Sob o
prisma do “ser instrumento” como lugar comum; o revolucionário antes de tudo é
também um incansável caridoso ainda que não saiba ou seu egoísmo atrapalhe este
pensar ou o despertar para esta realidade. Porque invariavelmente não será ele
o beneficiário direto caso sua luta alcance o objetivo estabelecido; pois seus
dias de glória se tornarão um cotidiano arrastado, afinal viverá sempre sob a
pressão da conquista forçada; sofrerá toda a carga de sua ousadia. No entanto,
seus condescendentes, os verdadeiros usufrutuários dos ideais então buscados;
somente estes, finalmente se aproveitarão dos envidados esforços.
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Todo o rompimento sofrerá por um
longo tempo o esforço da pressão contida; do dique; do espaço aberto ou da
carne rasgada, até que a natureza equilibre as forças.
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