos que as incertezas que mascaramos - afora àquelas tornadas cúmplices a todos - jamais poderia deixar sua face a mostra.


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Densos cachos








Então disse o vigário, ante um ilustríssimo e rico futuro fiel, diante de toda a massa que se prostrava para a frente e para baixo: “quando todos estiverem pendidos como o trigo, então será a hora da colheita”, sem fazer referência a que o prostrar-se do cereal, diferentemente do fiel, é significado de densos cachos.

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A arte é o negócio



Ao ver uma chamada noticiando que determinadas fotos antigas despertaram atenção para a arte – a ponto de renderem algum ao seu descobridor -, acudiu-me imediatamente a questão de quão duradouro e, terá um ponto final a aparente perenidade: a comercialização da arte tornada banalizada como um todo ou, de onde vem, a partir de quando houve esse envilecimento, e mais: até onde essa perda, a perda da arte como arte e pela arte, continuará fazendo vítimas?

E quem são as vítimas? Tanto os ingênuos que tudo desconhecem quanto os autores que se deixam corromper, - aqui não nos referimos àqueles que nascem tão somente para criam objetos para a comercialização, e sim, aos desavisados, outras presas fáceis que, ainda que sensibilizados com a arte em si, inadvertidamente são agarrados por comerciantes de objetos, jamais de arte.

Ou também, quanto de concordar há na observação, ao assumir que hoje a arte acomodou-se e, bastante vulgarizada, mais se faz escorada na máxima de que, através dela instalou-se mais um nicho econômico bastante lucrativo, portanto, onde não raro apenas essa observação que mais a apaga sustenta sua existência quando ela por si só, em mãos responsáveis o consegue! E ainda; quanto dessa constatação daí não passa! É fato que a arte acaba atavicamente aparecendo, mas são os donos do dinheiro e aqueles que isso percebem que a fazem renascer ou nascer, - aqui o único viés de crédito - muito mais do que o esforço, a dedicação e a pesquisa do autor.

No entanto, aos contrários ao que o comércio, escambos e barganhas podem fazem bem a arte, digo que muita arte boa somente tornou-se visível ao mundo material graças ao interesse de homens de negócios ainda que nenhum conhecimento ou mesmo a mercenários que junto a essa constatação primeira, detestassem o que estavam comercializando, podemos assegurar ao final, que todo esse processo ao longo de séculos não deixa de fazer parte do mundo artístico; a diferença está em observar apenas a flor de lótus que emerge da lama, todo o resto – um mimetismo fraudulento - concerne tão somete ao cenário; pois, enquanto nos preocupamos com o processo não prestamos atenção ao que está sendo construído... talvez nem tudo, em relação ao progresso, devesse ser visto exclusivamente com os olhos do pessimismo; quem sabe, no máximo, com o pesar da esperança... mas vale lembrar que, agora, e como sempre, óbvio; se isso é bom ou ruim, cabe ao entendimento particularíssimo de cada um.


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sábado, 7 de maio de 2016

“Nil movi super terram”












Quando falarem sobre isso dirão:

“Há algo novo sobre a terra... e ele é velho”







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Baseado Nela...



...que não sabe tudo, mas sabe muito:

Apenas leia...

...em algum instante o sentido se desfraldará para você...

...porém isso não é o mais importante.

“Quem disse que precisa ter sentido?”


Com a contribuição da Minha Sempre Bem Amada


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Um plano mais razoável



Talvez fosse possível alcançar ainda aqui o mundo perfeito, porém, essas paragens, o agora como morada física, não foram construídas para esse fim. Seria quem sabe, por conta dessa observação que não nascemos dotados da “inércia” [i] para o depois; para o devir; para a transcendência – seres seguros e autoconscientes de que a paciência quando atingida, muda, transforma-se inequivocamente em segurança e confiança insuspeita, filhas do conhecimento. A paciência por si só, despertada sua importância: é ainda uma doutrina, uma espécie de exercício àquele que a busca, mas inexiste; é incorporada e torna-se invisível[ii] uma vez assimilada.

Fomos tornados afoitos para o agora; qual o motivo real da consciência ou, traduzindo na nossa linguagem, a existência do aqui/agora? – Ou fazemos demais e ainda que não seja um tempo perdido, pouco é aproveitado ou, partidários da indolência, fazemos de menos e então encalhamos duas vezes; quando a perfeição reside no existir; no fazer consciente.

Uma das respostas é: para que fossem adquiridas habilidades, desenvolvimentos únicos enquanto habitantes da Terra, portanto, presos a um corpo físico – apenas uma resposta, mas suficiente o bastante (ou mais que suficiente) para jamais questionarmos nosso coexistir temporal com a matéria.

De posse dessa inconsciência ou, não adquirida essa ciência, nós percorremos existências, voltados tão somente à observação da posse material, influenciados por sociedades que nos desvirtuaram da essência ou do que era para ser essencial aqui.

Pregando, legislando, afirmando; incubaram na mente humana que não há motivos para a introspecção, ou, que voltar-se antes para a interiorização e daí para a sociedade, (sempre essencial aqui) não existirá a evolução do homem como homem-material-econômico-possuidor, algo tornado valor e diga-se, também importante. Porém não poderíamos ter relegado a interiorização - o desenvolvimento do ser humano altruísta, possuidor consciente dos mínimos valores - em detrimento à transformação do bem exterior em valores que superam o que será sempre essencial ao indivíduo: ele como essência. Algo então foi invertido; quando não mais a família vem antes da sociedade. O trinômio Família>Indivíduo>Sociedade jamais deveria ter sido desrespeitado; por conta da continuada observação à importância e à individualidade (buscando a evolução una e individual conjunta) de cada um desses grupos à custa de fortalece-los individualmente quando a resposta da soma de seu pares jamais seria a dispersão hoje assistida.

*

Os defensores do humano-material-econômico insistem que uma vez partidário da introspecção, ou de, apenas como exemplo, filosofias que remetem ao ascetismo, ao epicurismo e a vida contemplativa; em suma, um existir mais voltado à teoria: “a vida humana se tornaria tão vazia de sentido que as pessoas teriam que ser redesenhadas biológica ou psicologicamente, e, cedo ou tarde, haveria a necessidade de lhes implantar a necessidade de afirmação pessoal ou mesmo sugestioná-las à importância do poder, quando suas existências não passaria de um passatempo inocente e superficial. Voltadas apenas ao desenvolvimento de habilidades manuais ou intelectuais; psicologicamente frágeis, treinadas, fiéis, conformistas e dóceis”. No entanto, é preciso que pensemos – justamente o que inúmeros detratores fingem ignorar – é: no que a grande maioria da população difere dessa descrição hoje – e para sempre assim aqui será! Justamente no ponto onde, transformadas algumas das expressões anteriores: desvirtuou-se, totalmente, o humano de sua essência. 





[i] Encontrei dia destes mais um de tantos textos que questionam a vida perfeita neste plano, que também fazia (de forma confusa ou desavisadamente) referência ao fato de o ser humano, uma vez voltado ao estado de contemplação, obrigatoriamente entrar no estado da conhecida inércia nociva, natural a todo aquele que encontra, sem o devido preparo, um regime de sossego - o oposto da estabilidade física, moral e psicológica; condição natural ao indivíduo que alia paciência e sabedoria a passagem terrena - e faz dela, desavisadamente, uma nefasta zona de conforto. Não necessariamente devido ao conforto propriamente dito, - isso se dá, em condições normais, por conta do despreparo aliado ao comodismo e a indolência nascida da inobservância do conjunto como um todo. Nem sempre são confortáveis as posições que nos encontramos neste plano, mesmo àquelas que assim nos parece quando olhadas a partir do externo, independentemente da distância. 


[ii] Tudo o que é assimilado; alcançado: é tornado o que é e então deixa de existir.
(nesse caso o texto faz referência à paciência que ao ser inserida no ser como essencial torna-se parte da doutrina desenvolvê-la, e uma vez feito, ela desaparece por ser uma condição normal ao ser, exercê-la. Não mais a percebendo, o ser paciente apenas segue, sem ânsias, mesmo a ânsia faz parte desse não existir, ele apenas segue sem essas necessidades porque nem mesmo a necessidade existe)

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Vaga

Se atentarmos para o que se insinua como “a justiça sendo praticada”, nossa lei mais parece uma fenda podre que permite - qual promíscua - a todos que detém posses, penetrá-la, gerando assim, sob o nefasto resguardo da surrada, “a lei é para todos e deve ser aplicada”: legislar em causa própria; aumentando então aqueles que a possuem sem jamais valorizá-la. Multiplicando por conta disso tão somente o número desses que, antes traem a si mesmos ao bulir com ordinárias.


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