Chegou-se
ao tempo onde a maioria de nós não possui, por carência total de conhecimento
de causa, poder de argumentação para sustentar uma opinião própria – este
sempre foi um expediente mais apropriado aos puros e iletrados.

Agora, “o
internauta”, adianta-se em avaliações. Avalizando o expert da vez; a primeira
de suas referências eleita - aliando o comodismo ao descomprometimento - tão
somente por volume de acesso. Afinal este é o norte balizador de conhecimento
da era digital. Destarte, o primeiro destes vendedores de margarina a que se
está por ora devotado, tanto quanto éramos aos deuses e santos em outra época,
que mover-se, muito por conta de ideologias providenciais para esta ou aquela
polarização, assim também o faz. Seguindo somente aqueles polemistas que batem
com sua veia calcada na indolência – acurada no calor dos “comentários”
observando sempre e somente a plástica externa -, parcial polêmica, lutadora,
aguerrida à poltrona – dignidade e empoderamento “meirmão”: então, de posse deste embasamento ordinário: grito e vou
as redes divulgar “minha” opinião.
Nunca
o que querem as pessoas
esteve
tão distante
de o que elas precisam.
*Detalhe do
exercício de 03/03/2019
“O que é o
que?”
Formadores
de opinião – Alguém em sã consciência poderia imaginar que as futuras gerações,
nascidas em aguardados tempos de prosperidade; um futuro de esperança que
imaginamos sempre como o estado sine-qua-non
da evolução do homem; topasse com a dura realidade de que a tão propalada
técnica trouxe o sujeito ordinário a depender de marqueteiros formadores de
opinião!!! Posto isto; como um lutador pretérito razoável se aqui acordasse
reagiria ao observar que uma gama assustadora de habitantes em todo o planeta
se pauta em influenciadores digitais dos quais nem ao menos sabem a real
procedência e mais: os têm como seus gurus digitais midiáticos em graus de
dependência em escolhas que definirão o próprio amanhã? Que futuro ainda mais sinistro esperar daí?
Analisando a dependência do estado social impositivo lastimável a que nossos
ancestrais se obrigaram sem opção alguma de opinar, podemos afirmar que a
liberdade de escolha está presente nos mais variados campos sociais ao homem
contemporâneo, no entanto ele insiste na dependência indolente do primeiro
próximo que assim o mantenha, isto é, continua ainda preso, porém, agora, tendo
inúmeras janelas de oportunidades para aproveitar minimamente o pouco de
liberdade conquistada.

O marketing
após lobotomizar seus adeptos, evoluiu do convencimento dos indivíduos por
determinada marca de embutido a um patamar ainda mais perigoso: à manipulação
para direcionar estes agora fanatizados às pessoas tidas como seus iguais
totalmente despreparados a induzir-nos às escolhas de toda a sorte de opções:
de comportamento, de vontades, políticas etc.
Em algum
lugar li:
“Quando um
cego se deixa guiar por outro, ambos caem no fosso.”
068.q cqe