Registramos
o que observamos - ou ao menos temos alguém que o faça. Vamos da porta que range a
árvore que balança; do bueiro entupido a brisa do mar. Ou das cores do outono
ao velho ancião. Iguais e em maior número são os interessados que se distraem
ao ver seu cotidiano bem posto e identificável ou sonham com o autor capaz de dar vida a novos universos.
Alguns
menos atentos seguem absortos (ou seria; embriagados) e até mesmo fecham os
olhos tentando romancear o momento em ato de auto contextualização enquanto
ainda se mantêm obrigados às anotações piegas quando executadas unicamente sob
essa instrução.
Ainda
assim, todas, anotações e leituras, são importantes...
Elas
abrem portas às oportunidades (Ah! Vasto mundo!).
Numerosos
adeptos observaram com arte o que está visível tão somente como parte do
cotidiano (in)perceptível, porém ofuscado por conta do agitar normal à vida ou
por falta de sensibilidade mesmo, que pode ter, no apontamento mecânico e
interesseiro uma porta de entrada a arte propriamente dita.
O
clássico primeiro passo não é menos importante que o último e não deve
envergonhar nenhum de nós – que o tem em mente ou que procura escondê-lo.
Mesmo os espécimes mais invejados assim o fizeram; afinal é no avançar
consciente (e no evoluir dessa) que ocorrem as observações que levarão o homem
a repetição do primeiro passo ou o salto para os demais.
064.M cqe